E voltando ao assunto poeta J.G.
J.G. de Araújo Jorge escreveu De Mãos Dadas, o segundo livro com a poetisa Maria Helena que ele prefere chamar de segundo volume. Neste, Maria Helena responde aos poemas do livro dele chamado Espera. Em carta a J.G. ela pediu a ele que este novo livro se mantivesse o título com um pequeno acréscimo: Appassionato. Realmente, neste livro a musa prolonga as notas líricas e passionais de "Espera...." , "A Sós...." e "Harpa Submersa", a tetralogia do Amor. E como já sabem, eles não se conheceram pessoalmente. Um oceano os separavam.
J.G. de Araújo Jorge escreveu De Mãos Dadas, o segundo livro com a poetisa Maria Helena que ele prefere chamar de segundo volume. Neste, Maria Helena responde aos poemas do livro dele chamado Espera. Em carta a J.G. ela pediu a ele que este novo livro se mantivesse o título com um pequeno acréscimo: Appassionato. Realmente, neste livro a musa prolonga as notas líricas e passionais de "Espera...." , "A Sós...." e "Harpa Submersa", a tetralogia do Amor. E como já sabem, eles não se conheceram pessoalmente. Um oceano os separavam.
Entretanto, como um maravilhoso arco-íris de belezas e de emoções, suas poesias fazem uma "ponte" , onde os dois se encontram " de mãos dadas" em duetos líricos e num diálogo de fantasias.
E vamos a duas poesias que escolhi dos amantes para que degustem:
Amor fora do Tempo
O tempo - esponja e inverno,
tédio e rotina,
epitáfio e adeus,
irremediável partida sem partidas,
destilaçãos de ausência -
para nós, é teia e amarra,
- fusão.
O tempo é que se ausenta
e à margem dele, restamos eternos,
dois a viverem
num coração.
J.G.
Amor dentro do Tempo
Que importam horas ou momentos?
A ti que importa o Tempo e a mim que importa,
Se hoje somos os líricos rebentos
De uma roseira morta?!
Se tanto nos queremos,
Se eu em ti moro e em mim tu moras,
Vai para além das horas que vivemos
O nosso amor sem horas.
Que faz que o mundo tenha muitas rotas,
Quando o caminho é um, longe de quaisquer vistas?
Se mudamos a mais humana das derrotas
Na mais divina das conquistas?
Se é certo que a alegria nos sobeja
E espedaçamos a neblina
E nos teus olhos tens os meus,
Deixa que o Tempo seja
Tédio e rotina,
Epitáfio e adeus.
De olhos enxutos,
Vivendo cada qual a sua arte
Na fé imensa com que nos amamos,
Pela estrada complexa dos minutos,
A Vida parte,
Mas nós ficamos.
Ficamos em certeza e valimento
Neste esplendor de Sol que nos invade.
Ficamos a jurar cada momento
Que o nosso amor, no coração do Tempo,
Fica a pulsar Eternidade.
M.H.
Se mudamos a mais humana das derrotas
Na mais divina das conquistas?
Se é certo que a alegria nos sobeja
E espedaçamos a neblina
E nos teus olhos tens os meus,
Deixa que o Tempo seja
Tédio e rotina,
Epitáfio e adeus.
De olhos enxutos,
Vivendo cada qual a sua arte
Na fé imensa com que nos amamos,
Pela estrada complexa dos minutos,
A Vida parte,
Mas nós ficamos.
Ficamos em certeza e valimento
Neste esplendor de Sol que nos invade.
Ficamos a jurar cada momento
Que o nosso amor, no coração do Tempo,
Fica a pulsar Eternidade.
M.H.
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