sexta-feira, 18 de março de 2011

Mundo real ou virtual?


Vivemos no século que considero o mais rico em questão de informação, até a exaustão, basta dar um click.  A invenção da informática foi o marco zero para o mundo da comunicação se globalizar. A dualidade do mundo entre o real e virtual rompeu todas as fronteiras e alicerces, isso quer dizer que, podemos estar virtualmente em qualquer lugar e a qualquer hora com quem bem entendermos e quisermos. Mesmo surgindo questionamentos sobre a não existência de fronteiras separando esses dois mundos, e de que o virtual sempre ter existido em nossas mentes, nossos pensamentos e sonhos, muito antes do advento das redes sociais e por questão de semântica, criou-se a palavrinha mágica “virtual” a linha imaginária para diferenciar do real, e o que costumo chamar de ‘o outro lado da mesma moeda, ou um dois em um’.
Independentemente de qualquer coisa, a Internet é um mundo à parte que, sem dúvida, veio para ficar, um caminho sem volta na qual não mais podemos viver sem, seja no trabalho, em casa ou na rua, é o nosso acessório importante para a vida moderna nossa ferramenta para a comunicação de um modo geral onde resolvemos quase todos os problemas: pagamos contas, fazemos compras, falamos com parentes e amigos,  consultamos a previsão do tempo, lemos todo tipo de notícias, namoramos e fazemos poesia.  
No mundo real temos a sensação da liberdade de escolher para onde vamos e com quem; usamos todos os cinco sentidos, da visão ao paladar; gosto, tato e olfato. Já no mundo virtual isso é quase impossível, fazemos uso apenas do tato com o teclado e  engendrar quem estaria do outro lado da tela, que nos seduz com belas   palavras, aguçando  nossa curiosidade e forçando nossa imaginação e fantasia.
Um dia sem ligar o PC dá uma sensação estranha, um vazio, uma carência, gerando impaciência e mal estar. Precisamos ler nosso blog, enviar e-mails, twittar, responder scraps, ver algum vídeo, entrar no msn, orkut, facebook, you tube, ufa! Podemos respirar? Pausa para um café, é possível? Será que nos tornamos robôs e escravos, presos dentro dele ou nesse mundo que não mais podemos nos desvencilhar?  Será que não podemos mais viver sem tudo isso? E a tão sonhada casa no campo como diz a letra de uma antiga música, foi para o espaço? Tornou-se apenas um sonho distante?
Tornamo-nos reféns da era tecnológica. Sem dúvida. As amizades, os amores hoje também pertencem ao mundo virtual, quase não saímos mais de nossa toca computadorizada. Os beijos e amassos esquentam nossos imaginários e no inverno é que sentimos, literalmente, falta de um cobertor de orelhas.  Tudo simplesmente ficou resumido a um espaço físico entre cadeira e a tela que nos conecta a tudo e a todos.  Virtualmente.
Não podemos nos esquecer de que a vida está acontecendo lá fora. Que tal se levantar e respirar ar puro, brincar com o animal de estimação, dançar, ler um livro, ver pessoas, tocá-las, abraçá-las, conversar, enfim, viver a vida real ao vivo e em cores que é mais formidável, caso contrário, poderá chegar um momento que seremos meros dispositivos ou extensão de nosso próprio sistema, do nosso computador.
Nem tudo do virtual é imaginário ou fantasioso; nem sempre criamos um personagem  para nós mesmos. Mesmo assim a vida real é a combinação perfeita desses dois mundos. Vida virtual num mundo real, ou mundo virtual na vida real? Não podemos nos esquecer de que há um limite e uma fronteira.  

Agora com licença! Preciso desligar o pc  porque alguém do mundo real me chama.

Beijos e flores!
Eunice Bernal

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