segunda-feira, 21 de maio de 2012

Não perca as oportunidades...

SIGNS

O curta-metragem Signs (Placas), dirigido pelo australiano Patrick Hughes, mostra o casal Jason e Stacey, que trabalha em prédios próximos e se conhece conversando por placas. Fez sucesso na rede e foi visto 350 mil vezes.

sábado, 19 de maio de 2012

A Velha a Fiar


A Velha a Fiar é um curta-metragem brasileiro de 1964 dirigido por Humberto Mauro, com a música popular homônima cantada pelo Trio Irakitan. Uma joia do cinema brasileiro, esse curta-metragem chegou a ser considerado pelos críticos como um dos primeiros videoclipes do mundo. Humberto Mauro, ao não conseguir colocar uma mulher para fazer o papel da velha, colocou seu amigo Mateus Colaço para fazê-lo.

O curta começa com imagens bucólicas da vida rural: bois pastando, a moagem no pilão, os trabalhos do campo, os animais que farão parte da história. De repente, surge a velha na roca a fiar, quando começa a canção-tema, cantada pelo Trio Irakitan, que apresenta os eventos nesta sequência:

Estava a velha no seu lugar
Veio a mosca lhe fazer mal
A mosca na velha e a velha a fiar

Estava a mosca no seu lugar
Veio a aranha lhe fazer mal
A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava a aranha no seu lugar
Veio o rato lhe fazer mal
O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o rato no seu lugar
Veio o gato lhe fazer mal
O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o gato no seu lugar
Veio o cachorro lhe fazer mal
O cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o cachorro no seu lugar
Veio o pau lhe fazer mal
O pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o pau no seu lugar
Veio o fogo lhe fazer mal
O fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o fogo no seu lugar
Veio a água lhe fazer mal
A água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava a água no seu lugar
Veio o boi lhe fazer mal
O boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o boi no seu lugar
Veio o homem lhe fazer mal
O homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o homem no seu lugar
Veio a mulher lhe fazer mal
A mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava a mulher no seu lugar
Veio a morte lhe fazer mal
A morte na mulher, a mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar!

Ao final, a velha continua a fiar.
Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Lembranças


Remember Me, Lembranças e Robert Pattinson
Para quem conhece o trabalho do ator Robert Pattinson somente das histórias vampirescas ou de aprendiz de feitiçaria, não imagina que o rapaz é um pouco mais que um rosto bonito; ele  tem um talento singular e seu público cativo certamente não faz ideia, podendo se surpreender com outros trabalhos de sua filmografia. A Prova está em  duas de suas últimas atuações: o drama “Remember Me” (Lembranças) e “Poucas Cinzas” - neste último ele protagoniza o pintor surrealista Salvador Dali quando jovem.
Em Remember Me,  Robert Pattinson é Tyler, um rapaz rebelde, sofrido e  traumatizado por ter perdido o irmão mais velho, difícil para ele, tão jovem, entender e aceitar a morte desse ente querido. Além disso, enfrenta outras questões de ordem familiar: desentendimento com o pai,  assuntos particulares mal resolvidos e a mais delicada de todas é que ele se sente  responsável pela irmã caçula o qual  cumpre muito bem esse papel  dedicado, zelando por ela que é vista pela sociedade como uma garota problemática ou "diferente", os pré-conceitos da vida, e lhe dá apoio e carinho na medida certa. A tristeza parece ser sua companheira inseparável instigando-o a amar profundamente pessoas a seu redor, seus amigos e por fim sua namorada, sem aquela necessidade ou cobrança de declarações verbais exageradas como de praxe, e sempre que possível procura se  afastar de estranhos, mantendo-se numa redoma invisível de proteção, não se importando muito com o que pensem a seu respeito. Isso  faz lembrar um determinado personagem saído das páginas da literatura dando um tom bucólico encantador e quase que não permitindo acesso ao mundo arbitrário, cortando a comunicação entre o real e a fantasia.

O filme é comovente, porém, trágico do início ao fim, deixando sequelas e marcas na alma dos mais emotivos. A história é ambientada em Nova York de 1991, mostrando um violento assassinato de uma mãe bem diante da pequena filha e também diante do espectador. Dez anos depois Tyler (Pattinson) transformou-se num rapaz atormentado e triste. O filme é recheado de detalhes que envolvem fatalidades e semelhanças com o mundo real. Uma mera coincidência? Uma história por assim dizer, emblemática, impossível esquecer, ou simplesmente  passar a borracha e apagar da memória; são fatos que se carregará como uma cruz para o resto da vida. Mesmo não sendo dono da história são lembranças que deixam cicatrizes profundas em nossas mentes. Era uma vez... o conto pega carona na tragédia de um povo, usando  como pano de fundo para contar outra fatalidade.
Parece mesmo que o galã Robert Pattinson amadureceu.... E eu nem sou fã dele. “Lembranças” é um belo e singelo filme.
Tyler Roth (Robert Pattinson) sente-se frustrado por tentar se recuperar emocionalmente e enterrar de vez a tragédia que marcou sua vida, mas sua luta parece ser em vão. Durante muito tempo a dor continua intensa, difícil de superar.  Nesse meio tempo, ele conhece Ally (Emile de Ravin), a filha de um policial, que teve a mãe brutalmente assassinada. Percebendo que pode compartilhar seu pesar com ela, os dois acabam se apaixonando e o nobre sentimento começa a libertá-lo da angústia. Tyler descobre que a perda pode ser superada e a amargura que envenenava sua alma pode ser curada a partir desse envolvimento na companhia de Ally. 
Não se trata de uma obra fácil e Robert Pattinson acaba carregando “Lembranças” nas costas. O desfecho inesperado pode decepcionar aos amantes de finais felizes, mas talvez concluam que o investimento foi válido porque o fato trágico lembrado aqui é suficientemente complexo para qualquer entendimento da razão humana.  E finaliza unindo os laços afetivos que havia se perdido.
O filme basicamente usa a tristeza como alegoria. Talvez por nos remeter a fatos do mundo real ainda latente. Vale conferir porque a vida é feita de momentos.
Karenina Rostov
*
Diretor: Allen Coulter
Elenco: Robert Pattinson, Emilie de Ravin, Chris Cooper, Lena Olin, Pierce Brosnan, Martha Plimpton, Peyton List, Ruby Jerins.
Produção: Carol Cuddy
Roteiro: Will Fetters, Jenny Lumet
Fotografia: Jonathan Freeman
Trilha Sonora: Marcelo Zarvos
Duração: 113 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Deus vê a verdade, mas custa a revelar

“Tolstói é um escritor magnífico.” James Joyce


O que fazer quando se é julgado e condenado por um crime que não se cometeu e não se tem como provar inocência? Complicado, não acha? “Deus vê a verdade, mas custa a revelar” é um dos mais formidáveis contos de Tolstói sobre um sonho ruim que a esposa do comerciante Aksionov teve com ele na véspera de sua viagem a negócios e, por isso, aconselhou-o a não viajar. Porém, como ele é teimoso, resolve partir e o sonho acaba se tornando fato.

Tolstói costuma utilizar em seus contos a arte do conflito como alegoria constante, principalmente a dualidade vida/morte e seu papel como narrador serve para guiar o leitor para que o próprio encontre a saída.
Eunice Bernal

domingo, 6 de maio de 2012

Isto não é um filme


Isto não é um filme

É triste saber que enquanto em determinados lugares sobra liberdade e não se sabe exatamente o que fazer com ela, desperdiçando-a, em outros sobra entusiasmo, força de vontade e boas ideias, mas infelizmente esbarra na censura e não liberdade de expressão. É o que aconteceu com o diretor iraniano Jafar Panahi condenado a seis anos de prisão domiciliar e vinte proibido de fi...lmar.

Jafar encontrou uma brecha e conseguiu produzir “Isto Não é Um Filme” para nossa felicidade possibilitando o espectador a lamentavelmente saber que a repressão é uma realidade em pleno século XXI, e que este “não-filme” conseguiu sair de seu país de maneira clandestina, através de um mero pendrive escondido dentro de um bolo.

Parabéns ao diretor por estar dando voz aos outros diretores iranianos impossibilitados de realizar seus trabalhos, mesmo sabendo que está correndo risco de sofrer punições com a produção caseira agora espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Sonhar ainda é permitido em qualquer nação... bom que ele encontrou um meio de partilhar este seu sonho com o publico. Agradeço profundamente pela coragem e ousadia.
Karenina Rostov
*


Isto não é um filme (In Film Nist, This is not a film, 2011)
Filme iraniano dirigido por Jafar Panahi e Motjaba Mirtahmasb.