domingo, 30 de outubro de 2011

Paixões Privadas

O Rio está recheado de coisas maravilhosas para se fazer neste final de semana, e fica melhor ainda saber que é tudo grátis! Fiz a minha seleção entre um show (quintas musicais), um filme, e um livro para ler, e escolhi também ir à mostra que está no Centro Cultural dos Correios (CCC) sob o título: Paixões Privadas. Esta última com a certeza de uma escolha acertada! Só pelo título, impossível não ir, não é mesmo? Mais impossível ainda não se apaixonar. A bela exposição é só elogios, falando sobre a arte européia nas coleções particulares do Rio de Janeiro, sendo 70 obras ao todo de artistas como Rodin, Kandinsky, Delaunay, Modigliani, entre outros, pertencentes aos acervos de personalidades como Roberto Marinho, Jean Boghici e Geneviève. Com técnicas e materiais diversos, a exposição reúne desenhos, aquarelas, esculturas e tapeçarias que revelam as paixões particulares dos proprietários dos trabalhos.

As paixões de cada um, onde cada tela é imagem de algum canto do mundo que não está nos museus, mas na residência de alguém, seja pela amizade, culto à arte, amor, prazer, paixão de apreciar algo de especial que nos chama a atenção, sendo cada obra uma história... Eis um pouco da biografia de alguns desses apreciadores de artes em geral. Não tem como não se emocionar com este universo reservado e nunca mostrado, sem refletir, ou mesmo tomar posse do título: paixões privadas. Aquelas que te privam do gozo e do prazer de alguém, de algo ou alguma coisa... Poderia ser da convivência íntima aquele alguém que te atrai, aquele sentimento platônico e indeciso, aquele jeito meigo de falar, aquele olhar, aquela forma de escrever que mexe com a alma e o emocional, talvez...cada um cultiva a sua... 

Pode ser também, para os mais pessimistas, paixões obscuras, intimistas, qualquer forma de sentimento. Que tal? Viver essa experiência de admirar algo de novo que só alguém particularmente em seu mundo fazia e hoje surge a oportunidade ocupando paredes públicas -  a quem interessar possa - é simplesmente gratificante, não há palavras que possam expressar e compensar.

Coleciono sentimentos, bons momentos e coisas mais... São valores bem maior que guardo desta exposição que me deu essa oportunidade de ali respirar...

Admirar obras de Renoir, Kandisky, Chagall,  Delaunay, Braque, BOSCH e Rodin é repensar minhas paixões íntimas que estão além dos relacionamentos. Falo daquelas que estão distante do olhar e de todos os demais sentidos, das que vão aos lugares mais profundos e inacessíveis do nosso coração. Imagens, Pinturas, Cinema, Literatura... e tudo o mais que a alma quiser colecionar.

Quem não tem paixões guardadas no íntimo do seu ser? É o alimento da alma. Coleciono, algumas... e você?
Karenina Rostov


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Uma imagem vale por mil palavras...


A pessoa quando é jovem, pensa que pode tudo, pensa que pode conquistar o mundo, e que é o centro do universo; a mais formosa, a mais bela, a mais tudo. Tem ânsia de querer saber e aprender tudo.

À medida que o tempo passa, percebe-se que muita coisa se perde pelo caminho, muita coisa que se fez foi em vão, e pura ilusão. Se faz para agradar o ego. Mas tem coisa que se faz com carinho, com amor, algo que engrandece a alma e enobrece o coração. Edifica o espírito. Descarta-se grande parte de tudo o que se conquistou com a soma do tempo à idade e torna-se seletivo e às vezes acrescido uma pitada de sabedoria. Velho, porém, sábio. Para alguma coisa deveria servir as rugas e os cabelos brancos e não morrer de vergonha, tampouco vangloriar-se. Troca justa. A prepotência ganha um lugar de destaque nessa ladainha toda: lixeira.

Fotografar é capturar um pouco da alma e da essência do assunto escolhido. É uma arte maravilhosa. Embevece.

Eunice Bernal (do blog Reminiscências...)

Apenas um jogo...


No ócio, que tal um joguinho? Deixo um link de um site bem divertido. Faça um teste. O nome é:


É fácil e muito simples. Você pensa em um personagem, ele te faz perguntas básicas e com suas respostas (SIM, NÃO, NÃO SEI, PARCIALMENTE), acerta exatemente o personagem que você pensou.

Pode se pensar em qualquer pessoa: Super-Homem, Batman, Brad Pitt, Matt Damon, no seu (sua) namorado(a), sua mãe, irmã, seu animal de estimação, seu brinquedo de infância etc... que ele acertará.

Ótimo. Divirta-se!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Não quero LUXO nem LIXO


Literalmente o Brasil virou depósito de lixo do país do Tio Sam.







Você que acompanhou o noticiário desta semana sobre os descartes hospitalares dos EUA chegados ao Brasil via contêineres e que estão sendo usados para fabricação de bolsos de calças jeans, lençóis de hotéis e até pano de prato, acredite, infelizmente é pura verdade!

Abro este espaço para desabafar minha revolta e indignação com mais essa pilantragem que assola o nosso país e que agora está nos atingindo diretamente.

Depois dessa notícia, fui procurar o meu último jeans, comprado em uma das lojas mais populares e conhecidas no Brasil e na Europa, e fiquei pasma ao comprovar que o tecido é velho, usado e tem pequenas manchas de sangue.

Sinto-me lesada ao descobrir mais essa pilantragem em cima do consumidor em um país como nosso que está se tornando o mais corrupto do mundo, e agora, para onde correr?

É PHODA! Sinto-me traída! Só mesmo falando um palavrão para desabafar essa minha revolta. Quer dizer que pagamos caro para usar o lixo dos outros?

Eu não quero luxo, mas nem por isso quero que me empurrem lixo.

Fique esperto. Ao entrar nas cabines para experimentar, verifique cuidadosamente o avesso para não ser enganado. Passe a adquirir produtos verificando também o lado avesso. E denuncie... não sei para quem, mas solte o verbo!
Karenina Rostov

domingo, 23 de outubro de 2011

O Moinho e a Cruz

Ontem fui ao museu com uns amigos. Eis uma das obras que me encantaram:

A procissão para o Calvário - Brueghel, Pieter (1564)

Técnica: Óleo sobre tela | Dimensões (em cm): 124 x 170 | Local de exposição: Museu Kunsthistorisches - Viena - Áustria

Maravilhosa, não acha?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O amigo imaginário


Traz outro amigo também!

Quem teve oportunidade de se deliciar com o Festival do Rio 2011, certamente sentirá saudades. Por outro lado, terá como prêmio as novas boas recordações que serão acrescentadas à memória. Dos muitos idiomas estrangeiros, escolhi um da minha pátria para guardar com carinho dentre outros de diferentes nações que selecionei para prestigiar. Trata-se do curta Traz outro amigo também (O amigo imaginário), contando uma belíssima e singela história que costuma pertencer ao universo infantil, mas a surpresa aqui é descobrir que é algo que independe de faixa etária.

É a história de um detetive que foi contratado por um homem para encontrar seu amigo imaginário de infância, desaparecido há mais de cinquenta anos. Como encontrar alguém que só existe na imaginação de um homem? Esse é o dilema do detetive particular que pede ajuda a algumas crianças para resolver esse impasse.

Um conto fantástico que remete o expectador ao maravilhoso universo infantil. Um amigo imaginário pode povoar o mundo de qualquer  um que queira.

E como resgatar o amigo imaginário? Eis a questão. Manter viva a criança que agora ocupa o espaço do adulto tem um lado compensador e desafiador.

O curta permite diversas associações ligadas ao comportamento infantil, e o detetive usou a lógica para cumprir sua missão, ou seja, estabelecer contato com o imaginário da criança e a partir daí fazer sua expedição em busca do suposto amigo imaginário de seu cliente.

A vida é assim, feita, às vezes, de grandes momentos vividos em poucos minutos, mágicos instantes em breves segundos, parecidos com um curtametragem, e que ficam eternizados para sempre na memória da gente...

Não vou contar mais para não estragar a surpresa. Um filme comovente. Taí o vídeo. Divirta-se!
Karenina Rostov


domingo, 16 de outubro de 2011

Soneto de Fidelidade


Como boa apreciadora de poesia, gostaria de compartilhar com você meu momento de devaneio na tentativa de declamar o belo Soneto de Fidelidade do poetinha Vinícius de Moraes.

Assista sem compromisso e já adiantando que aqui não há perfeição, mas um sentimento de puro carinho. Acompanhe pelo meu batimento cardíaco. Sem ensaio.

Divirtam-se e perdoe os tropeços!
Eunice Bernal

sábado, 15 de outubro de 2011

Tia ou Professora?

Tia não, PROFESSORA, por favor!

Ser professor é uma tarefa árdua que requer um pouco de dedicação, paciência com pitadas de paixão e tesão pedagógico. Ensinar é / e educar; é um ato simplesmente de amor, cumprir bem o papel junto à sociedade com direito e deveres resguardado ao cidadão de ambas as partes: educando e educador sendo bem definido a função desse profissional da educação diferentemente do papel de tia, um grau de parentesco inerente ao ser humano e que, por isso, nunca poderia ser uma profissão. A intenção não é desvalorizar a tia, mas valorizar a professora, não lhe retirando aquilo que lhe é fundamental: responsabilidade pela sua formação em estado permanente.

Ensinando também se aprende, e como, independentemente da retórica.

Melhor mesmo é separar esses dois termos e assumir-se como  profissional da educação.

E tenho sobrinhos fofíssimos, portanto, queridos alunos, tia não, professora, por favor!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Deus é AMOR

Um novo dia para quem ama


Amamos e somos capazes de remover o mundo
Sorrimos e o sorriso envolve a todos e tudo.
Abraçamos milhões de responsabilidades, ficamos sábios
Viramos escravos de quem elegemos nosso rei
Ficamos fortalecidos e ao mesmo tempo fragilizados
Viramos mendigos, famintos, sedentos
Viramos bandidos sem fé sem alento
Viramos anjos, criamos castelos, sonhos...
Cultuamos o mal e construímos sepulturas...

Pela dor de amar, a gente suplica e chora
Mas não há ninguém nesta hora
E é nesta hora que ele aparece e chora
Por você.
Ele acalma, conforta, dá sabedoria
Ele que por amor morreu na cruz
Relampejou, anoiteceu...
E depois surgiu um novo dia.
Eunice Bernal

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O último dia

Uma pergunta:


O que você faria se soubesse que hoje é o seu último dia de vida
ou se o mundo fosse acabar amanhã?

Eu simplesmente convidaria a pessoa que considero especial para um café,
e o depois fica por conta do destino.

Beijos.
E.B.
*

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Rio - Ctrl alt del


Cadê os sons melodiosos que nos faziam cantar e bailar de alegria? Cadê os desejos e expectativas de acordar, se arrumar e partir para os acordes geniais juntamente com namorado, amigos, família para confraternizar? Cadê as belas letras, que falavam de love of my life, give peace a chance  capaz de acalentar os mais belos sonhos e anunciando que a diversão faz parte do show da vida em qualquer idade, qualquer lugar?

O tão esperado momento Rock in Rio chegou... chegou e já está partindo sem deixar saudades... o que ficou de lembrança está prestes a se dispersar da memória...heróis da resistência agora são poucos... ou talvez loucos? Cadê a música de verdade? Teve cantores? Bandas interessantes? Quem? Quais? Sons sem sentidos, ruídos estridentes, irritantes e ensurdecedores; letras desconexas sendo gritadas e  chamadas de músicas... será que perdi alguma coisa? Parece que tudo ficou irritante, repetitivo, insosso  e sem graça... pode ser que eu é que tenha perdido a graça.

A canção que fazia devanear e unir corações não existe mais. Música que falava em revoluções por minuto ninguém sabe, ninguém viu...cadê o rock progressivo prometido? Calaram os sons que falavam de liberdade e paz...

Lembranças ficarão guardadas, sem dúvida, bem vivas na memória dessa gente da geração que não envelheceu o bom gosto e que pretendia curtir belos acordes e harmonia de sons deve-se contentar a nova música estridente e ensurdecedora,  procurando reter na memória boas lembranças do tempo que não volta mais. Bem a tendência é... sei lá!

E este momento também se eternizará e envelhecerá.  (in Rio 1° dia)

Faço minhas as palavras do Arthur Dapieve de hoje, 30/09 no Jornal O Globo falando exatamente desse evento. Aspas “ 

Nas últimas sete noites, ouvi 413 vezes a pergunta “Ué, você não está no Rock in Rio?!. Eu deveria ter imaginado . Eu deveria ter mandado fazer um plástico parodiando aquele clássico do festival. Eu deveria ter colado um "eu não fui” na testa. Não se trata de nenhum juízo de valor sobre o festival, mas de um juízo de valor sobre mm mesmo.
Nenhum homem se banha no mesmo Rock in Rio duas vezes. No primeiro, aos 21 anos eu estudava Jornalismo.
...
Arthur Dapieve
*
E eu, em 85, estava fazendo licenciatura na Praia Vermelha, bacharelado no Fundão e trabalhava ao lado da Cidade do Rock. Deu para conciliar trabalho, faculdade e rock. Hoje deixo para os que têm essa idade cronológica porque as minhas prioridades agora são outras. Guardo com carinho alguns daqueles belos momentos que não tem como esquecer mesmo.
Bem, o show da vida deve continuar!
Karenina Rostov

domingo, 2 de outubro de 2011

Corra, Lola, Corra


Eis mais um filme inovador que tive oportunidade de assistir em algum lugar do passado e guardo juntamente com a coleção dos que considero exóticos e agora me lembrei de revisitar. É um três em um de origem alemã nada convencional, fugindo aos moldes acadêmicos desde a confecção do roteiro, passando pelos truques de montagens, a escolha da música techno ao ritmo de videogame e outras linguagens narrativas se mesclando para compor todo o cenário unindo animação, televisão, fotografia e vídeo tornando assim, a obra única e esteticamente pós-moderno.

A história é literalmente como diz o título: a personagem Lola interpretada pela atriz Franka Potente corre os 81 minutos de duração do filme.

Abro parênteses aqui para agradecer ao diretor pelo belo exercício de criatividade dando-me um estalo, ajudando nas atividades acadêmicas com meus alunos nas aulas de produção de texto, fez-me utilizar o filme várias vezes como material paradidático para compor o pré-texto em uma das séries do ensino médio a fim de inspirá-los a criar e desenvolver outras histórias a partir de frases ou pequenos dados como modelo.

O roteiro de Corra, Lola, Corra remete-nos aos gostos individuais, momentos de dúvidas existenciais nas escolhas pessoais quando bate aquela indecisão do “E agora, o que fazer? Que caminho escolher? Que rumo tomar? Para onde correr? O medo e desespero de não acertar na escolha e depois se arrepender. Lola tinha três alternativas e vinte minutos para decidir que caminho seguir.
Em uma narrativa diferente e contagiante, o diretor brinca com situações e casualidades de pessoas comuns, mostrando fatos e situações corriqueiras de pessoas e lugares por onde Lola passa e o dia-a-dia como se tivessem acontecido ou não, variando pelas histórias. A cada vez, pequenas diferenças alteram por completo o destino de todos os que cruzam o caminho da moça. Achei genial essa de contar a mesma história de três formas diferentes. É preciso muito fôlego e correr contra o tempo para se encaixar nos objetivos propostos.

Lola é uma garota estilosa, moderna, punk do corte de cabelo ao tom da cor escolhida; despojada no seu modo de vestir exclusivo, ditando sua própria moda deixando a barriga e a alça do sutiã à mostra, e corre demasiadamente, exaustivamente, alucinadamente uma maratona sem descanso para recuperar seu fôlego pelas ruas, calçadas e avenidas sempre procurando desviar dos obstáculos. Lola é Potente!

Essa corrida maluca da protagonista contra o tempo tem uma explicação surrealista de ser. Lola todos os dias vai ao encontro de Manni, seu namorado, buscá-lo no trabalho ao final do expediente. Mas exatamente nesse dia, ela não pode ir, e ele então resolve pegar o metrô carregando uma sacola com uma grande quantia de dinheiro, equivalente a 100 mil marcos. Esse dinheiro, na verdade, pertence a um grupo de mafiosos que resolveu deixar com Manni a fim de testar a sua confiança, e que, para sua sorte, se distraiu e acabou esquecendo a bolsa dentro do metrô e quem achou foi um mendigo. Manni protagonizado por Moritz Bleibtreu caindo em si, viu que estava sem o dinheiro, ficou muito preocupado e desesperado e só tinha vinte minutos para recuperar esse valor perdido. Atordoado, liga para Lola, sua namorada, que começa a incansável corrida pelas ruas de sua cidade para tentar levantar essa quantia com alguém e assim ajudar o amado a não ter que acertar as contas com a gangue que o faria pagar com sua própria vida.
E essa história é contada três vezes. Lola e Manni têm chance de sair dessa com final feliz. A possibilidade de ver a mesma história com três finais diferentes é simplesmente formidável! E por isso considero esta obra um dos novos clássicos do Cinema. Sem dúvida, genial!

E se você ainda não teve oportunidade de assistir, sugiro que CORRA para descobrir qual o melhor final para o casal e qual seria o seu preferido. Divirta-se!
Karenina Rostov

Sinopse

Manni (Moritz Bleibtreu), o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos. Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Ronni telefona para Lola (Franka Potente), sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai (Herbert Knaup), que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim, sendo apresentados três possíveis finais da louca corrida de Lola para salvar o namorado.

Corra, Lola, Corra

Título Original: Lola Rennt
País de Origem: Alemanha
Ano: 1998
Duração: 81 minutos
Diretor: Tom Tickwer
Elenco: Franka Potente, Moritz Bleibreu, Herbert Knaup, Armin Rohde, Joacim Krol, Nina Petri