SONETO
Adeus! Vou partir para longe
Levando a saudade no peito
Viverei tal qual um monge
Mortificado na lida ou no leito.
Dias felizes eu sei que vivi
Em deleite saboreando convosco
O amor verdadeiro que só conheci
Quando cheguei à Cidade Dom Bosco.
E já que o destino me manda partir
Pra terras estranhas, sem alternativa
Eu morro aos poucos, mas tenho de ir.
Mas Deus é Supremo e de tudo é capaz
Fará também parte da comitiva
E me guiará nos caminhos da paz.
W.
Guardo com carinho este soneto que ganhei há três décadas atrás de alguém muito, muito especial. Esse alguém é do sexo oposto, claro! Morávamos na mesma cidade. Tínhamos coisas em comum, os mesmos gostos. Um belo dia, ele passou em um concurso e deveria decidir entre continuar morando naquela nossa pacata cidade ou aceitar trabalhar longe dali. Ele optou pela segunda. E eu decidi sair também. Decidi que queria morar na Cidade Maravilhosa e conhecer outro alguém especial. Eis-me aqui. O Rio de Janeiro me aceitou de braços abertos.
Tudo o que me interessa eu guardo com muito amor. Tenho um baú de recordações. É curioso?
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