quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Escritores Brasileiros (6)

O sexto encontro no CCBB - RIO apresentou o escritor Zuenir Ventura e o ator Eduardo Moscóvis para fazer a leitura dos textos no projeto “Escritores Brasileiros".

Zuenir Ventura, em 1989, publicou no Jornal do Brasil a série de reportagens O Acre de Chico Mendes, que lhe rendeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog, foi vencedor ainda do Prêmio Jabuti, em 95, na categoria Reportagem com o livro Cidade Partida. Sua obra 1968: o Ano que Não Terminou, cujas 39 edições já venderam mais de 200 mil exemplares, serviu de inspiração para a minissérie Anos Rebeldes, produzida pela TV Globo. Outros livros de destaque em sua trajetória são Crônicas de Um Fim de Século, Minha História dos Outros e Mal Secreto – Inveja

"No Brasil, o chamado Poder Jovem ensaiava igualmente a sua tomada de poder e perseguia a sua utopia. Também aqui, em 68, ter menos de 30 anos era por si só um atributo, um valor, não uma contingência etária. Algumas evidências contribuíam para isso. Pele, aos 28 anos, bicampeão mundial, preparava-se para o tri e já era o maior jogador do mundo; Gláuber Rocha, com 29 anos, já conquistara a admiração internacional com pelo menos dois filmes: Deus e o diabo na terra do sol e Terra em transe; Chico Buarque e Caetano Veloso, se parassem de compor aos 24 e 26 anos, entrariam mesmo assim em qualquer antologia de música popular brasileira; Roberto Carlos tinha 25 anos e já era rei; Elis Regina e Gal tinham 23 anos; Nara Leão, 26; Maria Bethania, 22."
Trecho do livro 1968: O Ano que Não Terminou.

Fotos: E.B.
Uau! Zuenir, Dona Zuenir, Saramago, você é dez! Li alguns de seus livros, mesmo nunca ter sido sua fã, sinto orgulho de o meu país contar com o seu talento e inteligência. Passei a ser uma aficcionada depois da aula de literatura de ontem. Sua simpatia, otimismo, entusiasmo e simplicidade são contagiantes e me conquistaram. O público, bem participativo, festejou com muitas gargalhadas, porque foi o encontro mais alegre e animado de todos até o momento. Pena que já está acabando... agora falta apenas uma aula de literatura brasileira que acontecerá no próximo mês Só posso dizer que o de ontem eu  amei!

O carisma de Zuenir Ventura e a simpatia de Eduardo Moscóvis o resultado não poderia ser melhor: a dobradinha que deu certo. Parabéns!

Até o próxímo, se Deus permitir!

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