terça-feira, 30 de outubro de 2007

ENCONTRO MARCADO




ENCONTRO MARCADO


Olá, pessoal tudo bem?

Não se preocupem que hoje serei breve, pois ainda estou de ressaca....

Quero registrar desde já em uma única palavra que o dia de ontem foi MÁGICO.

Sei lá como chamar tudo que está acontecendo conosco: “Vale a pena ver de novo”, “O que é bom, merece bis”. Mas afinal do que se trata? Nem eu estou entendendo direito, tudo é meio confuso é uma organização caótica, inexplicável, vou tentar...

Encontro marcado parece mais um título de filme do que qualquer coisa: um drama, uma comédia, aventura?

Bem, ficção científica não é, está realmente acontecendo conosco, somos um grupo de pessoas com interesses iguais, faixa etária diferentes, da comunidade CCBB, hoje carinhosamente chamada de “os ccbbianos”, que periodicamente marca reunião para travar conhecimento, talvez matar curiosidade de quem somos, quais os nossos sonhos e anseios, o que queremos e desejamos, como nos vestimos como é a nossa cara, nossas feições, estatura, jeito, trejeitos, enfim, matar essa nossa curiosidade mórbida de quem é esse ser que está do outro lado do monitor... parece que falamos a mesma língua e estamos começando a nos entender, será?
Oficialmente, esté foi o II encontro marcado, realizado nessa data 17 / 06 / 2006, sábado, às 17h escadaria do Teatro I, no centro do Rio, e praticamente todos os que confirmaram presença compareceram, um número expressivo, significativo, ou seja, 22 pessoas. Isso é FANTÁSTICO!
Muito prazer, queridos amigos, juntem-se a nós, Jan, Carmem Lúcia, Sérgio, Luiz, queremos é mais, Guilherme, Flavio, Regina Lilás, Mauro, Fellipe Archer, Renata, Wagner, Renato, Josilane, Fellipe Chaves, ah, desculpa os que não citei, pois ainda não gravei o nome de todos, mas tenham certeza que o mais rápido possível consertarei esse meu lapso, vou me informar prometo.
Não sei se devemos nos chamar de A GRANDE FAMÍLIA, mas que ela está aumentando, ah, oh, yes, dá, sí, isso está . Gol de placa!!! O número de presentes superou ao primeiro, aliás dobrou 22 (acho que já falei isso, mas volto a reforçar). Para facilitar o contato entre todos, as apresentações, claro, óbvio e evidente, é fundamental e necessário, concordam? Formamos, para esse fim uma mesa redonda, e todos seriam vistos e ouvidos, e cada um falou um pouco sobre si, o básico, já dá para se ter uma idéia, de quem é quem, sem formalidades, apesar de que o barulho não ter colaborado, pelo menos foi o que pude constatar, daí, ter entendido falas pela metade, frases soltas, final de palavras, início de um, fim de outro, não importa, isso a princípio é irrelevante, o importante de tudo mesmo foi o sorriso de cada um, um olhar, o momento de descontração misturado à ansiedade e ao nervosismo. Nada que possa preocupar, isso é normalíssimo, acontece nas melhores famílias.
Não deu para saber os detalhes, das intimidades, dos gostos da vida de cada um, tipo: qual é a cor da escova de dentes, se gosta de pepsi ou coca-cola, os dos segredos mais profundos, muito bem guardados, tudo sem importância, irrelevante para o momento.

Bem, o objetivo não foi realmente esse, pelo menos NÃO AGORA. Apenas descobrir que temos algo em comum: queremos coisas iguais, corremos atrás dos sonhos – eis o motivo que estamos aqui, pelo menos é um deles – pertencemos o que denominamos de COMUNIDADE, e o nome já diz tudo: COMUM UNIDADE. E esta, onde estamos inseridos, diz respeito aos nossos gostos pessoais, ou as artes em geral, cinema, literatura, artes plásticas, dramaturgia, música e agora também até esportes. Objetivo daquele TELÃO? Talvez o calor humano, a aproximação das classes sociais (classes? que classes? Eu, hein! ) a união dos povos, a não-segregação.... sei lá, alguém tocou nesse assunto na nossa roda de samba, e precisamos retomar esse ponto depois, como muitos outros que ficaram sem remate. Precisamos bater uma bolinha juntos, formar o nosso time, alguém até já começou...

Enfim, (calma, que já estou terminando, falta pouco) para concluir, temos muito em comum. Talvez um seja o espelho do outro embaçado, onde podemos ver nossa imagem refletida, distorcida, sombras, mas um reflexo de nós mesmos. Passamos a nos conhecer superficialmente, não poderia ser diferente, já que isso leva tempo, às vezes nem uma vida inteira, mas que deu vontade de parar o relógio e congelar o tempo para que esse momento não acabasse jamais, ah, isso deu. Falou-se de tanta coisa, amenidades, e dessas coisas surge um livro que nos relete à belas lembranças em nossas vidas; de um filme que nos deixa nostálgicos e cheios de desejos, às vezes sérios, às vezes descontraídos.
Passamos belos momentos juntos, não podemos negar, e desfrutamos e compartilhamos nossas diferenças, alegrias, paixões e tudo o mais nesse breve período que agora chamamos de LEMBRANÇA.

Um abraço apertado a cada um e saibam desde já que gostaria de manter contato e continuar sempre presente na vida de todos, apesar de compreender as dificuldades das incompatibilidades de horários e outros contratempos. Não desapareçam, não sumam, adorei conhecer todos vocês.
Amo todos vocês.
Confesso que não bebi, mas estou até o momento embriagada e de ressaca.

Um dia, quem sabe, passamos a nos conhecer na essência, nas amarguras, alegrias, tristezas, felicidades, na poesia que há em cada um e nos tormamos verdadeiros amigos.
Quero guardar na memória e no coração essa experiência de conhecer gente nova e torná-la inesquecível.
Pois é gente, é isso aí, acho que nossa história de amor está apenas começando. Um dia, quem sabe, escrevemos um livro contando tudo isso, uma novela, um romance um conto, uma crônica, uma poesia, uma resenha...

“Do cvidania!” "Paká”, Até logo, Bye, Tchau. Já estou com saudades.

P.S.: ainda não está claro o que queremos, o que pretendemos, o que almejamos, com tudo o que aconteceu, e que está acontecendo, mas que está sendo bom, ah, isso está.


NINGUÉM PODE NEGAR.

BEIJOS E FLORES! ATÉ A PRÓXIMA!

domingo, 28 de outubro de 2007

Amigos da UFRJ

Foto: Eunice Bernal
Meu depoimento para Alexandre Cardinot

Esse moço lindo aí (por fora e por dentro, com certeza) possui uma luz especial.
Foi um companheiro e tanto, quase inseparável nos tempos do Fundão,
Apesar de cursos tão diferentes
(e esse tempo que não está tão distante assim, mas não volta mais)
Guardo muitas boas lembranças em sua companhia
E do nosso grupo de amigos.

Entre uma aula e outra ou na correria da hora do almoço,
Sempre havia aquele tempinho para um bate-papo descontraído,
sobre as trivialidades da vida.

Sinto saudades daquele tempo e guardo com carinho as boas lembranças
de nossos passeios, teatros, cinema, e uma pizzaria que não me lembro mais o nome,
só que ficava no bairro do Meier.

Foi muito bom reencontrar essa pessoa especial.
Foi muito bom encontrar esse querido amigo.
É maravilhoso continuar contando com a sua amizade.
Que a sua luz continue com esse brilho eterno que a todos contagiam.
Com carinho, desta que muito te estima.

Depoimento dele

Estou há um tempão para escrever um depoimento para alguém tão inesquecível quanto à Eunice.
Havia um tempo atrás a gente ia assistir a várias peças teatrais e dessas idas e vindas nasceu uma linda amizade.Nos últimos anos porém a gente não tem mais se visto, mas lembro com carinho dos anos em que sempre tinhamos alguma atração para ir.
Na esperança de um novo reencontro me despeço com um beijo e um abraço carinhoso.

Saudades, querida Eunice!


terça-feira, 9 de outubro de 2007

FILME DE CABECEIRA


A Bruxa de Blair

Sinopse

Em outubro de 1994, três jovens foram para a floresta de Black Hills nos EUA, filmar um documentário sobre uma lenda local: “A Bruxa de Blair”. Nunca mais ouviu-se falar deles. Um ano depois, a gravação que eles fizeram é encontrada e seu legado tem o título de “ A Bruxa de Blair” , que documenta a angustiante e arrepiante jornada de cinco dias através da floresta, e todos os eventos aterrorizantes que resultaram no desaparecimento deles.

Ficha TécnicaTítulo Original: The Blair Witch Project
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 88 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1999
Estúdio: Haxan Films
Distribuição: Artisan Entertainment
Direção: Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Produção: Robin Cowie e Gregg Hale
Música: Tony Cora
Direção de Fotografia: Neal Fredericks
Desenho de Produção: Ben Rock
Direção de Arte: Ricardo Moreno
Edição: Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Elenco
Heather Donahue (Heather Donahue)
Michael C. Williams (Michael Williams)
Joshua Leonard (Josh Leonard)
Bob Griffin (Entrevistado)
Jim King (Entrevistado)
Sandra Sánchez (Entrevistada)
Ed Swanson (Entrevistado)
Patricia Decou (Entrevistada)
Mark Mason (Entrevistado)

Um dos roteiros mais originais dos últimos tempos, ou melhor dizendo, da década de 90, foi o do filme A Bruxa de Blair. Considero-o um dos mais sensacionais e formidáveis, já fazendo parte do meu acervo; é um dos meus filmes de cabeceira. Realizado pelo diretor Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, uma idéia genial, simples e barata, custando a bagatela de 50 mil dólares; uma trama perfeita com um final instigante.

Esse filme conta a história de três jovens universitários de cinema que tem como tarefa de curso produzir um filme. Os três resolvem fazer um documentário sobre uma lenda norte-americana de uma bruxa que vivia na floresta de Black Hill, uma pequena aldeia do Estado de Maryland – EUA (evidentemente).

Chegando ao local, à pequena aldeia, esses jovens entrevistam moradores, perguntando se realmente a tal bruxa existe. A maioria confirma sua existência contando o que sabem, o que ouviram e um pouco de imaginação e delírio, que, se não mata, engorda.

E assim, os três estudantes se embrenham na floresta para fazer o tal documentário com as suas parafernálias e começa, então, estranhos acontecimentos mata adentro, a grande aventura, ou seria terror, suspense, drama?

O filme A BRUXA DE BLAIR, gerou polêmica por confundir-se com algo que poderia ser real, por manter o máximo de veracidade antes, durante e após toda a sua gravação. Os próprios atores não tinham um roteiro de todo o procedimento da obra em questão, do que deveriam falar, como agir, e até sem um ensaio prévio; a maior parte, enfim, era o improviso. Em momento algum os atores sabiam o enredo. Propositalmente, para que o filme se aproximasse de um fato verídico, o diretor apenas os orientavam através de bilhetes que diziam o que cada um deveria fazer e deixando com cada ator com uma câmera de vídeo. Eis, afinal, o mistério desse filme sensacional ter se tornado um dos maiores fenômenos e recordistas de bilheteria.

Os jovens desapareceram misteriosamente. Somente um ano depois, todo material utilizado por eles é encontrado numa sacola, e, a partir daí, das imagens registradas pelo trio, dariam pistas do macabro destino.

A idéia de se encontrar a câmera um ano após o desaparecimento dos estudantes numa casa escura e abandonada na floresta, e mostrando todo o conteúdo desse material registrado, impedindo-os de continuarem suas filmagens pelo pavor, pelo medo intenso, deixando um dos equipamentos cair, correndo o risco de perderem todo aquele trabalho, e o risco principalmente de perderem a própria vida, correndo para tentar salvar primeiramente a própria pele, faz-nos argumentar temas divergentes:

1º - que é possível fazer filme barato e inteligente como esse – A BRUXA DE BLAIR;

2º - faz-nos devanear sobre a história em si. Real ou fictícia? Um dos entrevistados falou da existência da casa abandonada na floresta onde a bruxa fazia suas possíveis vítimas. Uma abstração profunda. O que aconteceu depois? Realmente existe a bruxa? Alguém se salvou? Por que nenhum dos três teve a idéia de subir em uma árvore, por exemplo, para tentar se localizarem? Por que não fizeram uma fogueira? (Diz o ditado que, onde há fumaça, há fogo);

3º - e o que aconteceu com os eles? Estariam vivos? Estariam mortos? Se mortos, por que a dificuldade em localizar os restos mortais, já que encontraram seus equipamentos?
É realmente um grande filme inovador e necessário para a bagagem cultural de todos os amantes de cinema.

É um filme bem pensado, que mexe com a imaginação das pessoas, e a melhor forma de assustá-las. Não se tem como definir o que significa; todas as sensações ou se fundem, se confundem, ou se completam; um medo psicológico de não sei o quê, ou tudo pode acontecer. Medo, ansiedade, insônia, calafrio, se fundem ao pavor na escuridão da mata e barulhos ensurdecedores do silêncio, do vento, dos animais, de crianças, medo do nosso próprio eu. O filme é simplesmente perturbador.

O objetivo é transmitir esse medo ao expectador, em um grau de tensão que aumenta ao longo do filme, e, com certeza esse objetivo foi alcançado. É um suspense psicológico brilhante.

O final não podia ser melhor...o que realmente aconteceu? Até agora me questiono isso; para bom entendedor, meia palavra, ou nenhuma, basta. Para um filme independente é uma obra-prima. Uma idéia absolutamente original, um marco para o cinema de terror. Constantemente põe nossa imaginação fértil à funcionar e nossa abstração a devanear. Um filme criativo, bem feito, sem dúvida, e inteligente. Era o filme que eu gostaria de ter feito.
E como eu sempre digo: vale a pena conferir.


Observação: conseguiu causar polêmica nos cinco cantos do mundo devido ao seu marketing. Por sinal, um dos melhores já feitos em cima de um filme.