segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Parece que foi ontem...

O tempo voa. Hoje está completando um ano que o meu querido amigo Anderson partiu. Uma das boas lembranças que guardo dele com carinho é o concurso de poesia realizado em 2009, quando homenageamos Cora Coralina e ele me ajudou um bocado. Coincidentemente, estive no CCBB e justamente uma das exposições deste bimestre está prestando homenagem em duas salas do segundo andar, aos 25 anos de falecimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina. Poetisa e contista, mulher simples e doceira de profissão que produziu uma obra rica em motivos  do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. 
  
Coisas, idéias e pessoas boas não morrem jamais, apenas se encantam!  Saudades do meu amigo.

Meus alunos fizeram remake do seguinte poema dela: 

AOS MOÇOS

Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.

Acreditar nos valores humanos
e ser otimista.

Creio na força imanente
que vai gerando a família humana.
Numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana,
na superação dos erros
e angústias do presente.
Aprendi que mais vale lutar
do que recolher tudo fácil.
Antes acreditar do que duvidar.

Cora Coralina
*
AOS IDOSOS

Os idosos são pessoas muito fracas
Que precisam de ajuda
De carinho e amor.

Devemos cuidar muito deles
Pois daqui a alguns anos
Vamos nos tornar um idoso também.

Quando se vai envelhecendo
Vai se perdendo coisas pelo caminho
Saúde é uma delas.

Todo mundo um dia
Vai se tornar um idoso:
Você, ele, eu...

Quando eu me tornar um
Quero ser muito feliz
E viver mais a vida.

Os idosos devem viver
A vida com mais intensidade
Porque a vida é uma criança
E ela é feita para viver.

Com carinho, aos idosos.

Thamires Helen de Jesus Magalhães - Turma 701  (Thamires, João, Lucas, Teresa e tantos outros que  produziram textos tão sinceros como este...)

Saudades também da minha escola, dos colegas de trabalho, dos meus alunos...

Há mais coisas bacanas sobre a poetisa na exposição para se conhecer. Fica a dica.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DESIDERATA

Aquilo que se deve desejar 

Eis uma das mais lindas mensagens que me apresentaram na infância, e bem depois ouvi na belíssima voz  de Cid Moreira. Há algumas versões, não se sabe ao certo quem é o autor dessa preciosidade,  por isso deixei duas delas aqui.

Topas um desafio? Participe deste karaokê! Vamos lá, afaste as cadeiras e a mesa da sala, ligue o som, ponha o fone e acompanhe a letra que está logo abaixo do vídeo, e interprete cantando, falando, soltando a voz! Isso faz um big-ben à alma, você vai ver. Deixe a timidez de lado, ao menos por esse instante que te peço, please!

Faça tudo para Ser Feliz!

Aprecie!
E.B.



Desiderata

interpretado por Cid Moreira

Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem humilhar-se,
viva em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, mansa e claramente.
E ouça dos outros, mesmo dos insensatos e ignorantes
eles também têm sua própria história.
Evite as pessoas agressivas e transtornadas
elas afligem o nosso espírito.
Se você se comparar com os outros
Você se tornará presunçoso e magoado
Pois, haverá sempre alguém inferior e
alguém superior a você.
Você é filho do Universo,
irmão das estrelas e árvores.
Você merece estar aqui,
e mesmo se você não pode perceber,
a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.
Viva intensamente o que já pode realizar
Mantenha-se interessado em seu trabalho,
ainda que humilde
ele é o que de real existe ao longo de todo o tempo.
Seja cauteloso nos negócios,
porque o mundo está cheio de astúcias.
Mas não caia na descrença
a virtude existirá sempre
Muita gente luta por altos ideais
E em toda parte a vida está cheia de heroísmo
Seja você mesmo
Principalmente não simule afeição
E não seja descrente do amor
Porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto
Ele é tão perene como a relva.
Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos
Mais também seja compreensivo aos
impulsos inovadores da juventude.
Alimente a força do espírito
que o protegera no infortúnio inesperado
Mas não se desespere com perigos
imaginários:
muitos temores nascem do cansaço e da solidão.
E a despeito de uma disciplina rigorosa
Seja gentil para consigo mesmo
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui
e, mesmo se você não pode perceber, a terra e o
universo vão cumprindo o seu destino.
Portanto esteja em Paz com Deus
Como quer que você o conceda
E quaisquer que seja seus trabalhos e aspirações
Na fatigante jornada pela vida
Mantenha-se em paz com sua própria alma
Acima da falsidade dos desencantos e agruras
O mundo ainda é bonito
Seja Prudente
Faça tudo para Ser Feliz
Você é filho do universo,
irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui
*
Desiderata (outra versão)


Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível, sem humilhar-se, viva em harmonia com todos os que o cercam.
Fale a sua verdade mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes: eles também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agressivas e transtornadas: elas afligem o nosso espírito.
Se você se comparar com os outros, tornar-se-á presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você.
Viva intensamente o que já pode realizar, mantenha-se interessado em seu trabalho, ainda que humilde: ele é o que de real existe ao longo de todo o tempo.
Seja cauteloso nos negócios, porque o mundo está cheio de astúcia, mas não caia na descrença. A virtude existirá sempre.
Muita gente luta por altos ideais, em toda parte a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo. Não simule afeição nem seja descrente do amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto ele é tão perene quanto a relva.
Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas, seja compreensivo aos impulsos inovadores da juventude.
Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado e não se desespere com perigos imaginários: muitos temores nascem do cansaço e da solidão.
À despeito de uma disciplina rigorosa seja gentil consigo mesmo.
Assim como as estrelas e as árvores, você é filho do Universo, merece estar aqui, e, mesmo que você não possa perceber, o Universo segue cumprindo o seu destino.
Esteja em paz com Deus, como quer que você o conceba. Quaisquer que sejam os seus trabalhos e aspirações, da fatigante jornada pela vida, mantenha-se em paz com sua própria alma.
Acima da falsidade, do desencanto e das agruras, o mundo ainda é bonito.
Seja prudente e faça tudo para ser feliz.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Curiosidades Cinematográficas (8)

Esses moços aqui, não falavam a mesma língua, 
e viviam em mundos bem diferentes. Mesmo assim...

...um era fã do outro. Sabe quem são eles?
Fácil, não?

Концерт




Sinopse
Na época de Brejnev, Andreï Filipov era o maior maestro da União Soviética e dirigia a célebre Orquestra de Bolshoï. Mas após ter recusado separar-se dos seus músicos judaicos, entre os quais o seu melhor amigo Sacha, foi afastado em plena glória. Trinta anos mais tarde, ele trabalha todos os dias no Teatro de Bolchoï mas… como empregado de limpeza. Uma noite, quando Andreï fica a tratar das limpezas até tarde, dá de caras com um fax endereçado à direcção do Teatro – um convite do Teatro de Châtelet para que a Orquestra de Bolshoï vá tocar a Paris. Subitamente, Andreï tem uma ideia louca: porque não reunir os seus antigos companheiros, que hoje em dia vivem de pequenos trabalhos e dirigi-los em Paris, fazendo-os passar pela orquestra de Bolchoï? É a oportunidade tão aguardada de, finalmente, se vingarem…

"O Concerto" (Le concert, França/Itália/Romênia/Bélgica/Rússia, 2009), dirigido por Radu Mihaileanu
*
2011 mal começou e já elegi o meu filme favorito do ano: O Concerto do diretor romeno Radu Mihaileanu, o  mesmo que dirigiu o formidável Trem da Vida e que ganhou vários prêmios. Só não entendo uma coisa: por que filmes ótimos só passam em uma única sala, lugar de difícil acesso, e apenas uma sessão? A primeira vez que tentei assistir, não consegui porque já estava lotada. Por sorte, consegui comprar ingresso antecipado para o dia seguinte, e para não perder a viagem visitei pela enésima vez o Museu da República.


Я рекомендую его фильм концерт музыки Чайковского! =  RECOMENDADÍSSIMO!

Браво!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dois em Um



Boa iniciativa do Grupo Estação.

OFF - Um sonho (im)possível

Recebi de um amigo por e-mail isto:
«Professores das redes públicas mesmo índice de reajuste dos senadores.»

Sonia Braga, cidadã do mundo...

... e politicamente correta.

Eis Sonia Braga, a musa do Brasil, em dois momentos distintos: na ficção, escalando um telhado, e na vida real, no topo de uma árvore.

A primeira cena era para represerntar um papel na novela Gabriela, Cravo e Canela.

Anos mais tarde, Sonia Braga que já não morava no Brasil, porém estava no RJ de férias, foi notícia na mídia por estar no alto de uma árvore a fim de cumprir uma tarefa, um papel na vida real de recolher papéis, garrafas, plásticos e outros detritos atirados lá.  Fez isso por uma causa nobre. Ah, se todos agissem assim como ela. Um belo exemplo de cidadania, não acha?

"O meu ato é voluntário. Varro calçada, brigo com quem joga lixo na rua, e sou mais uma das formiguinhas em prol dos desabrigados, vítimas dos deslizamentos nos morros. Sou brasileira, e exerço a minha cidadania ajudando o próximo."


Gabriela, escreveu Jorge Amado, tinha o cheiro do cravo e a cor da canela. Todo mundo sabe como é Gabriela: é Sônia Braga no auge da morenice cabocla aos 25 anos de idade, ela e suas coxas de chocolate mais expostas do que cobertas por um vestidinho diáfano, escalando o telhado para apanhar uma pipa ou pandorga ou papagaio e paralisando a pequena e nada pacata Ilhéus. Todos se emocionariam com a visão das coxas fortes, macias, rijas e nuas de Gabriela-Sônia Braga. Que tinha o cheiro do cravo. E a cor da canela.


Thank you! 

sábado, 15 de janeiro de 2011

Depois da Vida - After Life

A cada dia de vida é também um de despedida. E.B.
After Life

Viver nada mais é que morrer a cada dia. Viver é para poucos. A única certeza da vida é a morte. Ninguém sabe o dia de amanhã. Para morrer, basta estar vivo. Está achando o assunto macabro? Quem aqui nunca ouviu ou pronunciou alguma dessas frases? Lembrei-me desse assunto após assistir ao filme After Life (Depois da Vida), que considero o mais instigante dos recém-lançados. Este ‘garimpei’ numa locadora. Há tempos uma história assim não mexia com o meu emocional, o último foi Império dos Sonhos de David Lynch. After Life é um thriller de terror psicológico. Um jeito despojado de contar uma história banal num formato poético e com pitadas de humor negro. O tema nada mais é que um assunto que está super na moda ultimamente no mundo da sétima arte: o que acontece depois que se morre? Existe vida após a morte? Vide Nosso Lar, Chico Xavier, Além da Vida (com Matt Damon) etc, entre outros em cartaz. É o primeiro longa da diretora e roteirista polonesa Agnieszka Wojtowicz-Vosloo que chegou ‘grande’, não deixando nenhuma dúvida para o que veio. O elenco foi cuidadosamente escolhido, contando com a talentosa Christina Ricci que me surpreendeu desde cedo em A Família Adams; o carisma de Liam Neeson no magistral filme A Lista de Schindler e os outros gabaritados, como Alfred Molina, Justin Long, Josh Charles e ainda Chandler Canterbury.

Depois da Vida é um filme inteligente e original. O mais intrigante do ano de 2010. O expectador sai da sessão sem saber o final. E vai discutir em rodas de amigos e cada um argumentará e defenderá seu ponto de vista e não se chegará a conclusão alguma. A dúvida persistirá. Vai se pensar neste filme por um longo período. Talvez chegue a um denominador comum guiado pelas pistas e sinais deixados no decorrer da história. Talvez predomine o bom senso. Mas será o final que de fato o diretor formulou para prevalecer? É uma obra aberta, não escancarada e depois de pronta não tem mais dono, pertencendo a quem se apossar dela, então posso resumir a história que em nada influenciará a quem ainda não assistiu, ou a parte que me pertence.

É a história da jovem Anna (Christina Ricci) que depois de sofrer um acidente de carro é levada para uma funerária local a fim de que seu corpo seja preparado para o velório. A partir daí coisas estranhas começam a acontecer. Ela parece estar viva. Morreu ou não morreu? Eis a questão. O agente funerário Eliot Deacon (Liam Neeson) pode ser um maníaco e a jovem estaria correndo risco de vida (?) e prestes a ser enterrada viva. É tudo verdade ou imaginação?

Confusa, e sentindo-se mais viva do que nunca, começa o drama e a agonia de Anna que enfrenta o diretor da funerária. Anna é (era) professora de ensino fundamental, e nesse dia, coisas estranhas acontecem com ela. O namorado, logo cedo na cama, percebe que ela não estava bem. Ambos vão para o trabalho e combinam de sair para jantar nessa noite. Nesse mesmo dia, após o trabalho, Anna vai à funerária para o velório de um amigo. Lá ela percebe que o defunto se mexe. Seria imaginação dela? Depois Anna resolve passar num salão de cabeleireiro para mudar radicalmente o visual, substituindo o tom escuro dos cabelos para um vermelho vivo. No meio do jantar, o seu noivo decide fazer duas surpresas: entregando-lhe um anel como pedido de casamento e informando que fora promovido e que seria transferido para outra cidade e ela deveria acompanhá-lo nessa mudança. No meio da conversa nesse jantar, Anna entende tudo errado, o casal discute no restaurante, e ela nervosa, sai desesperada, dirige em alta velocidade e acaba sofrendo um acidente. Somente a família é avisada e Paul, o noivo, por enquanto nada sabe.

Paul estranha que nessa noite sua noiva não voltou para casa, nem fazia idéia que nesse momento ela já se encontrava numa funerária. A mãe de Anna vai à funerária e decide enterrar sua filha dois dias depois do ocorrido. Lá começa algo sobrenatural entre a morta (?) e o diretor da mesma. Eliot prepara a moça para o funeral e a partir daí é com o expectador, e começa a viagem entre o estar ou não vivo/morto. Anna não acredita estar morta, apesar de o diretor da casa funerária lhe garantir que ela se encontra numa fase de transição para o “pós-vida”. Anna pergunta como ela pode estar morta se está conversando com ele. E ele lhe responde que tem a capacidade de conversar com os mortos. Afinal, quem está enganando quem? Anna tem certeza que não morreu. O agente funerário lhe aplica uma injeção e inventa uma história dizendo que é para o cadáver estar apresentável no velório. O expectador poderá transitar nessa história entre a verdade e a mentira; morte e vida, natural e sobrenatural algumas vezes. Há situações dando a atender que ela está viva: em um momento, Anna fica sozinha e Eliot esquece a chave da sala lá, e ela tenta sair, mas a chave quebra, e ele, o diretor da funerária, quando descobre que a esqueceu, volta desesperado para lá e sente-se aliviado por saber que ela não conseguiu sair. É uma aventura e tanto desvendar esse mistério, não acha?

A diretora magistralmente desconstrói o gênero terror, e sob uma nova ótica, num exercício elegante e excitante brinca, criativamente, com a metalinguagem. Brinca também com o expectador e inova com as convenções cinematográficas. Reorganiza os signos lingüísticos e seus significantes e significados de Morte, Pós-Morte e Vida. Caríssimo, conhece aquela outra frase “Tem muita gente que já morreu andando por aí e não sabe.”? Pois então, o expectador sai meio angustiado da sessão, também pelas dúvidas que inconscientemente são plantadas na mente. Além de tentar descobrir o que aconteceu com a personagem terá que descobrir o que acontece consigo mesmo. Talvez você se pergunte será que estou vivo? É bom estar vivo? Eu quero estar vivo? Ainda bem que estou vivo? Eu morri? Eu morri e não sei? Isso tudo não passa de brincadeira de mau gosto? Só se pensa na própria morte quando alguém próximo morre. Vai querer resolver isso num divã. Diria que é novo formato de narrar o sobrenatural, em poético-dramática sacudindo o "da poltrona” a fim de despertá-lo para a vida e para todas as reflexões possíveis, sobre a grande arte de se viver.

Há várias pistas para o expectador tentar desvendar o mistério que paira sobre After Life, entre estar vivo ou não, a protagonista morreu ou não? Decifre, se for capaz! Quando Anna está finalmente preparada para que velem o seu corpo, Eliot, pergunta-lhe se ela deseja sair para a vida ou continuar lá. Agora é com você, leitor, se quiser descobrir o final da história, não deixe de assistir.
Excepcional. Realmente cinema é a maior diversão. Psiu! Ei, você aí que está vivo, não deixe de testemunhar esta história!
Karenina Rostov

Agradecimento: Tiago Soares - Criador do desenho acima
*
Sinopse: Após sofrer um terrível acidente de trânsito, Anna (Christina Ricci) desperta sobre a mesa de trabalho de uma funerária. Eliot Deacon (Liam Neeson), o diretor do local fala que ela não está viva, mas que se encontra na transição entre a vida e a morte e que ele pode falar com ela porque tem a capacidade de se comunicar com os mortos. Assim, ele é o único que pode lhe oferecer ajuda. Paul (Justin Long), o noivo de Anna, sente que algo não vai bem e tem a percepção de que alguma coisa estranha acontece na funerária onde o corpo de sua noiva está sendo preparado para o funeral.

Título Original: Além da Vida
Gênero: Suspense / Thriller / Drama
Direção: Agnieszka Wojtowicz-Vosloo
Elenco: Liam Neeson, Christina Ricci, Celia Weston, Justin Long, Chandler Canterbury, Luz Alexandra Ramos
Ano de Produção: 2009
Lançamento Dezembro: 2010
Origem: EUA
Duração: 104 minutos




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia anunciada...

Cidade Maravilhosa, cheia de (des)encantos mil...

Um RIO de lágrimas...

Lembra do dilúvio que literalmente parou o Rio de Janeiro na terça-feira, dia 06  de abril de 2010? Para mim, parece que foi ontem. Houve deslizamento em vários pontos da cidade, e na Ilha do Governador não foi diferente. Pois é! Descaso geral. Aqui, em São Paulo, em Minas Gerias, no Brasil todo. Quase um ano depois, em uma área que desmoronou próximo ao Hospital Municipal Paulino Verneck, nenhuma providência foi tomada, e troncos imensos de árvores, que foram apenas cobertos com plásticos, estão prestes a serem lançados sobre o asfalto, podendo fazer um estrago maior e continua assustando o pedestre que precisa usar esse caminho exercendo o direito de ir e vir. Deve se ter um cuidado redobrado, pois  o estrago pode ser maior se nada for feito.  

Culpa de quem? Do cidadão, dos governantes ou da natureza? 


O país está vivendo tempos difíceis. Tragédias naturais que antes não aconteciam por aqui, como inundações, desabamentos, caos tornaram-se rotina. O maior volume de chuvas da história do ano passado fez com que a cidade literalmente parasse e a população ficou sem sair de casa por dois dias.  Pessoas desabrigadas, doenças, mortes são sintomas das metrópoles e da vida contemporânea. Será possível reverter esse quadro?

O Maracanã está sendo reformado para a Copa de 2014. O ideal seria uma reforma geral em nossa cidade e no Brasil. Fica o registro.
K.R. 



Fotos: E.B.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Escritores Brasileiros (6)

O sexto encontro no CCBB - RIO apresentou o escritor Zuenir Ventura e o ator Eduardo Moscóvis para fazer a leitura dos textos no projeto “Escritores Brasileiros".

Zuenir Ventura, em 1989, publicou no Jornal do Brasil a série de reportagens O Acre de Chico Mendes, que lhe rendeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog, foi vencedor ainda do Prêmio Jabuti, em 95, na categoria Reportagem com o livro Cidade Partida. Sua obra 1968: o Ano que Não Terminou, cujas 39 edições já venderam mais de 200 mil exemplares, serviu de inspiração para a minissérie Anos Rebeldes, produzida pela TV Globo. Outros livros de destaque em sua trajetória são Crônicas de Um Fim de Século, Minha História dos Outros e Mal Secreto – Inveja

"No Brasil, o chamado Poder Jovem ensaiava igualmente a sua tomada de poder e perseguia a sua utopia. Também aqui, em 68, ter menos de 30 anos era por si só um atributo, um valor, não uma contingência etária. Algumas evidências contribuíam para isso. Pele, aos 28 anos, bicampeão mundial, preparava-se para o tri e já era o maior jogador do mundo; Gláuber Rocha, com 29 anos, já conquistara a admiração internacional com pelo menos dois filmes: Deus e o diabo na terra do sol e Terra em transe; Chico Buarque e Caetano Veloso, se parassem de compor aos 24 e 26 anos, entrariam mesmo assim em qualquer antologia de música popular brasileira; Roberto Carlos tinha 25 anos e já era rei; Elis Regina e Gal tinham 23 anos; Nara Leão, 26; Maria Bethania, 22."
Trecho do livro 1968: O Ano que Não Terminou.

Fotos: E.B.
Uau! Zuenir, Dona Zuenir, Saramago, você é dez! Li alguns de seus livros, mesmo nunca ter sido sua fã, sinto orgulho de o meu país contar com o seu talento e inteligência. Passei a ser uma aficcionada depois da aula de literatura de ontem. Sua simpatia, otimismo, entusiasmo e simplicidade são contagiantes e me conquistaram. O público, bem participativo, festejou com muitas gargalhadas, porque foi o encontro mais alegre e animado de todos até o momento. Pena que já está acabando... agora falta apenas uma aula de literatura brasileira que acontecerá no próximo mês Só posso dizer que o de ontem eu  amei!

O carisma de Zuenir Ventura e a simpatia de Eduardo Moscóvis o resultado não poderia ser melhor: a dobradinha que deu certo. Parabéns!

Até o próxímo, se Deus permitir!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Western repaginado

Cowboys & Aliens

Estão ressuscitando o gênero western ou é impressão minha? Refilmaram recentemente Bravura Indônita e eis mais alguns da década passada: Appaloosa - Cidade sem Lei; Os Indomáveis; Tombstone; Pacto de Justiça; Bullfigghter - Apocalipse no Texas, entre outros.

Cowboys & Aliens acabou de sair do forno e é bem mUderno: um Western revisitado.

O filme é baseado na graphic novel sob o mesmo nome, com Daniel Craig e Harrison Ford. Conta a história de Jake Lonergan (Craig) no Arizona de 1873, que perdeu a memória, e junto com o Coronel Woodrow Dolarhyde (Ford) tem que ajudar a cidade a se livrar de uma invasão alienígena.

Sou fã do gênero desde a infância. A mistura de gêneros (terror e ficção científica) deve ser uma coisa curiosa, não? Só conferindo...

Veja trailer:

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O CINEMA e as outras Artes


O cinema é conhecido como a 7ª arte. E quais são as outras seis? Não existe uma classificação exata e até divergência em relação a abrangência de uma em relação a outra. Alguns acreditam que as outras artes são arquitetura, escultura, música, literatura e teatro (incluindo dança) formando as belas artes. Já outros, como o italiano Ricciotto Canudo em seu Manifesto das Sete Artes, separam as artes por seus elementos básicos:

1ª Música (som)

2ª Dança/Coreografia (movimento)


3ª Pintura (cor)

4ª Escultura (volume)

5ª Teatro (representação)

6ª Literatura (palavra)

7ª Cinema (Imagem em Movimento)


O Cinema é a sétima por ser a última inventada. Algumas artes posteriores podem ser inseridas como a Fotografia (Mesmo sendo a técnica anterior a do cinema só foi entendida como representação artística depois), Quadrinhos, Games e Arte Digital.

Fontes: Wikipédia e Revista Mundo Estranho (Julho de 2002)

Merchandising


Livraria Ler com Prazer, localizada na Faculdade de Letras da UFRJ, ilustrando matéria sobre literatura no Jornal da UFRJ.

Prestigiem!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Corrente do Bem (2)


Para começar bem 2011, é importante mudar certos modos e atitudes. Sei que você não gosta de estar em uma sessão de cinema, por exemplo, e alguém que esqueceu a educação em casa, coloca os pés atrás de sua poltrona te incomodando o tempo todo socando a mesma até com os joelhos; muitos, descaradamente, esticam suas pernas jogando-as em cima da poltrona da frente como se a mesma fosse uma espreguiçadeira.

As pessoas esbarram em você na rua e sequer pedem desculpas; deixam seus aparelhos celulares tocando dentro de ambientes públicos proibidos e pasmem, chegam inclusive a atender! Motoristas de vans colocam música que o passageiro é obrigado a ouvir; os jovens já não oferecem seus lugares aos idosos; joga-se lixo pela janela de carro ou coletivo naturalmente; quem costuma andar de ônibus sofre, deve se precaver de criaturas mal intencionadas, aquelas que vivem roçando perna ou cotovelo em você fingindo ser sem querer (querendo).

O respeito acabou há tempos; É proibido fumar em locais  públicos fechados, mas fumantes desobedecem leis e normas aos moldes "Tô nem aí pra você!" Furação de fila em lugares que necessitam desse meio de organização, tornou-se uma constante, e em questão de segundos, triplica o número de "cidadão" na sua frente: "- Eu pedi para ele guardar o meu lugar na fila." É a desculpa deslavada de alguns. A cidade está cada dia  mais caótica, destruída e pichada; há vândalos por toda parte. A cidade anda imunda, suja e fedorenta. O mau cheiro em alguns pontos do centro do Rio, impera.! Cadê o resultado de todos os impostos, senhor político?

Eis algumas coisas desagradáveis que o povo transformou em rotina. Seria descuido?   Se você se lembrar de mais alguns, conte-me.

O que é preciso fazer para se reverter esse quadro? Ser cidadão é ocupar bem o seu lugar. Respeito é bom e todos gostam, não?

Taí uma campanha de um veículo de comunicação  que me chamou a atenção e por isso reproduzo  e apoio a ideia. Faça parte dessa corrente solidária do bem. Você só tem a ganhar.
K.R.
*

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dia de Reis


A visita dos sábios

1 Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam:

2 Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo.

3 O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém;

4 e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo.

5 Responderam-lhe eles: Em Belém da Judéia; pois assim está escrito pelo profeta:

6 E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.

7 Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles inquiriu com precisão acerca do tempo em que a estrela aparecera;

8 e enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino; e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.

9 Tendo eles, pois, ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto quando no oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.

10 Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria.

11 E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra.

12 Ora, sendo por divina revelação avisados em sonhos para não voltarem a Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.

Mateus 2:1-12.
(Na tradição cristã, comemora-se o dia de Reis no dia 06 de janeiro.)

Sorria, Jesus te ama. Presenteie o filho de Deus todos os dias com gratidão e louvor.