sexta-feira, 19 de abril de 2013



19 de Abril — Dia do Índio

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio.

Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

Oswald de Andrade

sexta-feira, 22 de março de 2013

ENEM e a sopa de letrinhas

 
É, NEM? Essa de enxertar RECEITA DE BOLO, poesia, desenho, música, colagens de gravuras ou fotos etc, no texto dissertativo, há tempos deixou de ser novidade. Quem corrige cem redações do ENEM por dia depara-se com esses ‘artistas’ com frequência, e nem se surpreende mais com os exageros da metalinguagem nas redações de certos candidatos.
 
O autor da gracinha do miojo até que tentou ser original só faltou um pouco de criatividade porque a “imigração” da patente do macarrão instantâneo não foi ilegal e o seu preparo por não ter mistério seria dispensável.
 
Sim, é primordial a coesão e coerência textual, e seu 'sensato' desenvolvimento ao tema proposto. E o avaliador teria que se ater além da correção das convenções gramaticais, tem que passar batido pela interpretação das entrelinhas que não deixa de ter sua importância, mas que por ene razões - fator tempo é uma delas - não cabe juízo de valor no momento. E não seria perda de tempo como muitos pensam.
 
E esse candidato (tem que se investigar como e por que a redação dele veio à tona) tem a certeza de que as palavras não mordem. Ele as usou, abusou e degustou quase que literalmente da sopa de macarrão que conhece a receita tão bem que a passou adiante sem medo de ser feliz.
Karenina Rostov
 
 
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

So tired...

CINEMA, CINEMA, CINEMA...



Cinema Nacional Legendado


NINA

Nina é nome de mulher e título de um filme nacional saído das páginas de uma novela russa, da obra máxima de Dostoievski – CRIME E CASTIGO. Dizer tratar-se de um nome feminino foi um pleonasmo proposital, já que Nina é a metamorfose da metamorfose da atormentada alma e personalidade do próprio autor, (a alma de Dostoievski é complexa, “como não ser ao mesmo tempo anjo e diabo?” um imenso labirinto) mais a personagem central ou principal dessa obra batizada de Raskolnikov. Autor e personagem fundem-se de tal forma que não se sabe onde começa um e termina o outro.
 
Uma obra da grandiosidade de Crime e Castigo sendo transformada em um roteiro para filme é maravilhoso; mais maravilhoso ainda é saber que a idéia partiu de um cineasta nacional, um roteiro nacional, o que muito me orgulha e lisonjeia. Raskolnikov foi transformado em Nina, isso me faz lembrar do filme Transamérica, cujo objetivo de vida da protagonista era mudança de sexo. Há muito o que se questionar em relação a isso, principalmente nos tempos atuais que praticamente quase tudo é possível: clonagem, barriga de aluguel, produção independente (basta pesquisar em um banco de sêmen e fazer a escolha), mudança de fenótipo, e por aí vai... (e isso seria assunto para outra história).

Será possível fazer mudança de alma? Alma masculina e feminina são iguais? Há o paradoxo do manto diáfano, da tênue linha que separa ambas. Pólos divergentes. Distintas. E como. Mas voltando ao filme Nina.

Nina / Raskolnikov / Dostoieviski são almas atormentadas. Assisti ao filme e fiquei maravilhada. Há tempos não via um filme tão interessante que me motivasse e que me divertisse. Quem leu essa obra dostoievskiana sabe muito bem do que estou falando. É a mesma história para almas diferentes: alma feminina e alma masculina. O criador de Nina agiu como um cirurgião competente, retirando o excesso, fez uma lipo, colocou silicone onde precisava, botox e uma leve maquiagem.Mas há tanto que se falar dessa obra. Nomes de personagens das obras dostoievskianas são geralmente forjados; Ralkolnikov, por exemplo, vem do verbo rachar, dividir. Daí é só concluir a razão dessa escolha de palavra. Retomando o que queria dizer sobre o filme NINA – personagem femininA, inteligente e sensível, porém solitária e abandonada à própria sorte da cidade grande, destino incerto, retrata a condição humana das pessoas e seus conflitos existenciais. Ela nada tem de valor material, vive de pequenos bicos e favores. Ela pouco tem de valor imaterial: a sensibilidade poética e artística, porém não a usa adequadamente. Nina (o filme) é ousado e sensível, num estilo meio sombrio, meio gótico, consegue desenvolver-se despertando o interesse das pessoas que o assistem (Mexeu comigo). Nina, meio pretensioso, meio envolvente, fazendo suas escolhas, desempregada, prostituir-se ou não para sobreviver? Ou os caminhos da vida ou da morte, pelo livre-arbítrio (matar ou morrer de inanição?) Há tanto o que se questionar...

Coincidência ou não predestinado a ser desconstruído por todo roteirista que se preze, por ser tão significativo. Tenta levar o expectador à beira da loucura, insana e obediente, claro, transportando-nos aos eus maisNina tem seu valor – qual foi o seu crime? E qual será o seu castigo? A sua caridade e boa ação, em dinheiro roubado, dinheiro doado, a velha história de ladrão que rouba ladrão (na cena caliente de paixão em que rouba do cego, inversão de valores, e doa à prostituta que por sua vez paga a viagem de taxi) Que viagem!

Nina (Guta Stresser) a garota sensível que via-se envolvida com seus desenhos em seu quarto, revelando um pouco de sua alma, é aquela que mata a bruxa, envolvida nos fantasmas do seu inconsciente, assim como Raskolnikov, um ser imortal pelo sopro de seu criador, envolvida no crime, vive angustiado pelo seu pecado ou pelos conflitos existenciais... assim é Nina-Raskolnikov, e punido será tendo como prisioneiro suas lembranças e a lâmina que fere... enfim... libertar-se, quem sabe...

Esse filme, com certeza, superou todas as expectativas. As cenas muito bem ilustradas com imagem metafóricas dos pintores de paredes (Selton Mello e Lázaro Ramos) que trabalhavam no apartamento ao lado onde Nina morava de aluguel, com a proprietária dona Eulália (Myriam Muniz) contrastando com as pinturas e desenhos de Nina. O diretor desse longa é Heitor Dhalia, que eu não conhecia, e a partir de então considero-o talentosíssimo. Adorei o filme! O cinema nacional está a cada dia mais ma
 
Uma vitória e tanto para o cinema brasileiro também no que se refere as interpretações e aos excelentes atores. Maravilhoso. Há nesse filme figura constante da antítese: fome material x fome espiritual; vida e morte, miséria x riqueza; matéria x alma; bem e mal; juventude e velhice.
 
....

Karenina Rostov
 

 

WORD, WORD, WORD...




INEFÁVEL = INDIZÍVEL, ENCANTADOR, INEBRIANTE

DIÁFANO = TRANSPARENTE

EFLÚVIO = EXALAÇÃO, PERFUME
Palavras são poemas.


CORAÇÃO EM DESCOMPASSO

As emoções, a felicidade que muitas vezes nos embriagam de alegria,
muitas vezes torna-se difícil de se expressar
Como este momento que encontro-me afetivamente empolgada
Encontrei finalmente o encanto
Aquecendo o coração de carinho
E todo um viver.

= SUBLIMAÇÃO, UFANIA!

Eunice Bernal

Um natal qualquer em qualquer cidade...










The End


Magistério faz homens broxarem


"Tudo corria muito bem, até o meu marido se desfazer de uma lan house que tínhamos na Tijuca e colocar na cabeça de querer fazer uma faculdade para garantir um emprego público e vitalício. Ele não quis se esforçar por um curso melhor e mais concorrido e foi fazer matemática na Estácio de Sá pra ser professor. Diploma na mão e concursos em cima de concursos para atuar em escolas públicas. E foi aí que tudo começou a dar errado! Ele passou a chegar em casa estressado, sem ânimo pra nada e só queria dormir com a ajuda de um Bromazepan, receitado pelo médico. E não pára por aí. Dias desses estávamos "numa boa" nas preliminares. A coisa não deu liga e foi a pior noite que eu passei na minha vida. Já soube de relatos semelhantes com outros professores."

É apenas um desabafo de uma ex-professora II do estado e município. Cuidem-se!
 
Pois é, Magistério, estou voltando!

Liberdade, liberdade

Liberdade,
É uma calça velha
Azul e desbotada
Que você pode usar
Do jeito que quiser
***
Fica bem na altura,
fica bem na largura,
fica bem na...

Mensagem Instantânea

Quer viajar?

Índia seus cabelos

Estou meio cansada de gente desocupada vindo aqui me ofender. Sabe, para mim é elogio essa ofensa de chamar alguém de índio(a), afinal não são eles que têm a pele macia, cabelos lisos e brilhantes e não precisam fazer depilação?  Vai procurar o que fazer, vai se tratar, criatura!  Acho os índios LINDOS, maravilhosos, SEM PRECISAR GASTAR $$$$$ COM DEPILAÇÃO ETC. Deus foi bem generoso com elAs, não acha?

***********
 
E Essa mensagem aqui é uma mensagem antiga citando a Bíblia. Tem cabimento isso? FALA SÉRIO. A CRIATURA TEM TEMPO.


Querida, se a internet não existisse, o que seria da sua vidinha? Mediocridade seria pouco... tenho calafrios só de pensar em uma vida assim. Sugestão: tente ser mais feminina (sei que isso é quase impossível), mas você tem "amiga(s)" que podem ensinar essa tarefa. Sempre há tempo para mudar. "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." (Eclesiastes)

Uma pena... (8)




 Fotos E.B.
O entulho da parte implodida do Hospital Universitário que a muitos estava incomodando, finalmente está sendo retirado em doses homeopáticas...

Do pó veio e ao pó retornou... agora tranformando em ouro em pó... Gostei de saber que será reaproveitado e que um dia quem sabe fará parte de outras construções, talvez um outro hospital, um espaço físico que poderá ser usado e funcionar...
 
Achei que deveria registrar os últimos momentos do que restou do que um dia foi um imponente prédio que nunca foi usado...

Click!

YOU


call or write me.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros

O filme “Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros” é uma obra cinematográfica deliciosa e divertida de se assistir, recheada de efeitos especiais e muitas alegorias linguísticas, tomando emprestadas principalmente a metáfora de que criaturas vampirescas coabitam com o ser humano e deste se alimentam. São ideias muito bem construídas e arrematadas, e aqui bem exploradas, deixando claro a partir de seu subtítulo de que eles existem, estão por toda parte sugando mais que a matéria,  até a última gota da alma, e por isso, só mesmo alguém de coragem para livrar-se dessa praga, contando o mal pela raiz.
É uma adaptação livre do romance de Seth Grahame-Smith, sendo ele próprio responsável por roteirizar tão eficientemente quanto a direção impecável de Timur Bekmambetov que procura manter num ótimo enquadramento entre muitos planos e em close a ideia central dos fatos reais em torno da biografia de um dos maiores e mais queridos presidentes americanos - Abraham Lincoln – mesclando, na dose exata, fatos   ficcionais com verídicos. E com muita competência, numa miscelânea, transforma esses dois importantes gêneros  artísticos - o literário e cinematográfico - que mesmo sendo linguagens distintas cria uma nova e singular obra e fantástica de se testemunhar.  E o resultado não poderia ser melhor ao gênero inventivo escolhido que não foi possível rotular. As imagens são eloquentemente bem construídas.
O prólogo nos apresenta rapidamente, em flashback, Abraham Lincoln como presidente dos EUA, e durante os primeiros anos de sua vida, mostrando um jovem de futuro promissor, de personalidade e caráter marcantes, lutando bravamente contra os que representam perigo à família e aos amigos, ou sanguessugas da nação, na obra representada por vampiros, esses são seus inimigos declarados e que para se  libertar desses mal e defender tudo o que acredita ser certo,  ele aprendeu desde cedo  que é preciso ir à  guerra, preparando-se, primeiramente, a retórica, daí,  só mesmo estudando leis do direito civil para não ferir a Constituição e posterior defesa pessoal.
O homem nasce bom, o vampiro é que o corrompe. Porém, nem todo homem é somente bom, seria fácil se assim fosse, mas sempre se opta e se torce que esse lado se sobressaia à maldade humana. Pode-se ter um amigo não tão anjo como se espera, e quando a amizade é verdadeira, respeito e admiração às vezes são mais importantes que nos próprios laços sanguíneos. E o personagem Abraham Lincohn tinha um amigo vampiro que lhe abriu os olhos e lhe revelou muitas coisas como também o ensinou a lutar.    E vampiro bom e que se preze precisa se cuidar e se proteger com um bom filtro solar, senão...
Que arma escolher, em Senhor Presidente? Entra em ação a simbologia do “machado” objeto considerado destruidor de bloqueios e barreiras. O machado é um  objeto pesado, cortante e dilacerante feito de aço e de madeira que um dia foi vida, representando Liberdade. Enquanto o direito do homem de ser livre não for respeitado, todos sofrerão as consequências e considerados escravos, sem o direito de ir e vir, de pensar, falar, decidir e muito mais.
A liberdade justa é uma conquista diária e uma luta sem fim.     
E a obra é quase que politicamente correta: a luta contra o bem e o mal, devendo sempre  prevalecer o bom senso daquilo que se almeja conquistar nas batalhas da vida não tão simples como parece e que se gostaria que fosse. E quem conhece a história desse Presidente, sabe que não foi tão fácil assim, e que a vida não é uma peça de teatro, e o povo não é mero espectador. A vida é um palco e seu protagonista contracena com conflitos diários, chancelando a sangue cada página escrita na busca de um final feliz esperado, mas que nem sempre será possível e com direito a aplausos e pedido de bis! O espetáculo não acaba ao correr da cortina. Faz-se intervalo para que dê oportunidade de todos atuarem, sem exceção,  mesmo que em pequenos papéis ou como figurantes.
 Uma obra de muita ação, suspense, aventura e humor inteligente e ainda permeados  por fatos e citações históricas do período da guerra civil americana. Bom poder recordar    essa senhora aula de história universal.
O ator Benjamin Walker está bem à vontade na pele do presidente, além do carisma, seu  porte físico - altura, peso tudo nos conformes.  Muitas cenas de ação e efeitos especiais bem produzidas, além de  cenários e trilhas sonoras impecáveis! Diversão garantida!
Para quem gostou do filme, fica a dica: leia o livro! É a arte imitando a vida.
Karenina Rostov
*
Titulo original: Abraham Lincoln: Vampire Hunter
Gênero: Ação
Direção: Timur Bekmambetov
Roteiro: Seth Grahame-Smith, baseado em seu próprio livro
Duração: 105 minutos
País: EUA
Ano: 2012
Elenco: Benjamin Walker, Dominic Cooper, Anthony Mackie, Mary Elizabeth Winstead, Robin McLeavy, Marton Csokas.

Sinopse

Abraham Lincoln (Benjamin Walker) foi um dos mais importantes presidentes dos Estados Unidos. E também o melhor caçador de vampiros que já existiu. Sua vida vai muito além de seu papel na unificação norte-americana e na luta pela libertação dos escravos, e esconde uma violenta batalha contra criaturas sedentas por sangue. Revelado por Seth Grahame-Smith, esse impressionante capítulo da história chega às telas de cinema, dirigido por Timur Bekmambetov e produzido pelo aclamado Tim Burton.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dia do FOTÓGRAFO

Depois da mais interessante invençao do século - A MÁQUINA FOTOGRÁFICA DIGITAL, todo mundo tem obrigaçao de ser um excelente fotógrafo, nao acha? E aí, que tal aproveitar o dia de hoje - 08/01 - dedicado aos FOTÓGRAFOS e nos mostrar o seu melhor trabalho em termos fotográficos. Estas obras abaixo são do brasileiro Sebastiao Salgado. Verdadeiras obras de arte! Maravilhosas!

 
 
 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CINEMA é a maior diversão?

CINEMA é a maior diversão?
 

Não sei por que, mas não me sinto animada para ver “As Aventuras de Pi”, mesmo ouvindo ótimos comentários e grandes elogios ao diretor. É um roteiro adaptado da obra “Life of Pi” do autor canadense Yann Martel e que, inclusive, ganhou prêmio. Humm!
 
E parece que o escritor canadense por sua vez se “inspirou” na obra "Max e os Felinos" do brasileiro Moacyr Scliar. Não sei por que, mas esse assunto é algo que pode tirar o sono e a paz interior, uma mistura de aflição e mágoa, deixando a alma em desvantagem dos que acreditam ser isso politicamente incorreto. Por que não o escritor brasileiro a ganhar o tal prêmio? E por que ao invés de adaptar para o cinema a referida e premiada obra, o consagrado diretor não escolheu a do brasileiro? Não é um julgamento de valor, apenas uma tentativa de entender o mundo das injustiças.
 
Sabe-se que no universo das artes, nada se cria... tudo se reinventa e blábláblá. Terei que pesquisar para tentar encontrar respostas da intrigante história e evitando, assim, não tirar conclusões precipitadas. Talvez Ang Lee nem saiba da existência de Scliar.
 
Lamento muito pelo próprio autor brasileiro, o que deve ter pensado ou sentido? Orgulho pelo reconhecimento tardio de sua existência e de uma de suas obras, ou apenas decepção?
 
Desgosto? Raiva? Uma certa impotência, ou talvez simplesmente resolvido deixar quieto, afinal quem precisa disso? Ele já é gênio por excelência e tem reconhecimento de um merecido público de leitores na medida certa.

Independente disso, todos têm seus devidos merecimentos: só de se pensar em transformar em uma nova obra de arte e levá-la para a telona, a escolha de locações, seus atores, já merece aplausos. Não deixa de ter valor o leitor desavisado ter lido a obra premiada, e por que não dizer ter gostado sem ao menos ter tomado conhecimento desses tais fatos , nem por isso ser rotulado de ingênuo.
 
Daqui a pouco decido estou preparando meu espirito para ir ao filme.
 
Mas antes, como sou curiosa e fiquei intrigada com essa história “absurda” e porque gosto de me aventurar nas pesquisas, eis que encontro um blog e depoimento do autor brasileiro sobre o ocorrido.
 
Problemas, quem não os tem? Devaneios a parte, a vida é como onda no mar: ou você fura ou leva caixote. E para mim o mar é apenas para se admirar... mergulho só na beirada, como as arraias...
 
Ops, isso é outra conversa!
 
Viver é correr risco. E mesmo cada um escrevendo sua própria história, quem garantirá que ela não será plagiada? Pode-se, sem querer, olhar de lado e copiar ideias que achamos simpáticas. A vida sempre nos pregando peças, e se ainda não fomos náufragos de ondas reais ao menos já experimentamos as metafóricas....
 
Infelizmente a vida não é uma fábula, por isso, precisamos domar a fera inferior com garras e força dos felinos, e tentar vencer os temores. Sempre.
 
Karenina Rostov
 
*
 
 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vincent (Starry Starry Night) - Don McLean (legendado)

Vincent (Starry Starry Night) - Don McLean
*
* Grande música, bela melodia, e uma homenagem merecida ao ilustre artista Vicent van Gogh.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Festival do Rio 2012 e um dos filmes assistidos





Festival do Rio 2012 e um dos filmes assistidos.

Monty Python: A Autobiografia de um Mentiroso (in memoriam)

As chamadas para comemorar mais um Festival de Cinema do Rio 2012, soa bonito e charmoso: “Rio de Janeiro é a capital do cinema... Acorde o cinéfilo que há em você!”.

Uma invasão cinematográfica, pacífica, celebrando a parceria entre a Cidade Maravilhosa e Londres, iniciada com a passagem da tocha olímpica de lá para cá. A operação ganhou o nome de Foco Reino Unido e o palco das ações é o Festival do Rio 2012. Os homenageados são Alfred Hitchcock, James Bond...

Homenageando também Alberto Cavalcanti, o primeiro cineasta brasileiro a fazer carreira internacional. Bravo!

Na minha programação não poderia faltar Monty Python, claro! O filme Monty Python: A Autobiografia de um Mentiroso levou muitos de seus fãs à sala escura. Sessão esgotada. Enredo formidável!

A história alterna gravações feitas pelo falecido Graham Chapman, com trechos de filmes antigos do grupo, mesclando muitos símbolos e metáforas visuais com irreverência e bons momentos de risadas nos episódios destacados e bem escolhidos para compor sua “biografia” representando as memórias deste ícone do humor inglês.

Uma ótima ideia, por sinal, mas não feita para agradar a todos pelo tipo de humor em estado bruto, nonsense, que às vezes peca pelo excesso. Muito bem produzido, passando pela escolha do formato em esquetes, uma total identificação com o biografado, investindo em vários estilos de animação, do mais pueril ao mais rebuscado, mesclados por transições para dar continuidade aos episódios escolhidos da “Vida de Brian”. Algumas partes, concordo, poderiam ter sido suprimidas ou compactadas e, assim, atrairia novos olhares, outros admiradores, quem sabe...

Alguém no cinema argumentou que faltou algo. E lhe responderam num tom de brincadeira que o falecido não compareceria àquela sessão porque no momento estava muitíssimo ocupado. E surgiram outros comentários até de que poderiam reeditar certas passagens, enxugar e fazer novos arremates entre uma composição final e início de outra história. Mas para quê tanta perfeição, exigir tanto do grupo humorístico excêntrico por excelência? Um ajuste mínimo na edição entre o final de uma animação e o começo de outra? Poderia mutilar a obra, perderia sua essência.

Recheado de ótimos diálogos, piadas refinadas, requintadas e também insossas!?! E o obvio! Como assim? Só mesmo Monty Python, pra variar - faz paRte - desta vez e sempre. Inegavelmente uma grande produção, que apesar da composição tratar de trechos isolados, perdeu-se num determinado momento o fio da meada, perdendo, assim, a grande chance de ser um dos aclamados deste festival.

Com três diretores e envolvendo quinze diferentes estúdios que produziram dezessete estilos de animação para representar as memórias e mentiras de Graham, mas que, lamentavelmente, alguns fãs torceram o nariz comentando, ao término da sessão que Chapman não merecia essa “homenagem”. Perfeito! Seria estranho se agradasse a todos, não acha?

Uma das brincadeiras feitas por um dos diretores presentes no lançamento do longa foi o ponto alto da noite, muito válido e criativo ao apresentar para o público a sepultura do Graham com os seguintes dizeres numa placa: “Desculpem, não poderei estar à noite com vocês”. Final emocionante e ousado. Aplausos!

E os anfitriões encerraram citando Alberto Cavalcanti como cidadão inglês. Detalhe: este genial diretor é muito mais que isso: Ele é brasileiro e cineasta do mundo. Seria trágico se não fosse cômico. Fãs do diretor brasileiro não ficaram bravos. Bravo!
 Karenina Rostov

Nota 9,0.

*
Monty Python: A Autobiografia de um Mentiroso (A Liar’s Autobiography – The Untrue Story of Monty Python’s Graham Chapman, Reino Unido, 2012). Dirigido por Bill Jones, Jeff Simpson, Ben Timlett. Com as vozes de Graham Chapman, John Cleese, Terry Jones, Terry Gilliam, Michael Palin, Carol Cleveland e Cameron Diaz.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Meu filme natalino favorito

Meu filme natalino favorito...
O Expresso Polar – de Robert Zemerckis

O Expresso Polar foi um dos filmes natalinos mais sublimes que já assisti (ultimamente, claro!) e, tão marcante...

Ele traz uma mensagem singela em forma de fábula e nos faz embarcar numa aventura fantástica, num expresso, num trem negro surgido no meio da noite, do nada, envolvido em brumas, para um passeio surreal, juntamente com outros passageiros escolhidos a dedo, sonhadores, realistas, descrentes, passionais... mas, enfim, um desejo maior e ardente que era o de querer fazer parte daquele mundo e descobrir o que havia de tão especial e de mágico que essa viagem proporcionaria, nos conduzindo uma vez ao ano, nos fazendo sonhar acordado a um mundo onde acredita-se ainda ser possível devanear, e continuar na eterna busca daquele presente tão desejado, aquela jóia preciosa que cada um sabe o seu valor.

O presente nem sempre precisa vir na maior caixa, no melhor embrulho; nem valer pelo quanto pesa; o valor maior é simbólico, ou o prazer que o mesmo irá proporcionar.

O PRESENTE é o AGORA, e ele é o maior presente. E Papai Noel existe. E esse filme realmente nos leva a uma viagem inesquecível.

Karenina Rostov

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Uma sutil referência a... ou uma lembrança vaga


Uma sutil referência a... ou uma lembrança vaga

Às vezes, assistindo a um filme, nos deparamos em uma determinada cena situações ou aspectos que nos remetem a outro filme. E uma atmosfera gira em torno dessa lembrança que pode sem em forma de música, citações, atores, diretores, lugares, objetos, cenários, enfim, um verdadeiro exercício de memorização, nos leva a uma pesquisa dentro de nosso arquivo-morto ou atual.

Recentemente assistindo ao Pai e Filha do diretor japonês Yasujiro Ozu, a tia da protagonista faz referência ao ator Gary Cooper dizendo achá-lo parecido com o rapaz que é o amigo da família. Ele foi citado tantas vezes que acabei aprendendo o seu nome verdadeiro: Frank James Cooper.

No filme O Nevoeiro do diretor Frank Darabont, baseado na obra do mestre do terror Stephen King, o ator David Drayton (Thomas Jane) é um artista que cria cartazes para filmes de Hollywood. Enquanto está em seu ambiente de trabalho, aparece num canto da parede o cartaz de A COISA, (The Thing) de John Carpenter (aqui no Brasil foi batizado de O Enigma do outro mundo).

E a cena do carrinho de bebê descendo as escadarias de Odessa, do clássico Encouraçado Potemkin de Serguei Eisenstein, inspirou a cena final de Os Intocáveis de Brian de Palma escrito por David Mamet, sem dúvida a arte imitando brilhantemente a arte. Dois momentos emocionantes.

E as lembranças e citações não param por aí. Gosto de encontrá-las. Se acaso você se lembrar de alguma...
Karenina Rostov

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Outra carta de amor...



Alfred Hitchcok

QUE DIRETOR VOCÊ GOSTARIA DE HOMENAGEAR?
 
 

Alfred Hitchcok 

Amo esse diretor, entre tantos outros, Alfred Hitchcok, um nome sempre lembrado em rodas de cinéfilos, tem uma legião de fãs pelo mundo, mesmo depois de sua morte em 1980. Ao contrário do que muitos admiradores do “Mestre do Suspense” possam pensar, o cineasta inglês, que chegou em Hollywood em 39 a convite do David O. Selznick, nunca ganhou o Oscar. Indicado Cinco vezes, Hitchcok construiu verdadeiras obras-primas, hoje copiadas por diversos diretores, mas só recebeu o Prêmio Irving Thalberg (em 68) pelo conjunto de sua obra. Suas indicações:

ANO 1940 Rebecca, a Mulher inesquecível
PERDEU PARA John Ford – Vinhas da Ira

ANO 1943 Um Barco e Nove Destinos
PERDEU PARA Leo McCarey – O Bom Pastor

ANO 1945 Quando Fala o coração
PERDEU PARA Billy Wilder – Farrapo Humano

ANO 1954 Janela Indiscreta
PERDEU PARA Elia Kazan – Sindicato de Ladrões

ANO 1960 Psicose
PERDEU PARA Billy Wilder – Se Meu Apartamento Falasse

Independente do Oscar, ou outros prêmios, gostaria de homenageá-lo por todas as suas obras, adoro os seus filmes, principalmente Festim Diabólico, Um Corpo que Cai, Disque M para Matar, Psicose e Frenesi.

Karenina Rostov
 


“Quem mata o tempo não é assassino, é suicida”.
Millôr Fernandes

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

BRAzuca é o nome da bola da Copa do Mundo de 2014


A bola da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, já tem nome. Através do voto de 1.119.539 de pessoas, Brazuca foi a alcunha escolhida por 77,8% dos eleitores, superando as outras opções, Bossa Nova e Carnavalesca, para substituir a Jabulani, bola do Mundial da África do Sul.

A segunda opção "Bossa Nova" teve 14,6% dos votos, enquanto "Carnavalesca", a terceira e última possível escolha, teve 7,6%. Nenhuma das duas, no entanto, chegou perto dos 77,8% conquistados por "Brazuca".

Na época da divulgação das três opções de voto, a ausência do nome "Gorduchinha", referência a um bordão criado pelo narrador Osmar Santos, chamou a atenção. A produtora oficial da bola alegou que "Gorduchinha" já estaria registrada oficialmente como propriedade intelectual e que, portanto, o termo não poderia ser utilizado.

Essa foi a primeira vez que o nome foi escolhido através do voto popular. A Brazuca vai a campo pela primeira vez no dia 12 de junho de 2014, na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, na cidade de São Paulo. A final será em 13 de julho, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Desde o Mundial de 1970, no México, as bolas das Copas do Mundo passaram a ter nome. Na ocasião, foi escolhido Telstar, que foi um satélite da NASA, criado em 1962, que tinha formato esférico.

(Fonte: ESPN Brasil)
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E aí, gostou?