quarta-feira, 29 de junho de 2011

Obrigada por você existir

E respirar o mesmo ar
Viver sob o mesmo céu
Falar a mesma língua
Fazer parte da minha vida.
E.B.

Boxing books

Tempo de mudança...
Chegando...
Os clássicos 
Os ensebados 
Coisas  & Cia!
Rotina...
BIBLIOteca

A bagunça organizada...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Just words...

O importante não é o que se fala, mas como se fala. Faz a diferença!

O poder das palavras

De um amigo, por e-mail...


Letícia, Edith Carneiro, Edith Pessanha
Lucinha, Diva, Isabel, Eunice e Fernanda,
estes dias fui fazer uma palestra no curso
de Biomédica na UFRJ, sobre o tema
O Cinema e a Ciência,
Mostrei o filme de Alberto Cavalcanti,
Rien que les heures (As horas passam),
de 1926, há 85 anos.
É um documentário de 37 min que mostra
o contraste sobre o bonito e feio, o rico
e o pobre com cenas de prostitutas,
cafetões, desempregados, mendigos,
lixos, ratos, bêbados, etc.
Estive em Paris em abril e fiz umas fotos
de mendigos pelas ruas.
Todos tem um cachorro, pois com um animal
não podem retirá-los das ruas.
Os dois mendigos ajoelhados são de Praga,
na República Tcheca, numa posição mais
humilhante de pedir esmolas.
A montagem foi feita por Carlo De Luca.
Abração do Sergio Caldieri
*
Sérgio Caldieri é jornalista assessor do INEPAC e 1° Conselherio da ABI. Nós nos encontramos recentemente nesse evento, nesse projeto que acontece mensalmente no CCS, e ele foi nosso convidado de maio.

Agradeço ao querido amigo  pela maravilhosa palestra. Até breve. O filme de Alberto Cavalcanti que  ele cita  é uma relíquia do cinema INTERnacional, maravilhoso, por sinal. Eis uma parte, aprecie!



Gostei tanto dessa matéria  que ele fez sobre Paris que resolvi arranjar um cachorro vira-latas e ir para lá! Ahahaha...
E.B.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O verbo QUERER

Eu quero, tu queres, ele quer...

Tem dia que acordo querendo tanta coisa... querer ficar em casa é uma delas. Ficar na cama por mais tempo sem me preocupar com nada que possa estar acontecendo fora do meu quarto...
Quero conhecer Goiás,  nem sei por quê... Peru  e os mistérios de Machu Picchu, talvez, ou o exótico México, quem sabe? Ir para qualquer canto do planeta ficar fora por um mês, sem rumo e sem destino... descobrir algo novo e extraordinário...
Quero sentir o aroma da terra molhada em dia de chuva e quero caminhar descalça por entre a relva matinal...
Quero me sentar num banco num fim de tarde e ficar ali por horas, pensativa... contemplar o mundo, o horizonte...
Quero ver o revoar dos pássaros esnobando liberdade na imensidão do céu,
Quero os animais soltos correndo em bandos...
Quero ver a criança, brincado e alegrando os espaços...
Quero um jeans novo...
Quero tomar sorvete, me lambuzar...
Quero seu sorriso só pra mim...
Quero tudo. O que pode ser tudo, afinal? Exagero?
Quero organizar a minha vida, por exemplo, que está uma bagunça! Mais parecendo quarto de adolescente.
Quero reler alguns livros. Teria paciência para reencontrar o meu heroi em Os irmãos Karamazov? Senti saudades de tomar chá e jogar conversa fora com alguns personagens que povoam algumas obras em meus momentos... e em minha imaginação todos reunidos em um salão. Como estará o meu Odisseu? Metido em novas aventuras? E Bentinho conseguiu descobrir que a infidelidade de sua amada era fruto de sua imaginação? Cadê Orfeu?

Quero no fundo da minha alma reencontrar alguma coisa que perdi
Quero reencontrar alguma coisa que perdi no fundo da minha alma...
Resgatar e entender tudo para poder agora seguir em frente...

Quero reencontrar aquelas pessoas especiais em minha vida e que, de certo modo, acrescentaram emoção e paixão no meu modo de viver e de sonhar acordada, e poder dizer-lhes tudo o que elas representam para mim... antes que seja tarde.
Quero estar bem sempre, mesmo não sabendo o que acontecerá daqui a pouco
Quero algo novo que me dê ânsia maior de viver.
Quero alguém e mais ninguém.
Quero um novo amanhecer...
Quero fazer o outro feliz, nem sei como
E quero a alegria de viver sempre.
Eunice Bernal

terça-feira, 21 de junho de 2011

Minha avó me ama

Minha avó me ama

Esta noite eu tive um sonho.
Sonhei com um filme.
Um curta de aproximadamente seis minutos
Que devo ter visto em alguma mostra, isso me lembro
Acordei por causa desse sonho, por causa desse filme,
Por causa dessa história
Insônia pela madrugada...
Era estrangeiro, talvez de origem israelense
E lembro-me vagamente de alguma cena,
Se não me engano, uma única tomada
E duas personagens: uma idosa e uma adolescente.
As protagonistas: avó e neta.
A tomada era close na avó deitada, com expressão triste,
Adoentada e abatida, muitas leituras a partir daí,
Miséria, solidão abandono, infelicidade, guerra, luta, vida, desencanto, paz, amor...
Amor, uma palavra gasta... um sentimento roto...
Mas mágica.
Da menina, provavelmente em seus 14 anos, apenas ouvia-se a voz.
Duas personagens sem destino.
Ela, a menina constantemente questionava a sua avô:

“- Vó, você me ama?” – E a avó lhe respondia com doçura:
“- Eu cuido de você desde que você nasceu.” - E a neta insistia:
“- Vó, você me ama?” - E a pobre senhora lhe respondia com carinho:
“ – Nunca deixei te faltar nada.” - A menina não parava de fazer infinitamente a mesma pergunta:
“- Vó, você me ama?” - E a avó jamais deixava a criança sem resposta:
“- A minha vida inteira dediquei a você. Eu te dei casa, comida, carinho...
“- Vó, você me ama?” - Em nenhum momento se viu aquela senhora se abater, ou se irritar pela insistência da garota em querer tirar dela uma resposta. A garota perguntava insistentemente a mesma coisa o tempo todo.
“ – Querida neta, estou viva por sua causa.”
“- Vó, você me ama?” - Eis uma jornada vã e sem fim de amor numa situação sem esperança. Um amor imenso, tão grande, incondicional, capaz de ser expresso numa forma sem fim do que a menos e objetiva frase feita e gasta: “Eu te amo!” Há inúmeras formas de se dizer o quanto alguém é importante em nossa vida, o quanto ela é especial e o quanto nós a amamos do que a simples e universal frase de efeito. Talvez pensem que a frase que maior defina um sentimento verdadeiro ainda seja “- Eu te amo.” É impactante, não? Quem não gosta de a ouvir?
“- Vó, você me ama?” Nem sempre expressamos nossos sentimentos através de palavras, às vezes são através de atos e gestos;  talvez por medo, por timidez ou costume de criação, independentemente de ser certo ou errado, as pessoas desejam ouvir todos os dias o quanto elas são importantes, amadas e queridas em nossas vidas.
...
O filme é sublime, uma verdadeira declaração de amor.

E quanto a minha insônia... bem, deixe pra lá.
Karenina Rostov

Direção e Roteiro: Dana Tal
País: Israel
Ano: 2005
Curta: aprox. 6 min.

O filme ganhou o prêmio da Fundação Jerusalém para obra experimental em vídeo no Festival de Israel.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Isso é que é?

Amor, Medo e Coca-Cola

“Amor tem mais resultados do que medo”. Esta foi a conclusão a que chegou a Coca-Cola Company a partir de um estudo feito em 2010 sobre a situação do mundo e que levou a empresa a divulgar na mídia a mensagem: “Razões para crer em um mundo melhor.”

No amor não existe medo; antes o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” - I João 4.18

Os argumentos usados para a elaboração da campanha da Coca-Cola, que a levam a declarar que "Existem razões para acreditar em um mundo melhor", são centradas no homem  e refletem um tipo de amor meramente sentimental, um amor venal - que compara tanque de guerra com ursos de pelúcia; que compara a venda de armas com o consumo de Coca-Cola, entre outras comparações.

Ao verificar e divulgar que “Amor tem mais resultados do que o medo” transmite-se uma verdade. Cabe indagar: de que resultados essencialmente essa bebida está tratando?

E você, o que pensa dessa campanha? Qual é a sua opinião?
*
Beba Coca Cola

beba coca cola
babe         cola
beba coca
babe cola caco
caco
cola
          c l o a c a
Décio Pignatari
*
Às vezes eu babo, and you?
K.R.

sábado, 18 de junho de 2011

Os brutos também amam

Cartas de Amor de Napoleão Bonaparte a Josefina Bonaparte

“Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm afastado da vida da minha vida. No meio das mais sérias tarefas, enquanto percorro o campo à frente das tropas, só a minha adorada Josefina me ocupa o espírito e coração, absorvendo-o por completo o pensamento. Se me afasto de ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha amada.

E no entanto, na tua carta de 23, tratas-me na terceira pessoa, por Senhor! Que mazinha! Como pudeste escrever-me uma carta tão fria? E depois, entre 23 e 26 medeiam quase quatro dias: que andaste tu a fazer, porque não escreveste a teu marido?... Ah, minha amiga, aquele tratamento do “senhor” e os quatro dias de silêncio levam-me a recordar com saudade a minha antiga indiferença. (…) Isto é pior que todos os suplícios do Inferno. Se logo deixaste de me tratar por tu, que será então dentro de quinze dias?! Sinto uma profunda tristeza, e assusta-me verificar a que ponto está rendido o meu coração. Já me queres menos, um dia deixarás de me querer completamente; mas avisa-me, então. Saberei merecer a felicidade…

Adeus, mulher, tormento, felicidade, esperança da minha vida, que eu amo, que eu temo, que me inspira os sentimentos mais ternos e naturais, tanto como me provoca os ímpetos mais vulcânicos do que o trovão. Não te peço amor eterno nem fidelidade, apenas a verdade e uma franqueza sem limites. No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes.

Josefina: lembra-te do que te disse algumas vezes: a natureza faz-me a alma forte e decidida. A ti, fez-te de rendas e de tule? Deixaste ou não de me querer? Perdão, amor da minha vida. A minha alma está neste momento dividida em várias direcções e combinações, e o coração, só em ti ocupado, enche-se de receios…Enfada-me não te chamar pelo teu nome, mas espero que sejas tu a escrevê-lo.Adeus. Ah, se me amas menos, é porque nunca me amaste. Tornar-me-ias então digno de lástima." Napoleão

P.S. – A guerra este ano está irreconhecível. Mandei distribuir carne, pão, e forragens à minha cavalaria prestes a pôr-se em marcha. Os soldados patenteiam-me tal confiança que não tenho palavras para descrever-te. Só tu me causas desgostos. Só tu, alegria e tormento da minha vida. Um beijo aos teus filhos, de quem não me dás notícias. Ai, não! – levar-te-ia a escrever o dobro, e as visitas das dez da manhã não teriam o prazer de ter ver. Mulher!!!
*
Well, todas as cartas de amor são ridículas!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fábula fabulosa

A Fábula do Porco Espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.

Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornaram a se afastar uns dos outros.

Voltaram a morrer congelados e precisaram fazer uma escolha: desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.

Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.

MORAL DA HISTÓRIA

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades...

A fábula se divide em 2 partes:
1ª parte - a história (o que aconteceu)
2ª parte - a moral (o significado da história)

A origem da fábula perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo como fundador da fábula. Os seus textos: A Raposa e as Uvas, A Tartaruga e a Lebre, O Vento Norte e o Sol, O Menino que criava Lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.

Sendo um gênero que explicita modos devidos e indevidos de comportamento, atuando sobre o leitor numa perspectiva predominantemente ética, as fábulas não deixam de lhe proporcionar, no entanto, uma leitura, a um só tempo, crítica e prazerosa.
*
Fábula faz parte da grade curricular do plano de curso do 6° ano (Ensino Fundamental), é importante trabalhar com texto impactante, que faça muito barulho e traga bons questionamentos e resultados criativos, dando oportunidade e possibilidade do discente criar o seu próprio e desenvolver seu estilo. 

Bateu uma saudade da sala de aula... desde que chutei o balde, venho sentindo uma falta danada daqueles bons tempos, de turma lotada, principalmente das mais  barulhentas, do aborrescente, inquieto sempre se perguntando: quem sou eu afinal, adulto ou criança? E a aula em um formato lúdico levando o aluno a aprender a apreender brincando, respeitando e seguindo à risca as respectivas habilidades e competências.

Em fase de negociação com uma escola uns doze tempos semanais...

Aos poucos a vida entrando novamente nos eixos e o rio seguindo seu curso rumo ao mar. Até lá... 
E.B.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os Agentes do Destino

"O destino, como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho." Machado de Assis

Os Agentes do Destino - (Adjustment Bureau, 2011)

Os Agentes do Destino é mais um filme que me chamou a atenção pelo argumento inteligente, misterioso e instigante. Uma mistura de romance, religião, filosofia, aventura, misticismo e ficção-científica, tudo na dose exata. É baseado no conto The Adjustment Team, de Philip K. Dick com roteiro e direção de George Nolfi e já bastante cotado para se tornar um clássico moderno.

O filme conta a história do político David Norris candidato ao Senado interpretado pelo ótimo Matt Damon, fazendo campanha eleitoral pelos cantos da cidade, e que casualmente conhece dentro do banheiro masculino a simpática Elise Sellas, uma bailarina vivida pela atriz Emily Blunt, pela qual se apaixona. Só que a partir daí coisas estranhas começam a acontecer: o destino, literalmente, entra em ação, pregando-lhe uma peça, manipulando a todo custo a história de amor que mal está começando, a fim de que a mesma cumpra o seu destino, não se alterando pela livre escolha conforme o escrito no livro da vida de cada um, e que a união do casal não se concretize.

É aí que entra o genial da história: a religião e a ficção caminhando sutilmente juntos, se mesclando e fazendo crer que o destino está mesmo escrito, e no mundo é representado por um grupo de homens trajando paletó, gravata e chapéu, cuidando para que nada atrapalhe ou mude o já traçado, itinerário do casal. O grupo procura estabelecer regras ao congressista para que nada seja alterado em sua vida predeterminada, nem mesmo a religião para se meter ou ditar normas no que diz respeito ao livre-arbítrio; a sua musa seguindo carreira profissional de bailarina de sucesso e ele como político podendo chegar a presidente da república.

Os “agentes do destino” estão em todos os lugares e deveriam se portar como seres invisíveis agindo para que a sorte de cada um se cumpra, só que, por uma fatalidade do próprio destino do protagonista, o candidato ao Senado, é que  ele consegue ver esses seres por todos os cantos, e assim descobre que não pode manipular ou mudar o já traçado para si, isto é, Elise não deveria fazer parte de seus planos, de sua vida, e ele não poderia voltar a encontrá-la. Mas David reencontra sua amada Elise dentro de um ônibus, porque um dos agentes dormiu no ponto e deixou isso acontecer, alterando o destino de ambos. A partir daí, esses agentes passaram a ter mais cuidado e David perdeu o contato com sua amada por três anos, até que um dia, pela sua força de vontade, a reencontra na rua, entrando aqui a ação do livre-arbítrio.

O ponto culminante deste filme  é a perseguição ao casal pelos agentes por toda Nova Iorque usando os portais como atalho para que fugisse desse destino para eles traçado, e brinca com a percepção dos espaços de Manhattan, passando de maneira genial de um corredor apertado para o imenso estádio dos Yankees, a Estátua da Liberdade, as largas avenidas e outros pontos turísticos nos brindando com ótimas imagens. Eis um contraponto, uma singular releitura do filme Monstros S.A., um imensa fábrica de sustos existente que constrói inúmeros portais que levam os monstros para os quartos das crianças.

O veterano e charmoso ator Terence Stamp dá um tom especial ao filme, agindo como o chefão do grupo. Outro ator de destaque neste filme é Anthony Makie que ficou bem conhecido pela sua ótima atuação em Guerra ao Terror. Makie atuando como o agente Harry Mitchell dividido entre seu trabalho e seus sentimentos de solidariedade, e no ponto de virada ajudando o casal a tornar o relacionamento e esta história em ‘happy end’.  "Tudo deve seguir de acordo com o plano" o plano desses agentes é que  "não pode fugir do teu destino".

E quanto ao livre-arbítrio? Bem, como é um assunto, digamos, de cunho religioso, comento aqui apenas como forma de ilustrar a história do filme.

O destino do homem já vem traçado ou é ele é que faz? E quanto ao livre-arbítrio? Assunto polêmico, não? Bem... bem explorado neste argumento. Digamos que o destino de Judas seria trair o filho de Deus com um beijo, e ele se quisesse poderia optar não ter feito isso, teria o livre-arbítrio; a prova disso é o seu arrependimento; Diversos textos bíblicos provam que o ser humano possui a liberdade de escolha. A Bíblia diz que o homem possui certa “liberdade” de escolha, mas não específica o quanto ele tem de livre-arbítrio. O livro sagrado está recheado de citações que confirma o tema livre-arbítrio, como, por exemplo em:

Apocalipse 3:20: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém abrir...”.
João 6: 37: “O que vem a mim não o lançarei fora...”.
Isaías 28:12: “ao qual disse: Este é o descanso, daí descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir”.
Mateus 25:45: “Então lhes responderá: Em verdade vos digo que sempre que o deixastes de fazer a um destes pequeninos, a mim o deixastes de fazer”.

Independentemente dos assuntos polêmicos abordados na história, vale a pena conferir este romance pela ótima direção, fotografia, atuações e locações.

Bem, agora é com você que tem o livre-arbítrio de escolher assistir ou não a este filme delicioso filme!
Karenina Rostov

Os Agentes do Destino - (The Adjustment Bureau, 2011)
Gênero: Thriller
Duração: 106min
Origem: EUA
Direção: Geroge Nolfi
Roteiro: Geroge Nolfi
Produção: Geroge Nolfi, Bill Carraro, Michael Hackett, Chris Moore
Atores: Matt Damon, Emily Blunt, John Slattery, Terence Stamp
*



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Harry and Sally

Cena de cinema antológica

A mulher é uma fingidora
Finge tão completamente
Que chega a fingir coisas
Coisas que nem sempre acontecem...
K.R.

*

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Paradoxos?

Eu também sei matar... (2)

Brinca um amigo meu: mato sim, quem está querendo me matar!
Mato a minha fome com um delicioso churrasco 'bato um pratão'!
Mato também a fome de nosso amor... você sabe como...
Mato a sede com um delicioso copo de água,
Com limonada, sucos... com fluídos de seus beijos...
Mato a preguiça em uma confortável rede ao vento
Mato a ansiedade e todas as minhas vontades...
Mato a saudade e mato os meus desejos...
Às vezes, mato o tempo ficando de pernas pro ar...
Isso é bom, não? Faz bem para a alma...
E mato o calor, a caminho do mar, quando ele incomoda
Mato de alegria a pessoa querida
E mato de beijos, abraços, afagos e amassos
A pessoa que mais amo na vida... VOCÊ!
Que tal? Quer matar suas vontades comigo?
Porque amanhã pode ser tarde
A gente pode não estar vivo o suficiente
Para ser cúmplice dessa pequena história...
***
E temos um álibi perfeito conspirando a nosso favor:
A vida.
Eunice Bernal

No escurinho do CINEMA


Vinheta do Pinguim

Vinheta vencedora no concurso "Campanha do Silêncio" promovido pelo Cine Humberto Mauro em set / out 2006 - 1º lugar.

O CCBB-Rio veinculou esta vinheta em suas salas de cinema. Aplausos para o criador do filme pela sua mensagem educativa e pelo charme, e também ao centro cultural pela iniciativa.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma Carta de Amor

Uma Carta de Amor


Você me pede uma carta de amor. É difícil que ela não seja banal. Ou que não seja triste. Ou que não seja lúcida. Preferia dizer “te gosto”, simplesmente. Você faz cara de tristinho, e pede mais.

Te amo, pelo que você é, mas também pelo que eu sou quando estou com você.

Te amo, não somente pelo que você fez de você, como pelo que você está fazendo de mim.

Te amo, pela descoberta que você fez da melhor parte de mim mesma. E também por você ter entrado no meu coração e ignorado os caprichos, as fraquezas, as limitações, as fantasias, ter trazido à luz um mundo de coisas lindas que eu mesma ignorava. Te amo, por você ter entrado no meu corpo e me delimitado de norte ao sul, de este a oeste, e de ter feito meus sentidos vibrarem como uma orquestra. Eu te amo, e cada dia é como se fosse uma vida inteira. E eu te amo pelas mil vidas que você me dá.

Te amo, sei lá, porque às vezes você me faz sentir-me criança, e porque você fez por mim mais do que qualquer criatura faria para que eu fosse boa e qualquer destino para que eu fosse feliz.

E tudo isso, simplesmente, sendo você.

Te amo com uma ternura inadequada. E te quero com exclusividade. Com desprendimento, com desespero, e com paz.

E amo o menino que há em você.
E o homem.

Amo sua posse. Ela vem devagarinho. Como o mar. E me sinto uma praia pacificada.
Amo até, que doidice, o teu desamor.

Esse esfacelamento que cada ausência tua fez de mim. Essas ausências estão com você, são pedaços de mim, calçados em ti como feridas.

Cada limite do teu corpo, meu amor, tem um caco de mim. E eu tenho ciúmes desses cacos.
Era a minha intimidade, minha virgindade. NÓS, meu amor, sou eu. Você, é o que eu rio, o que eu choro, cada gota de água que eu bebo.

Te amo, meu amor, por aquele botequim que a gente sentava e eu vendo tuas mãos, aquelas mãos fortes de que eu conheço todos os detalhes.

Te amo pelos nossos risos nervosos, pela cicatriz dos teus beijos no meu corpo, por aquele abraço de surpresa pelas costas, o cheiro na nuca que não era cheiro, era carinho. Carinho demais da conta.

Lembra daquela noite? Daquela... foram tantas, né? Aquela do sofá que eu tava com medo que acabasse, que você não viesse no dia seguinte, que você me deixasse.

Você jurava que não. Mas isso acontece, bobo. A gente se deixou. E você pede carta de amor, assim de bobeira, não é? Ou por que é? Naquela noite eu quis fazer de você uma massa, uma forma, uma pedra, um cais, uma cruz. E me pregar nela.

Com você.

Amor tem dessas coisas, bem. A gente vai se dando, se dando, e acaba esquecendo do choro, da mágoa, das esperas, dos ressentimentos. Fica tudo uma coisa só. Poderosa. Massacrante. Indestrutível. Fica aquilo queimando dentro da gente. Ardendo. Como um fogo que não se apagasse mais.

Te amo. E te perdoo. Os cacos, as cicatrizes, aquela dor tão grande de te perder, deixa isso pra lá.

Valeu a fissura que hoje eu sou. Uma fissura só. Valeu, amor, por tudo que eu quis e você não soube.

Sobretudo isso.
Marisa Raja Gabaglia - do livro: CASOS DE AMOR
*
Carta de amor maravilhosa, não acha? Como gostaria de escrever BONITO assim...





Hitchcock


Mostra de filmes de Alfred Hitchcock - Retrospectiva completa no CCBB do Rio de Janeiro entre 1° de junho e 14 de julho. A melhor do ano!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Don Quixote - Na Ilha de LOST (6)

Minhas pompas são as armas meu destino pelejar... D. Quixote, I – II

Don Quixote
Nas Bodas de Camacho


A Aventura da Ópera

Don Quixote é um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial. Genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547 – 1616), o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets.

Abrindo o projeto Ópera na UFRJ em 2011, trazendo ao público carioca a primeira produção brasileira de Don Quixote nas bodas de Camacho, do compositor barroco alemão Georg Phillip Telemann, cujo libreto de Daniel Schiebeler baseia-se em uma das passagens mais famosas da obra de Cervantes.
*
Nunca li Don Quixote, mas depois que assisti a essa ópera fiquei encantada. A história tem um caráter cômico, acentuado pelo antagonismo dos dois personagens principais, onde a figura mundana e realista de Sancho Panza se contrapõe ao altivo e delirante Don Quixote no ambiente rústico de uma celebração de casamento ao ar livre.

Formidável! Espero ganhar o livro de presente. Quem sabe...
K.R.