domingo, 31 de outubro de 2010

Pamonha


 Depois do resultado das eleições presidenciais lembrei-me deste conto maravilhoso de Tchekhov, não sei bem por que...se alguém souber, por favor, me fale...
"É fácil ser forte neste mundo!"

PAMONHA
Convidei há dias para o meu escritório a governanta de meus filhos, Iúlia Vassílievna. Era preciso acertar as contas.
- Sente-se, Iúlia Vassílievna! - disse - Vamos fazer as contas. Com certeza, está precisando de dinheiro e a senhora‚ tão cerimoniosa que não pede sozinha... Bem... ficou ajustado entre nós que seriam trinta rublos por mês...
- Quarenta...
- Não, Trinta... Eu tenho anotado... Sempre paguei trinta rublos às governantas...Bem, a senhora residiu aqui durante dois meses...
- Dois meses e cinco dias...
- Dois meses exatos... Anotei assim. Quer dizer que tem a receber sessenta rublos... Descontando nove domingos... a senhora, realmente, não deu aula ao Kólia nos domingos, mas apenas passeou com ele... E mais três feriados...
Iúlia Vassílievna ficou vermelha e pôs-se a puxar uma franja do vestido, mas... não disse palavra!...
- Três feriados... quer dizer que temos a descontar doze rublos... Kólia esteve doente quatro dias e, por isso, não estudou... A senhora, então, deu aula apenas a Vária... Durante três dias, a senhora teve dor de dente e minha mulher dispensou-a das aulas da tarde... Doze e sete são dezenove. Descontando... ficam... hum... quarenta e um rublos... Certo?
O olho esquerdo de Iúlia Vassílievna ficou congestionado e nublou-se. Começou a tremer-lhe o queixo. Tossiu nervosa, assoou-se, mas... sem dizer palavra!
- Na noite de Ano Bom, a senhora quebrou uma xícara de chá e um pires. São menos dois rublos... A xícara é uma relíquia, custa mais caro, mas... vá lá, Deus que a perdoe! Nossas coisas já se têm estragado em tantas ocasiões! Depois, devido a uma falta de atenção por parte da senhora, Kólia trepou numa árvore e rasgou o paletozinho... São menos dez... A arrumadeira, em consequência igualmente de uma distração sua, roubou os sapatos de Vária. A senhora deve cuidar de tudo. Está  contratada e recebe ordenado. Quer dizer que devemos tirar mais cinco... No dia dez de janeiro, a senhora levou emprestados de mim dez rublos...
- Eu não levei! - murmurou Iúlia Vassílievna.
- Mas está anotado aqui!
- Está bem...seja.
- De quarenta e um, tira-se vinte e sete, sobram quatorze...
Os olhos da governanta encheram-se de lágrimas... O suor apareceu sobre seu narizinho comprido e gracioso. Pobre menina!
- Eu só levei uma vez - disse ela, a voz trêmula. - Levei três rublos de sua senhora... Não levei mais nada...
- E agora? Imagine, eu nem anotei isso! Tirando três de quatorze, fica onze... Aqui está o seu dinheiro, minha cara! Três... tres, três... um e um... Queira receber!
Dei-lhe os onze rublos... ela os tomou e enfiou-os no bolso, com dedos trêmulos.
- Merci - murmurou.
Levantei-me de um salto e pus-me a andar pelo quarto. O furor apossou-se de mim.
- Mas, por que este merci? - perguntei.
- Pelo dinheiro...
- Mas eu a assaltei, diabos, eu lhe roubei dinheiro! Por que
merci?
- Noutras casas, cheguei a não receber nada...
- Não recebeu nada! Compreende-se! Eu caçoei da senhora, dei-lhe uma lição cruel... Vou lhe pagar todos os seus oitenta rublos! Estão preparados para a senhora, neste envelope! Mas, como é que se pode ser moleirona assim? Porque não protesta? Por que fica quieta? Pensa que, neste mundo, pode-se não ser audacioso? Pensa que se pode ser tão pamonha?
Ela esboçou um sorriso azedo e eu li em seu rosto: "Pode-se sim!".
Pedi-lhe perdão por aquela lição cruel e dei-lhe, para seu grande espanto, os oitenta rublos. Pôs-se a balbuciar merci com timidez e saiu do escritório. Acompanhei-a com o olhar e pensei:
- É fácil ser forte neste mundo!
Anton Tchekhov (1883)

Manifesto em Defesa da Democracia

Por Helio Bicudo - Membro e fundador do PT.

http://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo&feature=email

sábado, 30 de outubro de 2010

Cineminha Grátis

Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema 2010

de 28 de outubro a 7 de novembro - Odeon Petrobras - entrada franca

http://www.curtacinema.com.br

Como costumo dizer: Huuuuuuummmmmm, que dica interessante!

Duas vezes, além de curtir curta, é grátis. Vai lá!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Créditos Interessantes (5)

SEVEN - Se7en (Se7en) – 1995
*
Para os fãs do suspense, eis uma abertura bem sugestiva. Cinema é a maior diversão, não acha?

*

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Carpe diem!

E por falar em cinema...

Eis uma imagem belíssima do filme Sociedade dos Poetas Mortos que considero inteligente e original. O objetivo do professor de literatura dando aos alunos outra possibilidade de exergar o mundo, de uma nova leitura, sob outro ângulo e outra ótica.
"O Captain! My Captain!"

Carpe diem!

-Vocês estão vendo estas fotos meninos?

-Os jovens que estão nesses quadros, planejam revolucionar o mundo e transformar suas vidas em algo magnífico. Isso foi há 70 anos. Agora estão todos mortos. Quantos tiveram uma vida realmente feliz?

Quantos realizaram seus sonhos? Aí o professor inclina para o grupo e murmura para que todos o ouçam:
- Aproveitem o seu dia. Vivam o presente.

Confiança é saber que somos limitados, que não podemos adivinhar o que está por vir que jamais controlaremos todas as “possibilidades” e que nossa única saída é viver intensamente a realidade, seja boa ou ruim.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mensagem para mim...

No dia de hoje, by ORKUT:

Sorte de hoje: Agora é a hora de tentar algo novo.

Nada de novo no FRONT. Por enquanto...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A difícil arte de ganhar um catálogo

Mostra John Ford em andamento no CCBB.





Para quem está acompanhando a mostra em homenagem a  John Ford no CCBB do RJ,  já deve saber as fases para se conseguir o tão disputado  catálogo. As etapas são as mesmas de mostras anteriores: 1° Comprar o Cinepasse; 2° Pegar a senha meia hora antes da sessão; 3° assistir a cinco filmes e carimbar o passaporte em cada uma delas; 4° apresentar o cinepasse com os cinco carimbos no balcão de atendimento para finalmente  receber o catálogo.  Detalhe: o curador disse que são apenas 280 exemplares.

Agora restam 279.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Cristo Redentor, maravilhoso!

Projeções do abraço do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, de Fernando Salis (registro 19/10/2010)


*
Cristo Redentor, a terceira maravilha do mundo moderno ganhou roupagem nova e estilizada nesta semana, e está assim, com esses efeitos cinematográficos para inaugurar a campanha CARINHO DE VERDADE, de combate a exploração sexual de crianças. Tudo projetado no corpo do monumento que virou uma verdadeira tela de cinema de alta definição.

A propósito, vale relembrar quais são as sete maravilhas do mundo antigo e as sete maravilhas do mundo moderno.

As Sete Maravilhas do mundo antigo, são:

1 - Jardins Suspensos da Babilônia
2 - Pirâmides de Gizé
3 - Estátua de Zeus
4 - Templo de Ártemis
5 - Mausoléu de Halicarnasso
6 - Colosso de Rodes
7 - Farol de Alexandria

E eis as Sete Maravilhas do mundo moderno:

1 - Grande Muralha da China
2 -  Petra, na Jordânia
3 - Cristo Redentor, no Brasil
4 - Machu Picchu, no Peru
5 - Chichén Itzá, no Peru
6 - Coliseu, na Itália
7 - Taj Mahal, na Índia


RIO DE JANEIRO,

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Coral de Tóquio

Coral de Tóquio (Tokyo no Korasu, Japão 1931)

Diretor: Yasujiro Ozu
Escolhi dia desses aleatoriamente para rever o filme O Homem que Sabia Demais de Hitchcock.  Uma cena de uma das locações deste filme me remeteu ao cineasta Yasujiro Ozu. No desfecho, Hitch faz um breve passeio com a câmera, mostrando detalhes dos interiores da mansão, portas, escadas, mobília, corredores, lustres, até chegar ao quarto onde estava preso o filho seqüestrado do casal americano, exatamente como acontece ao estilo de Ozu filmar. Seria uma homenagem?  
 
Conheço meia dúzia de filmes de Ozu dando perfeitamente para se concluir que seu estilo é inconfundível, reconhece-se como uma marca registrada pela poesia existente na fotografia, pelo assunto e costumes do cotidiano, temas triviais geralmente familiares, pequenos dramas, peculiaridades da cultura oriental, relações conflituosas  entre tradição e modernidade. As imagens iniciais mostrando paisagens, crianças brincando, pessoas transitando pelas ruas, animais e residências  transmitem paz e serenidade. Ele trata com carinho e especial sentimento os assuntos rotineiros e banais, o público se identificando constantemente pelos temas declinados, desde amor não correspondido, desemprego, saúde, miséria, educação, religião, família, até assuntos polêmicos como suicídio.


Além de contar uma boa história, por mais simples ou rotineira que seja, Ozu nos presenteia com belas figuras de retórica e de estilo, principalmente a prosopopéia, personificando em belas imagens que dialogam frequentemente com o público,  não se esquecendo de nenhum detalhe, tudo tem o seu valor, desde a chaleira e seu vapor  num canto da sala, como   também os corredores, as  paredes, escadas, os chinelos e os cabides  na entrada, a mesinha no centro da sala onde a família e os amigos  se reúnem para uma habitual refeição e longas conversas,  nada escapando ao olhar atento e cuidadoso de minúcias do diretor.

Fiquei emocionada e feliz pela oportunidade de ter assistido ao CORAL DE TÓQUIO, esse filme mudo, em preto e branco produzido em 1931, uma sessão especial assim, que eu me lembre, só vi no MAM (Museu de Arte Moderna), o clássico O Nascimento de uma Nação de D.W. Griffth com acompanhamento improvisado ao piano, e em outra ocasião um filme russo no Festival do Rio com tradução simultânea, os atores dublando ao vivo, foi um momento mágico e inesquecível. 

A história de Coral de Tóquio começa dentro de um quartel onde um professor dá instruções aos subalternos, pedindo que marchem, verificando postura e obediência a ele como mestre, seus súditos  fazendo tudo o que era pedido. O prólogo é uma comédia pastelão, ninguém no cinema consegue segurar o riso, principalmente quando estão em cena dois soldados trapalhões, sendo motivo de gargalhadas dos outros colegas recrutas e pelo fato de o professor mal conseguir manter a ordem e a disciplina do batalhão. Comentaram que Ozu era fã de Chaplin.

A história dá um salto, mostrando aquele que foi o soldado trapalhão, hoje um pai de família com três filhos: O mais velho era um menino aparentando ter uns seis anos; depois uma menina de cinco anos e um bebê.   

Okajima, o soldado hoje é um funcionário de uma empresa, e ele encontra-se em seu ofício  ao lado de seus colegas de trabalho. Todos estão felizes porque é o dia do pagamento.  O filho dele sabendo disso pediu-lhe de presente uma bicicleta, e o pai prometeu que lhe compraria. Acontece que nesse dia o patrão resolveu demitir um funcionário e este pai de família, para defender o colega foi falar com o patrão que acabou também o despedindo.  Tempos difíceis no Japão, em plena depressão, e agora o jovem pai de família ficou desempregado. O que ele poderia fazer? Tinha formação superior, era professor, mesmo assim emprego não havia, era artigo de luxo, e Okajima começou a enfrentar dificuldades. Certo dia ele encontrou na cidade o seu ex-professor que também estava desempregado e ele lhe fez uma proposta. O professor estava abrindo com a esposa um restaurante e precisava de um ajudante para fazer propaganda, distribuindo panfletos nas ruas de Tóquio para conseguir clientes. Ele imediatamente topou. Só que não contou nada para a sua orgulhosa esposa porque não entenderia nem aceitaria ver seu marido com a formação que tinha, trabalhando como entregador de papel pelas ruas.
Okajima chegando em casa era só cobranças: o filho pedindo a bicicleta, a esposa, dinheiro para fazer compras, o bebê  chorando e a menina adoeceu, precisando de dinheiro para ir ao médico e comprar medicamentos. 

Um dia ela vai à cidade com os filhos e presencia a seguinte cena: o marido marchando pelas ruas, ao lado do seu ex-professor, carregando uma bandeira e distribuindo panfletos, a propaganda do restaurante. Em casa, foi um Deus nos acuda. A esposa não aceitou de jeito nenhum que ele continuasse naquela situação que considerava constrangedora para a família. Foi trabalhoso e penoso para ele convencê-la que era necessário porque ele não tinha outra escolha.   É claro que para Okajima era apenas uma situação provisória até ele conseguir algo melhor.  O ex-professor gostava muito dele e tinha muitos contatos de autoridades e pessoas influentes, e o ajudou sigilosamente enviando o curriculum dele para o ministro da educação indicando-o para o cargo de professor de literatura na universidade.  

O dia da inauguração do restaurante, o seu ex-professor era ‘só sorrisos’, porque o local lotou; muita gente foi conhecer o novo point da cidade e foi o maior sucesso.

Nesse mesmo dia chega uma correspondência para o seu ex-professor. Adivinha o que era? A resposta do governo aceitando a indicação do professor Okajima para lecionar na universidade. 


 Cinema também é uma escola, e neste filme aprendi muita coisa nova e agora compartilho aqui. Esta delicada comédia mostrando o cotidiano de Okajima um pai família em plena depressão e que acabou sendo despedido exemplifica o estilo de filmar e dirigir de Ozu e peculiaridades de seus primeiros filmes. 

Coral de Tóquio é uma verdadeira obra de arte. Sem som e sem  trilha sonora, como os primeiros filmes mudos e em preto e branco que ainda eram considerados uma curiosidade aos japoneses que diziam ser “coisa de ocidental”, e nesta sessão especial que tive a oportunidade de assistir e aprender coisas do mundo oriental que desconhecia,  foi apresentado ao público a presença de uma narradora no idioma japonês, como se o filme fosse estrangeiro. Esse tipo de “tradução” ao vivo recebe o nome de Benshi que deriva de Ben (narração) e Shi (mestre, samurai), que servia para complementar o entendimento da obra cinematográfica.  Formidável a tradução simultânea, ao vivo e em cores, com músicos e seus instrumentos orientais.  Os benshis eram mais reverenciados que as próprias estrelas dos filmes. 
O benshi continuou sendo uma parte muito importante na exibição de filmes até 1937.  Fora do Japão o espanto nem era tanto pela manutenção do benshi. E sim porque frequentemente estes narradores tinham liberdade de acrescentar sua própria interpretação e dava explicação pessoal para cenas não filmadas, seu entendimento e impressão sobre o filme. Não necessariamente a versão pretendida do diretor.

A narradora Ângela Nagai é ótima, fazia o público compreender um pouco mais o filme com um toque de humor imitando o choro do bebê, por exemplo,  as brigas entre os irmãos por coisas banais, expressões fisionômicas etc, foi sensacional, e ilustrando constantemente com informações sobre o país, sobre a situação sócio-econômico-cultural, desemprego, família  entre outros temas; e os músicos Felipe Fiani Veiga (tocando o instrumento okoto) e Tamie Kitahara (tocando o instrumento shamisen) fazendo o espetáculo mais bonito que a sétima arte já é. Tudo maravilhoso. Quem tiver oportunidade de ver um show como esse aconselho  não perder. Assista!

Para quem achou estranho num primeiro momento, a técnica Benshi era muito usada nos primórdios do cinema no Japão, quando assistir a um filme era pouco para os espectadores, e os narradores eram, na verdade, considerados as grandes estrelas como os próprios atores. O filme só começava após uma palestra do Benshi; antes da narração dava-se explicação sobre o tema. No Japão existe até hoje sessões com benshi que também eram conhecidos como katsuben – abreviação de katsudoo shahin benshi (narradores de imagens em ação).

Fica aqui a dica para uma sessão de cinema divertida e leve. Esplendido!
Karenina Rostov
*
Elenco: Tokikiko Okada, Emiko Yagumo, Hideo Sugawara, Hideko Takamine, Tasuo Saito, Chouko Iida, Takeshi Sakamoto, Reiko Tani, Kenichi Miyajima, Isamu

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cidade de Deus


O Jornal britânico The Guardian publicou uma lista com os melhores 25 filmes de ação de todos os tempos e orgulhosamente o nosso Cidade de Deus, do diretor Fernando Meirelles em 2002, está em sexto lugar.

O filme de Meirelles, que recebeu quatro indicações ao Oscar em 2004, divide a lista de filmes de ação com clássicos como Apocalypse Now (1979, do diretor Francis Ford Coppola), em primeiro lugar, Intriga Internacional (1959, de Alfred Hitchcock), em segundo, e Era Uma Vez no Oeste (1968, de Sergio Leone), em terceiro.

Cidade de Deus conquistou o mercado internacional, principalmente por suas imagens fortes e enredo baseado numa história verdadeira. Quem viu pode revê-lo e quem não viu vai conhecer o trailer agora.
*
Sinto orgulho do meu colega de faculdade Paulo Lins. Parabéns, querido!


terça-feira, 19 de outubro de 2010

En el trabajo (5)

Entrevista da Revista Veja - somos a favor ou contra animais em Pesquisa?  Votem, por favor!

Mais uma vez precisamos de mobilização. VOTE VÁRIAS VEZES (É POSSIVEL)

A revista VEJA esta fazendo uma serie de entrevistas sobre experimentação com animais e há uma votação que pergunte se somos a favor ou contra o uso de animais para propósitos científicos. Por favor mobilizem familiares, amigos, vizinhos e nós mesmos para votar no site abaixo. Precisamos reverter,  já que os ativistas estão  mobilizados

Entrem no site abaixo, e, por favor e votem:

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/utilizar-animais-em-pesquisa-cientifica-certo-ou-erradoo

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Não me canso de falar que te amo (2)

Eu sem querer comprei uma camiseta feita de fibras de poliester derivado de garrafas PET recicladas. Não dá para notar a diferença entre um produto de algodão e deste material. Só descobri por causa  dessa etiqueta.  Ideia 100% aprovada!
*
O lixo é um problema de todos! Ninguém joga o lixo fora, pois não existe o fora, o meio ambiente é um sistema fechado, apenas mudamos o lixo de lugar! (Fonte: Ecopedagogia)

sábado, 16 de outubro de 2010

As sandálias do meu AMOR



Em casa, gosto de ficar à vontade, apenas usando uma dessas maravilhosas sandálias havaianas
QUE COMPREI PARA MIM...

Ah, e essas comprei para o meu amor.  Estão guardadas com carinho.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ao Mestre com Carinho (3)


Querida Professora
Vem cá, professora  preciso falar-te...
Pode ser que estejas cansada...
foram tantos os problemas desse dia!
Foi penoso aturar o chefe!
Foram longas as horas de trabalho!
E pode ser que estejas preocupada...!

São tantas as diferenças sociais!
São tantos os problemas na família!
e grande a responsabilidade que lhe confiamos!

Deves estar apressada. o trabalho fica tão longe!
o ônibus esta atrasado!
A fila já dobra a esquina!
A gasolina tão cara!
Talvez esteja mesmo angustiada...a vida anda tão difícil!

O salário já chegou ao fim.
Mas, apesar do cansaço da pressa e da angustia... eu insisto: preciso falar-te!

Preciso que me escute.
Trago recados de tanta gente.

Houve alguém que praticou uma boa ação e manda dizer-te que foi porque teu exemplo convenceu.

Outro que venceu na vida e manda dizer que foi porque tuas lições permaneceram.

Um outro que superou a dor disse que foi a lembrança de tua coragem que o ajudou...

E toda a gente desta cidade, Estado e Pátria manda dizer que es importante, que sua presença na educação é fundamental...

Você tem nas mãos a grande arma...

Você é especial....

SEUS ALUNOS!!!!!!!!
*
Obrigada a todos. Amo vocês!


Diretor de Elite 10



Parabéns, José Padilha, pelo sucesso de seu maravilhoso filme!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Avon chama!


O dia do riso

Vendedor de produto da marca Avon é como formiga: tem em todo lugar. Apareceu um por aqui me emprestando o catálogo, e eu como toda consumidora de supérfluos além de não saber dizer NÃO para certas coisas também não resisto em adquirir determinados cosméticos (baton, mas não espalhe!),  tratei logo de folhear e encomendar alguma coisa.  Dia desses resolvi comprar um lote de desodorantes de aromas  variados que estava tão barato... quem pode ceder? Sabe que adoro umas promoções, e de vez em quando faz um bem ao bolso, e vou logo avisando que não sou compradora compulsiva!

Mas, calma, a melhor parte ainda não contei. Na verdade eu quis presentear os colegas de trabalho entregando uma lembrancinha para cada um. Só que, a princípio, ninguém entendeu; pensaram tratar-se de uma brincadeira de mau gosto. Alguns disseram que nunca havia ganhado um desodorante antes; outros acharam que eu os estava chamando de mal cheirosos. Mas depois todos afirmaram que se tratava de uma brincadeira, e que entenderam perfeitamente a minha intenção. Foi um pequeno agrado. Uma forma de descontrair o ambiente. Acho que consegui. Deu certo.

- Mas, espera aí? Com desodorante? Não podia ser um chocolate?

Essa história rendeu algumas gargalhadas e foi o assunto da semana.
K.R.

Créditos Interessantes (4)

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d’Amélie Poulain) – 2001

Sessão nostalgia.
Para mim, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain  tem uma das melhores aberturas feita sob medida para um filme sensível e ao mesmo tempo divertido. Produzido com as brincadeiras que Amélie fazia na infância, acompanhadas de um piano maravilhoso (Obra do talentoso Yann Tiersen). Não dá para esquecer.

Vale a pena assistir de novo. Divirta-se!
K.R.
*




terça-feira, 12 de outubro de 2010

I just had an epiphany...


Foto-montagem ou criatividade? Você decide.
O resultado é esta obra de arte e o dono da ideia, um gênio. O que você acha?

A leitura da imagem
De um momento
Cabe a cada um fazer
A sua descoberta
Interpretá-la
Despir seu pensamento.

O assunto escolhido
O que se quer eternizar
A criação de um tema
A história que depois
Se quer contar.

A imagem
A mensagem revelada
A construção de signos
A poesia.
K.R.

sábado, 9 de outubro de 2010

Escritores Brasileiros (3)

Escritores Brasileiros

E neste 3o encontro no evento mensal do CCBB, esteve presente o escritor Affonso Romano de Sant'Anna e a atriz Ângela Vieira que interpretou alguns de seus maravilhosos poemas.

É claro, lógico e evidente que prestigiei o querido e especial escritor.

Deu até para registrar alguma coisa para guardar de lembrança.  Aprecie!
*

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nobel de Literatura

Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por idéias. Vargas Llosa



Parabéns ao vencedor!

K.R.
 Mario Vargas Llosa é vencedor do Nobel de Literatura.

Saiu hoje, quinta-feira, a indicação do prêmio Nobel de literatura que ficou para o escritor peruano Mario Vargas Llosa ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 2010.
Famoso por obras como "Pantaleão e as visitadoras" e o mais recente "Travessuras da Menina Má".

O comitê informou em um comunicado que Vargas Llosa recebeu o prêmio "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".

O prêmio de 10 milhões de coroas (1,5 milhão de dólares) é o quarto Nobel a ser concedido este ano. Os primeiros foram os de Medicina, na segunda-feira, Física, na terça-feira, e Química, na quarta-feira.

Os prêmios referentes às categorias Medicina, Física e Química foram entregues nesta semana. Ainda serão entregues na sexta e no sábado os referentes a Paz e Economia.
http://www.escoladegoverno.rr.gov.br/images/stories/nobel_literatura_lista.pdf

Não resisti em postar aqui isso, porque sou amante da boa literatura, e fui inclusive pesquisar a lista dos ganhadores. Quem tiver essa mesma curiosidade, bastar clicar no link acima.

Torço para que o Brasil conquiste um dia seu lugar ao sol, e faça parte desse rol de vencedores. Meu país tem grandes e maravilhosos escritores.  Indico para o próximo prêmio, o formidável  escritor mineiro RUBEM FONSECA.

De Mario Vargas Llosa li "Pantaleão e as Visitadoras" e assisti ao filme dirigido pelo diretor peruano Francisco Lombardi baseado neste romance. No lançamento aqui no Brasil, lembro que um determinado crítico fez um trocadilho com a nacionalidade dele e a sinopse (para quem conhece a história vai ligar os pontos), dizendo a seguinte pérola "É um filme do Peru!"  Hilário, não?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

'Canticíssimos'

Não há nada mais sublime do que o encontro de um  texto bíblico com a arte da palavra. Isso acontece no livro Cântico dos Cânticos

Cântico dos Cânticos é um  pequeno livro poético da Bíblia,  contendo apenas oito capítulos de ensinamentos, escrito por Salomão.

Salomão, filho do rei Davi,  pediu a Deus sabedoria, porém, Deus em Sua bondade e misericórdia, lhe deu muito mais: deu-lhe  riqueza, entendimento, conhecimento, amor e por último, talento para escrever os mais belos poemas.

Cânticos dos Cânticos (seria o poema do poema, ‘cantícíssimos’ - ah, desculpa o neologismo!)   representa um superlativo, e é um dos livros poéticos do conjunto de livros da Bíblia Sagrada, do Velho Testamento, escritos há mais de dois mil anos, são verdadeiros poemas de amor, apaixonantes. lindos e sensuais, que emocionam, nos tiram do sério, e às vezes nos deixam  encabulados.  

O interessante neste livro é o formato de diálogo entre um casal. “Esposo”, “Esposa”, no qual os emissores se alternam num jogo de sedução e expressões da alma e de carinho ardentes.


Como apreciadora de obra poética. selecionei dois capítulos para o seu deleite e reflexão. Os Cânticos 4 e o 7.

Kisses and flowers for you.
K.R.
Cânticos 4

Eis que és formosa, meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de Gileade.
Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas.
Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é agradável; a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos.
O teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para pendurar armas; mil escudos pendem dela, todos broquéis de poderosos.
Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam entre os lírios.
Até que refresque o dia, e fujam as sombras, irei ao monte da mirra, e ao outeiro do incenso.
Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha.
Vem comigo do Líbano, ó minha esposa, vem comigo do Líbano; olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde os covis dos leões, desde os montes dos leopardos.
Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço.
Que belos são os teus amores, minha irmã, esposa minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho! E o aroma dos teus ungüentos do que o de todas as especiarias!
Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano.
Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.
Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes, o cipreste com o nardo.
O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias.
És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano!
Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que destilem os seus aromas. Ah! entre o meu amado no jardim, e coma os seus frutos excelentes!

Cânticos 7

Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista.
O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo, cercado de lírios.
Os teus dois seios como dois filhos gêmeos de gazela.
O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz como torre do Líbano, que olha para Damasco.
A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso nas galerias.
Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias!
A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas.
Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs.
E a tua boca como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e faz com que falem os lábios dos que dormem.
Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição.
Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.
Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores.
As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó amado meu, eu os guardei para ti.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quer jogar?

O jogo está marcado para o dia 22 / 10.

SAW7 3D - Jogos Mortais - O Final (o diretor avisou que,  se houver bilheteria, vai pensar na hipótese de marcar uma nova partida, portanto, torcedores, já sabem!)



Adoro esse jogo!

domingo, 3 de outubro de 2010

... e tecle CONFIRMA!

http://divulgacao.tse.gov.br/

O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
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Pois é!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poema Sujo

- Que faço entre coisas?
- De que me defendo?
Ferreira Gullar

AINDA HÁ TEMPO!!!!!!!!!!!!!

Ferreira Gullar: Vamos errar de novo
Artigo publicado na Folha de SP em 05-09-2010

Por Ferreira Gullar

FAZ MUITOS ANOS já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre. Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.

Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente. Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores. Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria.

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude. Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado “essa gente de Ipanema” de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação -como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar- ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares. Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura - o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país. Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la. As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone. E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio. Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada. Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de realizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da  cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública. Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional. Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência. E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.

O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada - Jânio e Collor. O resultado foi desastroso.

Acha que vale a pena correr de novo esse risco?
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Ferreira Gullar, só faria uma alteração: trocaria o seu candidato pela Marina Silva.

P.S.: Poema Sujo é o título de uma poesia que Ferreira Gullar escreveu quando estava no exílio.