segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CINEMA é a maior diversão?

CINEMA é a maior diversão?
 

Não sei por que, mas não me sinto animada para ver “As Aventuras de Pi”, mesmo ouvindo ótimos comentários e grandes elogios ao diretor. É um roteiro adaptado da obra “Life of Pi” do autor canadense Yann Martel e que, inclusive, ganhou prêmio. Humm!
 
E parece que o escritor canadense por sua vez se “inspirou” na obra "Max e os Felinos" do brasileiro Moacyr Scliar. Não sei por que, mas esse assunto é algo que pode tirar o sono e a paz interior, uma mistura de aflição e mágoa, deixando a alma em desvantagem dos que acreditam ser isso politicamente incorreto. Por que não o escritor brasileiro a ganhar o tal prêmio? E por que ao invés de adaptar para o cinema a referida e premiada obra, o consagrado diretor não escolheu a do brasileiro? Não é um julgamento de valor, apenas uma tentativa de entender o mundo das injustiças.
 
Sabe-se que no universo das artes, nada se cria... tudo se reinventa e blábláblá. Terei que pesquisar para tentar encontrar respostas da intrigante história e evitando, assim, não tirar conclusões precipitadas. Talvez Ang Lee nem saiba da existência de Scliar.
 
Lamento muito pelo próprio autor brasileiro, o que deve ter pensado ou sentido? Orgulho pelo reconhecimento tardio de sua existência e de uma de suas obras, ou apenas decepção?
 
Desgosto? Raiva? Uma certa impotência, ou talvez simplesmente resolvido deixar quieto, afinal quem precisa disso? Ele já é gênio por excelência e tem reconhecimento de um merecido público de leitores na medida certa.

Independente disso, todos têm seus devidos merecimentos: só de se pensar em transformar em uma nova obra de arte e levá-la para a telona, a escolha de locações, seus atores, já merece aplausos. Não deixa de ter valor o leitor desavisado ter lido a obra premiada, e por que não dizer ter gostado sem ao menos ter tomado conhecimento desses tais fatos , nem por isso ser rotulado de ingênuo.
 
Daqui a pouco decido estou preparando meu espirito para ir ao filme.
 
Mas antes, como sou curiosa e fiquei intrigada com essa história “absurda” e porque gosto de me aventurar nas pesquisas, eis que encontro um blog e depoimento do autor brasileiro sobre o ocorrido.
 
Problemas, quem não os tem? Devaneios a parte, a vida é como onda no mar: ou você fura ou leva caixote. E para mim o mar é apenas para se admirar... mergulho só na beirada, como as arraias...
 
Ops, isso é outra conversa!
 
Viver é correr risco. E mesmo cada um escrevendo sua própria história, quem garantirá que ela não será plagiada? Pode-se, sem querer, olhar de lado e copiar ideias que achamos simpáticas. A vida sempre nos pregando peças, e se ainda não fomos náufragos de ondas reais ao menos já experimentamos as metafóricas....
 
Infelizmente a vida não é uma fábula, por isso, precisamos domar a fera inferior com garras e força dos felinos, e tentar vencer os temores. Sempre.
 
Karenina Rostov
 
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