sexta-feira, 29 de abril de 2011

Realeza britânica

Príncipe e princesa

Casamento do príncipe William e Kate Middleton

Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia. (William Shakespeare)
*
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor. (William Shakespeare)
*
Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio. (Shakespeare)

 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Todos dizem...

Foto: E.B.  -  ccbb- RJ

...mas, porém, contudo, todavia, no entanto...
e me fez lembrar da Música Nobody Told Me de John Lennon.
deliciosa de se cantar, de se ouvir...


Nobody Told Me
Everybody's talking and no one says a word
Everybody's making love and no one really cares
There's Nazis in the bathroom just below the stairs
Always something happening and nothing going on
There's always something cooking and nothing in the pot
They're starving back in China so finish what you got
Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Strange days indeed -- strange days indeed

Everybody's runnin' and no one makes a move
Everyone's a winner and nothing left to lose
There's a little yellow idol to the north of Katmandu
Everybody's flying and no one leaves the ground
Everybody's crying and no one makes a sound
There's a place for us in the movies you just gotta lay around

Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Strange days indeed -- most peculiar, mama

Everybody's smoking and no one's getting high
Everybody's flying and never touch the sky
There's a UFO over New York and I ain't too surprised

Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Nobody told me there'd be days like these
Strange days indeed -- most peculiar, mama

Enquete


A propósito,

onde você guarda seu PRÉ-conceito?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cópia Fiel

Cópia Fiel (Copie Conforme, 2010)

“Nada se cria, tudo se copia.” Chacrinha

"Cópia Fiel" é um filme com roteiro instigante, do iraniano Abbas Kiarostami, diretor do ótimo e premiadíssimo “Gosto de Cereja” e de  "Dez". Cópia Fiel é o seu primeiro longa rodado fora de seu país, sendo atores e ambientes de múltiplas nacionalidades, inclusive o tema abordado no qual não há fronteiras entre origens e línguas, sem dúvida, todos os povos se reconhecerão.   

É a história do escritor inglês James Miller (William Shimell) que vai para uma cidade italiana lançar o seu livro sob o título de Cópia Fiel. Entre os convidados no momento do lançamento está Elle (Juliette Binoche) dona de uma galeria de arte que se senta na primeira fila ao lado do tradutor do livro e ambos mantêm um diálogo íntimo, ao pé do ouvido, transformando o célebre momento em conversas paralelas, ora mostrando o casal, ora o escritor em sua explanação e logo a seguir a entrada de um garoto (Adrian Moore) que a cumprimenta e depois vai se encostar em um dos cantos do salão e de lá começa um diálogo não-verbal com a sua mãe.

Elle deixa um cartão com o tradutor para que ele entregue ao escritor e se retira com seu filho bem antes do término desse evento.

Na verdade, o assunto instigante do filme é a própria idéia contida no livro recém-lançado, que vai tratar do valor da cópia em relação a um original. A partir daí tudo é uma viagem entre a obra cinematográfica e o expectador. O próprio Kiarostami deixa isso claro, justificando que a interpretação é livre. E o filme  transforma-se em um passeio entre o casal que na realidade parece se tratar de dois estranhos, e que podem ou não querer se conhecer.

Esse filme me conduziu a algumas viagens: lembrei-me do filme de Eduardo Coutinho o “Jogo de Cena” que já falei aqui em outra ocasião, quando o momento é mera encenação ou é fato, atores e anônimos transitando neste filme brasileiro declamando o mesmo texto, e ficamos sem saber quando é real e quando é apenas interpretação, como diz o próprio título 'jogo de cena'. Lembrei-me também do polêmico diretor Orson Welles no maravilhoso filme “F for Fake” (aqui traduzido por Verdades e Mentiras). Cópia Fiel de Kiarostami e Verdades e Mentiras de Welles, são cópias fieis da ilusão, e ótima invenção. Na verdade o próprio cinema é pura invenção, o filme é imaginação onde nosso cérebro faz com que imagens paradas aparentem estar em movimento. O expectador faz parte desse jogo de cena que dura menos de duas horas.

O escritor diz que tudo é cópia da cópia e mesmo assim tem seu valor como o original. O homem é cópia da cópia do DNA dos pais dos pais de alguém. Andy Warhol deu nova roupagem ao produto Coca-Cola; repetimos frases e discursos que acreditamos ser nossos originais e que alguém já deve ter dito há milhares de anos antes.

O próprio filme que assistimos ou no cinema ou em casa é cópia fiel de um original. Orson Weles ficou famoso aos 23 anos de idade quando em 1938, transmitiu em cadeia de rádio nos EUA sua versão de Guerra dos Mundos e provocou pânico na população que achava se tratar de invasão alienígenas. Muitas obras de arte nos museus são cópias bem feitas de seus respectivos originais; muitos textos literários de autores anônimos passam tranquilamente dados como de grandes autores, Luiz Fernando Veríssimo que o diga; Elmir de Hory, famoso falsificador de quadros pintou telas que juramos ser da autoria de Van Gogh, Picasso, Matisse e muitos outros.

Já no desfecho deste filme Cópia Fiel, o escritor e Elle, passam tranquilamente a idéia de um casal que após 15 anos de casamento resolvem fazer uma segunda lua de mel. Quem não acreditaria nisso? Eu fiquei na dúvida. A obra de arte da sua essência à criação sempre foi reproduzível. Tudo o que fazemos pode ser imitado e copiado.

Mas de fato, existe Cópia Fiel? Uma foto é reprodução de outra foto, assim como irmãos gêmeos: olhe atentamente e diga se essas meras reproduções são cópias autênticas. Na segunda metade do filme o casal que parecia ser dois estranhos ganha intimidade, assumindo papel de marido e mulher, trazendo à tona muitas lembranças mútuas de sentimentos e emoções desgastados pelo tempo, por anos de matrimônio e vida em comum. Verdadeiro ou falso? Cópia ou original?

O essencial na arte e na vida é como fazer para incorporar aos anseios aquilo que será fiel ao nosso modo de sentir pensar e gostar, ao nosso relacionamento amoroso, a fidelidade no amor. Cópia Fiel toca em vários temas relevantes, principalmente sobre o que realmente é autêntico, relativo ou absoluto; real ou cópia.

E sempre o que se quer e se procura é ser fiel no amor, na vida, no sonho, no jeito de ser. Uma obra de arte única, original e exclusiva.

Vale a pena conferir este novo original de Kiarostami. Esse meu texto nada tem de original; é cópia da minha interpretação desse delicioso filme.

Recomendo. Veja cópia deste original de preferência num telão.
Karenina Rostov

***
Copie Conforme
França / Itália , 2010 - 106 minutos
Drama
Direção: Abbas Kiarostami
Roteiro: Abbas Kiarostami
Elenco: Juliette Binoche, William Shimell, Adrian Moore

sexta-feira, 22 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

StereoMood - A RÁDIO que toca música para cada tipo de humor


Olá, meu bem!  

Como sei que você gosta de música, ouvir, cantar, dançar e sonhar,  te envio esta minha descoberta, aliás, foi um presente de alguém especial. Trata-se de uma rádio gratuita que funciona online denominada StereoMood na qual você escolhe no playlist a canção de acordo com o seu humor e estado de espírito. Na seleção há para todas as ocasiões, desde for relax, calm, happy, instrumental, road trip,  sweet, read, sexy, saudade  e muito mais...

Listen clicando neste link:  http://stereomood.com/

Uma seleção requintada e de muito bom gosto, desde clássicos, blues, pop e muito mais...

Cada playlist tem  aproximadamente 300 músicas com ritmos de diversos lugares do planeta e em vários idiomas. Tenho certeza que você vai amar! 

Saudades... beijos e flores pra você! 

Enjoy it!   

Karenina Rostov

Vivendo a Páscoa


Ontem eu ganhei um ovo de páscoa de alguém do trabalho. Mas, sabe, apesar de não ser chegada a chocolate, não resisti: abri e dividi com todos os colegas de trabalho. Delícia!

Celebre este momento especial com muito amor, paz, reflexão e oração. Uma semana santa abençoada pra você! Beijos e flores.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homenagem

Ao escritor brasileiro Monteiro Lobato


Sentar, abrir um livro, conhecer personagens, ideias, fatos históricos ou pura ficção, emocionar-se com situações e dilemas morais, viver outras vidas além da nossa. Livros são passaportes para a fantasia, autoconhecimento e descobertas sem fim. Alex Savier  - Livro da Tribo

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A fugacidade do tempo


O tempo passa para todos...

Rápido, sem dó ou piedade
Deixando marcas e rugas
O espelho não mais nos reconhece
Os cabelos ficam grisalhos
A lei da gravidade torna-se dono do pedaço
Os hormônios se despedem
Precisamos de óculos e de remédios
Onde mesmo guardamos as chaves?
E quem é você mesmo?
Agora constantemente
Essa sensação de déjà vu impera!

Olhamos para trás e não mais nos encontramos
Porém a vida deve seguir seu curso
Não se deve perder o entusiasmo
A sede maior de viver
E a fome de aprender
A ânsia de amar
Não se deixar desmoronar
Rir sempre que der vontade
Chorar quando sentir saudade
Não se desesperar jamais
Lutar e labutar
Continuar realizando todos os desejos
Ter coragem sempre
Confessar sentimentos e segredos.

Se a velhice é inevitável
Relaxe e goze-a com maior tranquilidade
De querer sempre mais e mais
Afinal, o show da vida continua
E perder a juventude é questão de escolha.
                           Eunice Bernal

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Créditos interessantes (6)

Final Credits From "Mamma Mia" The Movie

Amei este filme, sou fã de ABBA, gostei do elenco, Grécia é um país lindo e este final ficou show. Ah, sinto muito, só não encontrei um vídeo melhor para expressar meus sentimentos em imagens dos créditos finais.
K.R.



domingo, 10 de abril de 2011

O choro pode durar uma noite, mas ...


Sinto muito pela tragédia da última quinta-feira que vitimou doze crianças na cidade do RIO.  Nessas horas nem ao menos sei consolar. Penso que está faltando Deus no coração  e amor. Então deixo uma palavra bíblica para reflexão.

Oséias 4. 1-3
 1 Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus.

2 Só prevalecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar, e o adulterar; há violências e homicídios sobre homicídios.

3 Por isso a terra se lamenta, está de luto, e todo o que nela mora desfalece, juntamente com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Veja esta canção


"Tocando em Frente" - Composição de Almir Sater e Renato Teixeira
Esta música me transmite coisas boas. Aprecie!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Cavaleiro Pobre

"O Cavaleiro Pobre"  é um dos mais belos poemas do maior poeta russo Alexei Pushkin, e foi traduzido para a língua portuguesa pelo grande poeta brasileiro Olavo Bilac. Ariano Suassuna é outro brasileiro admirador de Pushkin, tendo inclusive citado este poema em uma de suas obras.


Ninguém soube quem era o Cavaleiro Pobre,
Que viveu solitário, e morreu sem falar:
Era simples e sóbrio, era valente e nobre,
E pálido como o luar.

Antes de se entregar às fadigas da guerra,
Dizem que um dia viu qualquer cousa do céu:
E achou tudo vazão... e pareceu-lhe a terra
Um vasto e inútil mausoléu.

Desde então, uma atroz devoradora chama
Calcinou-lhe o desejo, e o reduziu a pó.
E nunca mais o Pobre olhou uma só dama,
- Nem uma só! nem uma só!

Conservou, desde então, a viseira abaixada:
E, fiel à Visão, e ao seu amor fiel,
Trazia uma inscrição de três letras, gravada
A fogo e sangue no broquel.

Foi aos prélios da Fé. Na Palestina, quando,
No ardor do seu guerreiro e piedoso mister,
Cada filho da Cruz se batia, invocando
Um nome caro de mulher,

Ele rouco, brandindo o pique no ar, clamava:
"Lumen coeli Regina!" e, ao clamor dessa voz,
Nas hostes dos incréus como uma tromba entrava,
Irresistível e feroz.

Mil vezes sem morrer viu a morte de perto,
E negou-lhe o destino outra vida melhor:
Foi viver no deserto... E era imenso o deserto!
Mas o seu Sonho era maior!

E um dia, a se estorcer, aos saltos, desgrenhado,
Louco, velho, feroz, - naquela solidão
Morreu: - mudo, rilhando os dentes, devorado
Pelo seu próprio coração.


Alexei Pushkin nasceu em Moscou em 1799. Foi poeta, dramaturgo e narrador. Exerceu profunda influência sobre a literatura de sua época. Seu estilo é claro, simples e poderoso. Faleceu em  um duelo em 1837.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Criança ama?

É o mesmo que perguntar se criança tem sentimento. Achei esta reportagem na revista ÉPOCA, e considero um assunto relevante e um tanto sensível, então trouxe para cá para partilhar com você. Desde cedo somos educados para não falarmos tudo o que pensamos, para não expressarmos todos os nossos sentimentos. O garotinho que aparece na entrevista diz que ama sua coleguinha, e não confessa isso porque sabe que não é correspondido. Como saber se não falar?

E você, tem medo de amar? Um video delicado para ser visto muitas vezes. Amor não é invenção do ultra-romantismo e nem de uma classe social ou para poucos. Que todos possam amar sem medos, com o coração puro e leve igual a de uma criança,  porque a vida é simples, a gente é que complica.


Crianças (reais) e o amor
...
O que a diretora Yasmin Ahmad fez foi conversar com três pares de crianças que fossem amigos, mesmo sendo de etnias diferentes. A intenção já é ótima, mas o objetivo alcançado pelo filme abaixo ultrapassa qualquer expectativa. Chama-se “Tan Hong Ming está apaixonado”. Está todo em inglês, mas as expressões do garoto falam qualquer língua. No começo, ele diz que está apaixonado pela colega de classe Umi Qazrina, mas que nunca falou para ela porque ririam dele, já que ele não estaria nos planos de sua amada. O final… é surpreendente. Para os que têm medo das crianças “adultas” do último post, Tan Hong Ming e sua inocência são um alento.




Aos aspirantes ao amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Faxina na alma


Aqui em casa hoje
Dando uma de Maria
Arrumação e faxina geral.
Fiz no cabelo uma trança,
Coloquei o mesmo avental escrito nele
“Esperança”
Separei o kit de limpeza e tudo o que devo varrer
Já acomodados num canto da sala: antigos sentimentos,
Velhos ideais, bolsas, sapatos, e um perfume meio rançoso
E um pouco mais...

Tanta coisa desnecessária que ainda guardo
Nem sei ao menos responder por quê?
Juntamos ao longo dos anos
Coisas que nunca serão usadas
Apenas ocupando espaço no armário...

Preciso me desfazer do que já não me serve
Retirar traças e troços
Tirar o pó de velhos conceitos
Costurar fechos e desfechos
Renovar o guarda-roupa
E a alma.

Jogar fora ou doar? Eis a minha dúvida,
A dívida comigo mesma.
Quem receberia uma saudade usada?
Quem usaria meus medos, meus amores maus resolvidos
Gastos e surrados pelo tempo?
Alguém aceitaria doação
De alguns de meus temores e velhas lembranças?

Separei coisas para me desfazer hoje,
Jogar fora, definitivamente
E nem sempre tenho coragem e acabo voltando atrás
Olho, analiso, volto a experimentar
E percebo que certas peças ainda me servem
Posso voltar a usar, e guardo novamente...

Dentro do armário e de minhas gavetas abarrotadas de coisas
Velhas, novas, seminovas, que não consigo me desvencilhar
Jamais... ou ainda...

Com licença, preciso ir às compras
Procurar algo diferente,
O que me agrada ilusoriamente
Talvez encontre alguma promoção
Ou quem sabe aqueles brindes da vida?
Como a brisa, ainda é grátis, não?
Não quero tudo, apenas o que mereço de verdade
A tal da felicidade, amor e amizade...
E a esperança ainda é como o ar
Sai de graça.

E. Bernal

sábado, 2 de abril de 2011

Os Óculos de Pedro Antão

"O amanhã já é hoje."


Machado de Assis na telona

O cinema e a literatura são expressões artísticas distintas, porém com profundas ligações entre si. Em ambas há vida, história, sub-histórias, personagens, espaço geográfico, tempo e um pouco mais. A relação entre ambas estreita-se quando a linguagem literária é adaptada para o cinema, e transformada neste outro universo.   

 E filmes baseados em romances, peças teatrais, contos, poesia ou letra de música, sempre dão o que falar: ou recebem críticas negativas, ou são exaltados aos extremos, um meio termo é quase impossível. O mundo do cinema envolve atores, direção, música, imagens, movimento, edição, produção, transpiração e inspiração, enquanto que o mundo da literatura abrange apenas a imaginação e retórica do escritor. Não se pode esquecer de que o ato de criar requer inspiração e estímulo em qualquer manifestação artística. De qualquer modo, é uma via de mão dupla, um acaba contribuindo ou acrescentando à arte do outro; no caso de adaptação livre, pode radicalmente transformar em nova obra. Há uma extensa lista de autores nacionais e estrangeiros  adaptados para o cinema: O Processo, Fahrenheit 451, Vidas Secas, Anna Karenina, Dom Casmurro, Guerra e Paz, A Grande Arte, A Cartomante, são alguns exemplos deles.

Um dos filmes que assisti recentemente é adaptação do conto de *Machado de Assis  "Os Óculos de Pedro Antão", um suspense formidável, e confesso que me causou ótima impressão. Cheio de pontos de virada, ótima pedida para aqueles que gostam de uma boa literatura e curtem cinema.

E  eis o resumo dessa história:

Pedro recebe uma carta do amigo Mendonça, solicitando sua companhia para uma missão, no mínimo curiosa: acompanhá-lo para abrir a casa que recebera de herança de seu tio Antão, falecido dez meses antes de forma misteriosa. À meia noite, os dois amigos entram no casarão de aspecto lúgubre.

Pedro, munindo-se dos elementos que encontra no caminho, compõe, tal qual um detetive, a história do final da vida do finado. Aos poucos ele revela sua conclusão: um romance proibido com uma jovem e um final trágico. Uma escrivaninha trancada é a esperança de Pedro de comprovar sua história.
* Mas qual não é a surpresa de ambos ao abrirem a tal escrivaninha?!

Trata-se de uma história instigante, um  conto investigativo e a adaptação ficou bem contextualizada e arrematada, um suspense de tirar qualquer mortal do sério, prendendo  a atenção do início ao fim, principlamente quando lemos a obra e depois vendo personagens ganhando forma, movimento, cores, expressões fisionômicas transmitindo ação e emoção. A escolha do elenco e a direção não poderia ser melhor a esse thriller de mistério que só a genialidade e a criatividade de Machado de Assis para presentear seus leitores com muito bom gosto. Perfeitos!  Que não leu, ou não assistiu, não sabe o que está perdendo. Essa correlação literatura / cinema é uma ótima forma de **incentivo à leitura. Faz surgir comentários do tipo: “Gostei do filme, agora vou ler o livro.”   

O clima de suspense prende a atenção, e o expectador-leitor ligam-se aos personagens, tornando-se únicos, investigado e investigador tentando decifrar cada objeto, pessoa  e situação que compõe o cenário assustador. Às vezes a obra literária ofusca a cinematográfica e / ou vice-versa. Em Os Óculos de Pedro Antão, elas se complementam. E a imaginação também ajuda, superando a realidade.  

Ótima pedida!

* Sou fã do imortal, o maior nome da literatura brasileira, um artista da palavra completo.

* Está neste conto a maior pegadinha da história da literatura brasileira. Tem que assistir para saber.

** Bom material como suporte à disciplina Literatura Brasileira.

Karenina Rostov
*
Direção e Roteiro: Adolfo Rosenthal
Elenco: Michel Bercovitch, Bruno Mello, Karen Marinho, Roberto Pirillo e Luiza Tom

"Quero conjugar o verbo amar no presente do indicativo."  

"Eu aprendi a arte de interpretar as coisas insignificantes."



sexta-feira, 1 de abril de 2011

1° de ABRIL

Dia da Mentira – 1º de Abril
Tudo começou quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o início do ano. Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos.

Antes dessa mudança, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites de festas que não existiam.Tais brincadeiras causaram dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do dia 1º de abril como dia da mentira.

Aproximadamente duzentos anos mais tarde essas brincadeiras se espalharam por toda a Inglaterra e, consequentemente, para todo o mundo, ficando mais conhecida como o dia da mentira. Na França seu nome é “Poisson d’avril” e na Itália esse dia é conhecido como “pesce d’aprile”, ambos significando peixe de abril. No Brasil, o primeiro Estado a adotar a brincadeira foi Pernambuco, onde uma informação mentirosa foi transmitida e desmentida no dia seguinte. “A Mentira”, em 1º de abril de 1848, apresentou como notícia o falecimento de D. Pedro, fato que não havia acontecido.

Walt Disney criou uma versão para o clássico infantil Pinóquio, dando ênfase à brincadeira, mostrando para a criançada o quanto mentir pode ser ruim e prejudicial para a vida das pessoas. Ziraldo, um escritor brasileiro da literatura infanto-juvenil, também conta histórias sobre as mentiras, através do tão famoso personagem, o Menino Maluquinho. Em "O Ilusionista", Maluquinho descobre o mal provocado por roubar, fingir e mentir.
*
Pregar mentiras nesse dia é uma brincadeira saudável, porém o respeito e o cuidado devem ser lembrados, para que ninguém saia prejudicado, afinal, a honestidade é a base para qualquer relacionamento humano.

Contar mentira neste dia, pode!