sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Contagem regressiva...10, 09, 08...

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Deuteronômio 11:12

11:8 Guardareis, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocupeis a terra a que estais passando para a possuirdes;
11:9 e para que prolongueis os dias nessa terra que o Senhor, com juramento, prometeu dar a vossos pais e à sua descendência, terra que mana leite e mel.
11:10 Pois a terra na qual estais entrando para a possuirdes não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a vossa semente, e a regáveis com o vosso pé, como a uma horta;
11:11 mas a terra a que estais passando para a possuirdes é terra de montes e de vales; da chuva do céu bebe as águas;
11:12 terra de que o Senhor teu Deus toma cuidado; os olhos do Senhor teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até o fim do ano.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cartas do Deserto



Cartas do Deserto - Itália / Índia, 2010
Letters from the desert (eulogy to slowness)

Cartas do Deserto é um dos filmes que ‘garimpei’ no Festival do Rio 2010. Achei o roteiro original e é essa particularidade que sempre me chama a atenção. Os protagonistas dessa charmosa história são as cartas. Os espaços geográficos são o deserto Thar, no norte da Índia, alguns vilarejos e um casebre usado como ponto dos correios; o tempo cronológico marcado pelo relógio quebrou-se; o título original é Elogio à Lentidão, e neste caso, procede.

Cartas do Deserto conta a história de um agente dos correios que recebe e separa toda a correspondência da cidade, e o seu único amigo e colega de trabalho, é o carteiro Hari que faz a distribuição diária, atravessando dia após dia o deserto para essa missão que cumpre com paciência, amor e eficácia, batendo de porta em porta, conversando com os moradores, alguns já aguardando a correspondência cativa que tem data e hora para receber o aviso de pagamento, por exemplo, enfim, caminha longas distâncias, com seus sapatos rotos, o calor miserável batendo em suas costas, às vezes em sua bicicleta naquele canto do mundo, que a terra esqueceu.

Foram 20 longos anos nessa tarefa árdua e incansável que ele sempre tirou de letra, até que um belo dia, um grupo de trabalhadores ergue no meio do deserto a primeira torre de telefonia móvel, e Hari começa a perceber que o mundo ao seu redor começa a mudar. As correspondências começam a escassear, as encomendas diminuem e muita gente adquire novos hábitos, andando de um lado para o outro com um pequeno aparelho grudado ao ouvido falando/ ouvindo constantemente como se o objeto fosse uma extensão do seu corpo.

O primeiro sinal de modernidade chegou com um pouco de atraso na terra que o mundo esqueceu... mas chegou... Até que um dia Hari recebe pelos correios onde ele próprio trabalha um aparelho celular, presente de seu filho mais velho que foi para uma cidade grande para trabalhar. Começa assim a mudança de seus hábitos, passando agora a se comunicar com mais freqüência e mais fácil e rapidamente com o seu  filho por esse meio de comunicação que para todos da aldeia é a novidade do momento.

O tempo não para. As cartas que falavam de amor, vinham perfumadas, o papel que se usou, o pensamento, a organização de idéias, o assunto para escrevê-la, as lembranças, a ida ao correio para postá-la, a caneta, o papel, o selo, o carimbo, o atendente que te recebeu e pegou essa sua correspondência, o dinheiro e o tempo gasto para todo o trabalho que envolve esse meio de comunicação ficaram, assim, para trás, de repente...

Hari amava sua profissão. Às vezes lia pacientemente para o destinatário a carta do remetente. O carteiro comportava-se como um membro de cada família que visitava. E o tempo era o seu aliado, o seu melhor amigo. O tempo que aos poucos começa a cair no esquecimento para ser substituído pelo vento.

Tão importante quanto o ar que respiramos, o tempo não se deve desperdiçá-lo jamais: é pecado e a vida é muito breve para isso, valioso para se deixar esvair. Às vezes é bom se jogar conversa fora, contemplar a natureza, edificar a alma, fazendo o que se gosta sem se preocupar com o tempo. Sinto saudade desse tempo de romantismo das cartas via correios que não volta mais...

Um filme obrigatório para todo cinéfilo que se preze!
E por falar em cartas, correios, tempo etc, aqui no Brasil temos o dia do carteiro que se comemora no dia 25 / 01 ...
K.R.

Sinopse

Hari passou os últimos 20 anos de sua vida cruzando o deserto Thar, no norte da Índia, para entregar cartas em vilarejos distantes. Certo dia, seu filho mais velho, que vive na cidade grande, lhe envia um estranho presente: um aparelho celular. Incapaz de compreender a utilidade daquele apetrecho, ou o porquê de se estarem construindo tantas torres nas redondezas, Hari aos poucos começa a perceber o mundo mudar à sua volta. As encomendas diminuem e todos começam a telefonar uns aos outros. Ele decide então tentar usar seu aparelho pela primeira vez, para ouvir a voz de seu filho.

Ficha técnica

Título inglês: Letters from the Desert (eulogy to slowness)
Diretor: Michela Occhipinti
Elenco: Hari Ram Sharma, Chatur Singh
Ano de Produção: 2010
País: Itália / Índia
Duração: 88

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

2011 – O ILUSTRE DESCONHECIDO


2011 – O ILUSTRE DESCONHECIDO

Seja bem-vindo, 2011.
Apesar de você ainda ser
Um desconhecido
Já sentimos uma certa simpatia
E te aguardamos com ansiedade e paciência.
Ansiedade porque te elegemos nosso administrador
Por 365 dias
Na esperança de que você
Traga a tão sonhada paz
E que seja um amigo leal e fiel
Um bom companheiro para todas as horas
Capaz de nos guiar com sabedoria
Num mundo mais digno e verdadeiro.
Seremos pacientes para tomarmos decisões sábias
Nos momentos difíceis.
Temos fé
Será um ano maravilhoso
Harmonioso e feliz.
Contamos com você, ANO NOVO, para que
Todos os nossos sonhos se tornem realidade.
Um abraço e até breve.
E.B.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma das Musas do poeta J.G. de Araújo Jorge

Curiosidades Literárias e Musicais (5)

Era Música

(Para leres, ouvindo a "Transfiguração do Amor e Morte, de Tristão e Isolda", de Wagner)

E então soprou um vento de ternura intensa.

E as nuvens se dispersaram, e eu vi que meu coração emergia
como um alto cume de montanha, dourado de sol,
musicado de pássaros e éguas.

Olhava teus olhos, tuas mãos, teus cabelos, teu corpo...
Teu corpo era como um caminho sinuoso por onde saí desesperado
a procurar-te.

E de repente, tomei-te nos braços, afaguei-te a cintura, recolhi-te ao meu peito,
Teu coração inquieto pulsava mais que o córrego das montanhas,
batia asas de pássaro encandeado.

E de repente saímos livres e felizes, como simples animais de Deus
com a direção dos ventos.

Faminto, colhi-te como fruto! Sedento, bebi-te como a água!
Marquei meus dentes em tua carne
e escorreste pela minha boca, pelo meu pescoço, pelo meu peito.
Meus braços foram tuas formas. Minhas mãos te conheceram.
Desmanchei-te os cabelos, e me perdi. Nossas bocas se uniram, e se esqueceram.

Tatearam meus lábios escalando cumes,
devassando vales.

E fiquei em ti, vivo e silencioso, como o sangue nas veias,
como a seiva na raiz.
E desci sobre ti e me entranhei, como a chuva descendo e molhando.
E quando *felamos: era música.

(J. G . de Araujo Jorge - coletânea - "Poemas do Amor Ardente" 1a ed.1961)

*
Preludio e "Liebestod" para Tristão e Isolda

Da ópera "Tristão e Isolda"
Composição: Richard Wagner
Ano:1865

Lenda de um amor trágico entre o cavaleiro Tristão e a princesa Isolda, prometida para o rei, tio de Tristão. Acidentalmente, os dois tomam uma poção mágica e apaixonam-se perdida e irremediavelmente, lançando-se em um romance proibido e impossível. Isolda casa-se com o rei mas mantém o romance com Tristão, que logo é descoberto. Tristão é banido do reino. Ferido em um combate, Tristão pede para chamar Isolda para curá-lo. A esposa de Tristão engana-o dizendo que Isolda não virá. Isolda, chegando depois da morte de Tristão, também morre de tristeza. O Prelúdio de Tristão e Isolda é famoso pelo clima de tensão material e euforia transcendente que desperta, unindo o amor carnal (erótico) e o amor sublime (diria talvez, "divino". Otto Maria Carpeaux refletiu sobre o Prelúdio: "Tristão e Isolda é a transfiguração musical do amor, da morte e do nada, do Nihil no fundo do Universo, que esse mago soube fazer ouvir: as harmonias trágicas das esferas".
*
São três momentos da paixão: O meu amor pelo poeta J.G. de Araújo Jorge, A Linda história de amor de Tristão e Isolda e a Música imponente de Richard Wagner.

J.G., exigente, certa vez pediu para que o seu leitor lesse o poema Era Música com acompanhamento musical de A Transfiguração do Amor e Morte, de Richard Wagner.  A primeira vez que li o pema foi impossível cumprir essa missão porque eu não tinha como conseguir a música. Hoje pude realizar esse pedido, e a conclusão que cheguei é que, de fato, é uma experiência única, inexplicável, sensacional, diferente, jamais vivido algo parecido!

"Por tanto amor, por tanta emoção a vida me fez Assim": Vão dizer que é mais uma pieguice. Mas faça isso que você verá um três em um momentos de magia. Conheça um pouco da bela história de amor entre Tristão e Isolda; sonhe com a maravilhosa poesia jotageniana, e deleite-se com a formidável música desse compositor que inclusive já trouxe um fragmento para cá a fim de facilitar, agora é só usar e abusar!

Seu pedido é uma ordem, majestade!

Sobre a palavra grifada acima, na minha edição está escrito FELAMOS, ao invés de *FALAMOS de edições mais recentes. O que pode ter acontecido? Erro do livro, erro do revisor, erro de impressão, erro de digitação, erro ortográfico (não isso, não!) ou correção do autor? Ou ainda: censura dos editores? (Quem duvidar, me fale, posso escanear a página e postá-la aqui.)

Afinal quem conhece a poesia de J.G., sabe bem que ela é bastante erótica e sensual. Tire suas conclusões, e depois me conte.

Até breve!
E.B.
*

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Obs.:

O trecho da ópera selecionado acima não corresponde ao sugerido pelo poeta. Aconteceu que na minha busca não consegui localizar. Peço um pouco de paciência da parte de todos e assim que possível farei a troca.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Curiosidades Cinematográficas (7)



As crianças... 40 anos depois...

O musical foi levado às telas em 1965 por Robert Wise, que fez a fama mundial de Julie Andrews e conquistou cinco prêmios Oscar.

E eis o clássico revisitado neste filme. A pergunta é: Quantas crianças vestiram a roupa feita de cortina pela noviça?
*

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domingo, 19 de dezembro de 2010

Poema de Natal (2)

Que o sol ilumine a sua vida em 2011
E o futuro seja mais PRESENTE,
Mais paciente, mais sábio,
E tenha mais encanto...

CLIMA DE FESTA

Dezembro,
Clima de festa
Sorria,
É Natal!
Alegria no ar
E Natal é reflexão...
Aniversário de Alguém muito,
Muito especial. Todos os anos
Essa data é tão esperada...
Tem ceia, tem presente, tem oração.
Noite mágica!
Hora de unirmos ao mundo em pensamento
E num elo de fé
Orar,
Pelo Universo meio destruído, meio esquecido
Pelas pessoas feridas
Pedindo como presente
Mais Luz
Acreditando na existência de Papai Noel ouvindo
Nossas preces
Transformando-nos em energia, tornando-nos capazes
De fazer boas ações.
Aos amigos, conhecidos, parentes, ao próximo... Que haja
Troca mútua de felicitações, nos presenteando,
Nos desejando boas novas SEMPRE...
Coisas boas acontecem no Natal... A Alma fica mais leve
E nesse instante sentimos
Que estamos mais próximos d’ELE, da Verdade.
Tão frágeis, tão sensíveis, capazes de transformar o mundo
Numa só família
Capazes de deixar o mundo
Mais colorido e feliz...
Pedimos também de presente que o céu continue céu, que esse
Clima de festa
Dure por todo o ano
Que todos possam realizar seus sonhos e a fraternidade seja
O par constante
Na vida de todos...
Podemos decorar
A árvore da vida
Porque a Festa maior
Já começou
E ela não deve acabar
De nossos corações.
***
Um Natal de Presente pra Você!
E. B.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ilha the LOST (4)

Contagem regressiva para a implosão de uma parte do Hospital Universitário, referência na cidade do Rio de Janeiro e que desaparecerá do mapa. :(
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Via Láctea

Via Láctea – Soneto XIII

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

Olavo Bilac

"De poeta, médico e louco, todos temos um pouco." Dizer que sou meio maluca por ter mania de falar sozinha de vez em quando, não procede. Pense bem: Nós não cantamos às vezes sozinhos? En~toa o que é que tem de mais falar sem niguém por perto para ouvir? Como diz o ditado, "cada um com a sua mania". E isso de falar sozinho é considerado loucura, Freud explica! Falo com Deus o tempo todo em pensamento. Claro que isso não é loucura porque DEUS é AMOR. E falar com estrelas, como o poeta Olavo Bilac, também não, afinal ele podia. Agora um simples mortal conversar com plantas, com seu animal de estimação, com seus botões, por favor, interne, porque ficou doido!

Confesso que converso com o meu ventilador, assim que acordo: "Querido ventilador, está na hora de descansar, afinal você trabalhou a madrugada toda!"

Assisti ao filme a Suprema Felicidade de Arnaldo Jabor, e gostei de ouvir esse soneto de Bilac inserido em um dos diálogos entre o menino e o seu avô, o  que me remeteu a uma cena do meu passado e me  fez devanear a primeira vez que o li, e imaginava a situação entre o poeta doido conversando com o  mar de estrelas.
 
Para ser capaz de ouvir estrelas só sendo alguém sensível e especial. Se você tem esse talento, esse dom, considere-se especial. Converse com elas, com as flores, com os pássaros com a natureza. Converse com aquela pessoa que você gosta, que sente saudade e que te faz bem. Você é capaz de coisas incriveis, é tentar para descobrir. A felicidade está nessas pequenas coisas que parecem loucuras; coisa de gente "sem noção", mas loucura mesmo é não tentar... não tentar ser feliz nesses pequenos atos do dia a dia não é covardia, tampouco questão de coragem... e já que não custa nada... triiiiimmmmmmmm...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Filho da Babilônia

Filho da Babilônia

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Filho da Babilônia do diretor iraquiano Mohammed Al Daradji conta a história de um menino de doze anos e de sua avó que no meio do caos de uma pátria destruída, saem pelas estradas e ruínas pós-guerra do Golfo e da queda do regime de Saddam Hussein, ocorrido em 2003, em busca do seu querido pai desaparecido depois de ser preso pela Guarda Republicana Iraquiana. O filme é uma espécie de documentário road-movie, mostrando essas duas gerações – infância e velhice - porém o mesmo sentimento de dor e perda, o sofrimento físico e emocional daquela gente, o desgaste causado pela intolerância que só uma guerra lamentavelmente é capaz de produzir.

Ahmed e sua avó, ambos curdos, passam por várias situações inusitadas nessa louca aventura sem fim e o desespero pela luta de vender todos os seus bens, e com a cara e a coragem vagar em busca de uma esperança de realizar esse lindo sonho de encontrar o ente querido. Embarcar literalmente num novo tempo de esperança e de recomeço.

Filho da Babilônia foi rodado no próprio Iraque, narrado sob a ótica do garoto sonhador e cheio de imaginação e, literalmente, uma viagem através das tragédias mais obscuras dos últimos tempos, a Guerra do Iraque, ressaltando a miséria humana, a destruição do país, as inúmeras covas rasas, corpos empilhados, desfigurados, sem identificação de inocentes vítimas desse conflito. Ahmed, como todo menino de sua idade, apesar dos pesares, sempre envolvido em brincadeiras, segurando com carinho a flauta mágica, presente do seu querido pai, não esquecendo essa condição, às vezes descuidando-se até mesmo de sua avó, para ir brincar com outras crianças que encontrava pelo caminho. Conheceu um garoto de sua faixa etária, que no meio da guerra trabalhava vendendo cigarros, e tornam-se amigos e entre uma brincadeira e outra Ahmed some por um tempo enquanto a sua avó tirava um cochilo aguardando a chegada do ônibus que os levaria para a próxima cidade. Ela leva um susto quando acorda e não o encontra. Agora são dois desaparecidos o seu filho e o neto? Ela cai em desespero, e ao seu redor, ninguém pode ajudá-la porque não falam o mesmo idioma. Algum tempo depois, Ahmed, aparece com seu amiguinho e ela, dá-lhe uma pequena bronca, pois quase perdem o ônibus por causa desse sumiço momentâneo. O retrato do Iraque atual é de destruição, ruínas, sujo e o povo sem perspectiva. Ao chegarem à cidade de Babilônia, conhecem um ex-soldado que passa a ajudá-los e essa experiência muda completamente a vida de Ahmed.

O menino fez amizade com esse ex-soldado do exército de Saddam; foi amor à primeira vista da parte de ambos. O ex-soldado confessou a avó do menino que matou a contragosto, nessa guerra muitos inocentes, e isso deixou a idosa bastante magoada e com raiva. Ela não o queria por perto e não conseguia de jeito nenhum perdoá-lo, talvez achando que ele também pudesse ter matado o seu filho, mas percebia-se pela fisionomia do rapaz que ele estava sofrendo por isso. E no fim ela acaba o perdoando e ele se apegou ao seu neto como sendo seu filho. Há várias passagens emocionantes neste filme. Uma delas é o ato de a avó ter levado um par de roupas novas para o neto se trocar no caminho a fim de que ele se encontrasse com o pai apresentável. O filme é recheado de simbolismos marcantes, e de antíteses entre guerra e paz; vida e morte; amor e ódio, sonho e realidade. Logo no início, a imagem retratada é de um mundo controverso cheio de vida, e a bela paisagem do verde da natureza prevalece; já o desfecho emblemático: a natureza morta, a vegetação seca, esperança no início e desilusão final.

Ahmed é um sonhador e sonhar é permitido em qualquer idade. Durante a viagem pelo Iraque ele viaja também através da imaginação de poder passear pelos JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA que só tinha conhecimento através dos livros didáticos.

O sonho do menino era pisar nesse Jardim que ele apenas conhecia de ouvir falar e que o fazia viajar nesse fantástico mundo da utopia.

O mundo da fantasia realmente é fascinante e eu fui lá pesquisar a história desse Jardim que tanto Ahmed queria conhecer. Aguçou minha curiosidade e quis saber com mais detalhes sobre esse lugar considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Os Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos no século VI a. C., na antiga Babilônia, sul do Iraque. O rei Nabucodonosor (604-562 a.C.), teria mandado construir o monumento em homenagem a uma de suas esposas preferidas, Amitis, que sentia saudades das montanhas de sua terra natal. Uma escadaria de mármore dava acesso aos terraços, construídas sob seus montes de terras artificiais, que eram apoiados em colunas, onde havia vários tipos de árvores e flores conhecidas na época e alamedas de palmeiras.

Babilônia foi o centro cultural, comercial e financeiro do mundo antigo.
Filho da Babilônia foi produzido e financiado por sete países que acreditaram no projeto e no talento do jovem diretor, tanto que recebeu vários prêmios entre eles o da Paz e da Anistia Internacional em Berlim 2010 e recebeu convite de mais de 70 festivais ao redor do mundo.
Recebeu Prêmios da Paz e da Anistia Internacional em Berlem 2010.

Vó, Não me deixe sozinho, estamos na Babilônia!” Finaliza-se sobre a necessidade de um símbolo concreto a fim de dar consistência ao querer da continuação de um caminho incerto.

Um filme comovente. Imperdível!
Karenina Rostov

Sinopse

Em 2003, três semanas depois da queda do regime de Saddam Hussein, Ahmed, garoto curdo de 12 anos, viaja com a avó pelas estradas desertas e empoeiradas do norte do Iraque. Eles vão em direção ao sul, a procura do pai dele, preso pela Guarda Republicana de Saddam ao fim da Guerra do Golfo. No caminho, encontram diversas pessoas em situação semelhante, mas esperançosas de um novo futuro. Ao chegarem na cidade de Babilônia, conhecem um ex-soldado da Guarda que talvez possa ajudá-los. A experiência muda completamente a vida de Ahmed. Prêmios da Paz e da Anistia Internacional em Berlim 2010.

Ficha Técnica

Direção: Mohamed Al-Daradji
Roteiro: Mohamed Al-Daradji, Jennifer Norridge, Mathel Khasea
Elenco: Yasser Talib, Shazada Hussein
Fotografia: Mohamed Al-Daradji, Duraid Al-Munajim
Montagem: Pascale Chavance, Mohamed Jabarah
Música: Kad Achouri
País: Iraque / Reino Unido / França / Holanda / Emirados Árabes Unidos
Produção: Isabelle Stead, Atia Al-Daradji, Mohamed Al-Daradji, Dimitri de Clercq
Estúdio: Roissy Films
Duração: 90 minutos
País: Iraque
Ano: 2009
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Curiosidades acerca dos Jardins - Os Jardins e Sadam Hussein

Sadan Hussein ofereceu, certa vez, uma recompensa de milhões de dólares para quem pudesse apresentar uma explicação plausível de como os Jardins Suspensos eram irrigados. As condições de vitória eram que não poderiam utilizar quaisquer métodos modernos, como computadores, e calculadoras para calcular a hipótese.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Bebendo da mesma fonte


FOGOS DE ARTIFÍCIO

A madrugada pertence aos amantes
Pássaros se recolhem ao silêncio errante
Somente a meiguice do luar a passear
No congestionado céu estelar.

A noite cai derradeira. É tarde
Quero sonhar acordada
Quero amar e ser amada
Quero desvendar os mistérios. Meu corpo arde.

Ruas desertas, nossos sentidos aguçados a procurar
Afagos, carícias inquietas, bocas a tatear...
Corações em descompasso, respirações ofegantes.
Gemidos são canções, lavas de nossos vulcões constantes.

Com carinho e ternura te espero: é o meu ofício
Assim te quero: loucura calma...
Embriagando corpo e alma
Nesta noite de amor e fogos de artifício.
E.B.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Escritores Brasileiros (5)



Escritores Brasileiros in RIO.  Eu fui!

Data: 07/12 - Local: Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.

Luís Fernando Veríssimo

LUIS FERNANDO VERISSIMO, é um dos escritores  mais populares brasileiros.

Para ler alguns textos de Verissimo, a atriz convidada desta vez foi CISSA GUIMARÃES.
É um dos meus cronistas favoritos, e como fã de suas tiras AS COBRAS, selecionei algumas para o seu deleite.

Este ENCONTRO o foi o último do ano. 2011 tem mais. Até lá.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma pena... (3)

Imagem do H.U. totalmente dividido em duas partes.
A parte que irá desaparecer do hospital é o da direita.


A nova paisagem já começa a tomar forma...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os Dez mais do CINEMA


O Jornal  The Guardian lista os dez (10) filmes com os finais mais surpreendentes do CINEMA.


Votação do Jornal  The Guardian lista os dez (10) filmes com os finais mais surpreendentes  da história do Cinema, apontando  O Sexto Sentido em primeiro lugar. Ranking conta ainda com Psicose, Clube da Luta, Os Outros e Seven.

O top 10 segue com um clássico de Alfred Hitchcock, "Psicose", e com o thriller "Os Suspeitos", de Brian Synger.

Conheça abaixo a lista dos 10 filmes e seus finais surpreendentes.

1 - O Sexto Sentido - Bruce Willis estava morto o tempo todo.
2 - Psicose - A mãe de Norman Bates estava morta.
3 - Os Suspeitos - Kevin Spacey era o culpado.
4 - Star Wars - O império contra-ataca -  Dart Vader é o pai de Luke Skywalker.
5 - Jogos Mortais -  O vilão Jigsaw não estava morto o tempo todo.
6 - Clube da Luta -  Edward Norton e Brad Pitt são a mesma pessoa.
7 - O Homem de Palha -  Christopher Lee planejava matar Edward Woodward o tempo todo.
8 - Os Outros -  Nicole Kidman estava morta o tempo todo.
9 - Seven - Os Sete Crimes Capitais -  Kevin Spacey era mais mau do que se pensava.
10 - Planeta dos Macacos - A ação se passa na Terra, no futuro.


É claro, lógico e evidente que é a lista dos mais criativos e surpreendentes finais.  E eu como cinéfila eclética, concordo, and you?