quarta-feira, 30 de junho de 2010

Analogias Cinematográficas

Agnes de Deus X O Milagre
 Agnes de Deus

Agnes de Deus é um filme que conta a história de uma freira enclausurada num convento e, de repente, aparece grávida. Ela se diz tocada por Deus e a criança fruto do Espírito Santo. Sua gravidez é mantida em segredo para evitar que "o escândalo" se torne público. Em vão. Após ela dar à luz, o recém-nascido é encontrado morto  por estrangulamento numa lixeira, e torna-se caso de polícia.

Um tema polêmico baseado numa peça teatral de John Pielmeier que também assina o roteiro.

O Milagre

O milagre é a história de uma mulher pobre e solitária moradora de uma aldeia do interior da Itália que é seduzida por um pastor de ovelhas e que ela pensa ser um santo: São José. Ela aparece grávida e a aldeia toda fica sabendo e, por isso, é humilhada, ofendida e perseguida por todos. Ela foge e consegue entrar numa igreja abandona e ter o seu bebê.

Roberto Rosselini dirigiu este filme em 1947 sob o título ‘O Amor’, tornando-se uma referência clássica do cinema italiano; dividido em dois episódios; este milagre seria o segundo. Ambos estrelados pela atriz Anna Magnani bem conhecida do Roma, Cidade Aberta. Musa do diretor com quem teve um turbulento relacionamento encerrado quando Rosselini a trocou por Ingrid Bergman.

O Argumento de O Milagre é de Federico Fellini que atua no mesmo como o santo do pau oco, São José.

O argumento do primeiro episódio 'O Amor' é de Jean Cocteau. Trata-se de um drama, um sentimento mal resolvido entre um casal, porém, só quem aparece em cena é la donna. Um monólogo mostrando a protagonista bastante inquieta em sua casa, ao lado do telefone por longo período aguardando, ansiosamente, contato do companheiro que por sinal liga várias vezes. Conversam demoradamente por esse canal  até que ele põe um ponto final no relacionamento. A última coisa que ainda os uniam era o fio telefônico. Seria autobiográfico?

São pequenos devaneios que remetem uma história a outra  -   O milagre e Agnes de Deus e seus respectivos  temas revisitados, como a religiosidade, castidade, santidade, ingenuidade,...  recheados de metáforas e mensagens pertinentes, fonte inesgotável de toda boa obra.
K.R.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Derrubando os Muros...


Muralha da China

Muro das Lamentações

Muro Social separando a Favela da Zona Sul

Muro de Berlim

Muro do Preconceito

* Faltou o muro da discórdia..

domingo, 27 de junho de 2010

Por aí...

Foto E.B.

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. E quando a gente encontra um dois em um?
Por acaso descobri essa ontem na companhia de um amigo nas minhas andanças por aí.
Eis o que ando fazendo com o tempo que me sobra...

sábado, 26 de junho de 2010

Quebrando o Gelo




"Ivo viu a uva." Diz a cartilha do aluno. Muito criticado por educadores dizendo que Ivo, morador do Nordeste nunca viu ou verá uva, que o método de alfabetizar nesses moldes, estava ultrapassado.

Muitas coisas que NUNCA se verá e isso não implica em nada saber da sua existência, seu formato, seu sabor, sua fronteira... muito menos  no mundo atual que tem-se excesso de informação. Divergência à parte, nem mesmo sendo como São Tomé.

Um texto que gosto muito de usar nas primeiras aulas do ano letivo é o AUTO-RETRATO (antes da reforma ortográfica) de Graciliano Ramos, como forma lúdica de descontrair e quebrar o  gelo, e depois, cada um fazendo o seu próprio em sala de aula, uma forma do aluno se apresentar.

Foi nesse texto que conheci a cidade do autor QUEBRÂNGULO - AL. Nunca estive lá, nessa terra, mas soube da sua existência pela literatura. O que me deixou triste nesta semana é ter notícia da ilustre cidade e sua tragédia. Como diz a manchete de um certo jornal: 'O nosso Haiti é no Nordeste', que infelizmente não está errado. A catástrofe em Alagoas e em Pernambuco varreu do mapa várias cidades pela fúria das águas; pessoas, a cultura, a memória e o patrimônio do país desapareceram em questão de segundos.  
Enquanto o mundo se delicia com a Copa, essa notícia nada boa acontecendo para desestabilizar nossos momentos felizes. Sinto pela memória do escritor e deixo aqui o auto-retrato dele que representa um pouco o meu , o seu e de todo  o povo brasileiro.
*****
Auto-retrato aos 56 anos – Graciliano Ramos

Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas.
Casado duas vezes, tem sete filhos.
Altura 1,75.
Sapato n.º 41.
Colarinho n.º 39.
Prefere não andar.
Não gosta de vizinhos.
Detesta rádio, telefone e campainhas.
Tem horror às pessoas que falam alto.
Usa óculos. Meio calvo.
Não tem preferência por nenhuma comida.
Não gosta de frutas nem de doces.
Indiferente à música.
Sua leitura predileta: a Bíblia.
Escreveu “Caetés” com 34 anos de idade.
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados.
Gosta de beber aguardente.
É ateu. Indiferente à Academia.
Odeia a burguesia. Adora crianças.
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz.
Gosta de palavrões escritos e falados.
Deseja a morte do capitalismo.
Escreveu seus livros pela manhã.
Fuma cigarros “Selma” (três maços por dia).
É inspetor de ensino, trabalha no “Correio do Manhã”.
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo.
Só tem cinco ternos de roupa, estragados.
Refaz seus romances várias vezes.
Esteve preso duas vezes.
É-Ihe indiferente estar preso ou solto.
Escreve à mão.
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio.
Tem poucas dívidas.
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas.
Espera morrer com 57 anos.

(Morreu aos 60 anos.)

Solidariedade neste momento é importante, ajudando as vítímas com doações de alimentos e água.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Curiosidades Cinematográficas

O mundo  real é tão surpreendente quanto o ficcional. É apenas uma linha tênue que separa ambos. Cada um com suas nuances.  Há elementos que pertencem apenas ao da fantasia e que podemos facilmente decodificá-los. Lembrei-me de um que achei pertinente comentar para não cair no esquecimento e ajudar a buscar na lembranças aos poucos outros.

 Um deles, figurinha fácil no da ficção, muito conhecido no gênero terror é o representação da morte  que às vezes vem ilustrado por uma figura caricata fácil de se reconhecer. Ela é usualmente esquelética trajando uma manta negra com capuz e segurando uma foice.

Porém há um filme que me deixou intrigada quando usou deste artifício de representá-la com vestimenta branca.  Achei  instigante e me fez pensar a razão dessa nova representação, e qual seria o seu objetivo. Não é dificil adivinhar o motivo dessa nova representação para a morte depois de se saber quem é o autor. Não vou dizer que filme é para não estragar a surpresa, mas  deixo a imagem para você tentar descobrir.

Tá fácil, não?

Poderia-se pensar também qual é a razão dessa inovação. Se quiser tentar responder também essa segunda, não faça cerimônia!

Nem tudo é o que parece ser.
Karenina Rostov

terça-feira, 22 de junho de 2010

A Semana da Poesia & outros


PERGUNTARAM-ME

O que significa viver?
Existir
Ou pensar?
Persistir
Ou
Penar?
Osmar, obrigada você por ser meu amigo e por ser essa pessoa especial.

A SEMANA DA POESIA

Na Segunda, ela é o mistério,
Na Terça, a inspiração
Na Quarta ela é o encanto
E na Quinta, a imaginação
Na Sexta ela é toda poesia
E no Sábado descansa
Para ser no Domingo
A utopia...
E.B.

domingo, 20 de junho de 2010

Como estou Digerindo 2 ?


Publicidade inteligente essa aqui da marca de picolé ITÁLIA. Não se esqueceram do Logotipo, do Telefone, e do principal, o cuidado com o meio ambiente, utilizando madeira de reflorestamento.

A natureza e eu agradecemos.

O picolé vem sendo distribuido nos eventos do Caixa Cultural - RJ.  

sábado, 19 de junho de 2010

Blow Up

Blow Up  - Depois daquele Beijo


E dando prosseguimento ao curso Diálogos na Tela, que já comentei aqui, sobre  a História da Arte em filmes e palestras, trouxe na data de hoje uma película extraordinária da década de 60 que vale a pena rever,  num telão, de preferência. É maravilhoso para se entender a linguagem da fotografia, revisitar o laboratório fotográfico, a sala escura da revelação, cópia e ampliação hoje pós-polaroid, na era do digital, isso é coisa do arco da velha, a nova geração desconhece, não saberia que a expressão "queimar o filme" vem daí.

Blow Up - é dirigido por Michelangelo Antonioni no ano de 1966 - Tendo o título traduzido em Depois Daquele Beijo.

Em inglês Blow up tem duplo sentido: ampliar fotografias a partir dos antigos negativos analógicos e explodir. A ampliação das imagens até o limite do grão da película fotográfica é como uma explosão do visível, desintegrando-se e desfragmentando-se. Blown up é também carregado de múltiplos outros significados. Pode ser também explosões que trespassam a cultura pop, o consumismo, o exagero. ..

O roteiro é adaptação livre do conto Las babas del diablo do escritor argentino Julio Cortazar, tendo como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e um pouco depois dela. É a história de um fotógrafo de famosos, de modelos principalmente, e ele tenta desvendar através de ampliação de algumas  fotos que fez casualmente de um casal namorando num parque, um detalhe que aparece nelas e que lhe chama a atenção: Descobre um cadáver e deduz se tratar de um assassinato. 

O início de Blow UP me fez lembrar de A Fábrica dos Lumière. Foi uma revisita, I think so. O filme é quadro a quadro a representação de imagens fotográficas, poses de um grupo de modelos, encenações, mímicas, o melhor ângulo da paisagem ou em seu estúdio sempre contrapondo a linguagem fotográfica à pintura. O filme não tem uma trilha sonora. A preocupação aqui é exclusivamente a comunicação por imagens.  

A fotografia  deste filme é de David Bailey no papel do fotógrafo Thomas (David Hemmings).
K.R. 

***
E eis algumas fotos famosas de David Bailey
 
Michael Caine (É uma das poses mais copiadas) 

   Catherine Deneuve - Nada a esconder...
Bailey em seu estúdio


Catherine Deneuve - Top Model

Paul and Lennon
 Jagger

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Homenagem Póstuma

“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome
Essa coisa é o que somos.”
José Saramago

Suspirou de alívio ao ouvir o ruído do elevador descendo. Num gesto maquinal, sem se lembrar do estado em que se encontrava, afastou a tampa do ralo da porta e espreitou para fora. Era como se houvesse um muro branco do outro lado. Sentia o contacto do aro metálico na arcada supraciliar, roçava com as pestanas a minúscula lente, mas não os podia ver, a insondável brancura cobria tudo. Sabia que estava na sua casa, reconhecia-a pelo odor, pela atmosfera, pelo silêncio, distinguia os móveis e os objetos só de tocar-lhes, passar-lhes os dedos por cima, ao de leve, mas era também como se tudo isto estivesse já a diluir-se numa espécie de estranha dimensão, sem direcções nem referências, sem norte nem sul, sem baixo nem alto. Como toda a gente provavelmente o fez, jogara algumas vezes consigo mesmo, na adolescência, ao jogo do E se eu fosse cego, e chegara à conclusão, ao cabo de cinco minutos com os olhos fechados, de que a cegueira, sem dúvida alguma uma terrível desgraça, poderia, ainda assim, ser relativamente suportável se a vítima de tal infelicidade tivesse conservado uma lembrança suficiente, não só das cores, mas também das formas e dos planos, das superfícies e dos contornos, supondo, claro está, que a dita cegueira não fosse de nascença. Chegara mesmo ao ponto de pensar que a escuridão em que os cegos viviam não era, afinal, senão a simples ausência da luz, que o que chamamos cegueira era algo que se limitava a cobrir a aparência dos seres e das coisas, deixando-os intactos por trás do seu véu negro. Agora, pelo contrário, ei-lo que se encontrava mergulhado numa brancura tão luminosa, tão total, que devorava, mais do que absorvia, não só as cores, mas as próprias coisas e seres, tomando-os, por essa maneira, duplamente invisíveis.
Ensaio Sobre a Cegueira

Como estou Digerindo?

Já dizia o meu avô, filósofo de botequim: cuidado com a ambiguidade!

 Publicidade inteliGENTE....

O novo modismo alimentar é a RAÇÃO HUMANA.


Ração humana?
Parece...
Então, gostaria de provar... sabor russO ou italianO.

Ração PARA humanos... seria menos indigesto?
Prefiro fruta no pé. Nutre Mais. I Know.
K.R.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Do Grotesco e do Sublime



Tradução do Prefácio de Crowell

Para se entender o MUNDO da literatura, primeiramente é necessário ser apresentado a Vitor Hugo.

Literatura é magia, ficção realidade, mistério, feio,  belo e muito mais e mais e mais e TUDO.
Vitor Hugo aceita o grotesco como polo complementar do sublime em sua arte.
Depois dele, a compreensão de qualquer obra torna-se pratica e simples, um manto diáfano... 

"Do sublime ao ridículo há apenas um passo", dizia Napoleão, quando se convenceu de que era homem; e este relâmpago de uma alma de fogo que se entrabre, ilumina ao mesmo tempo a arte e a história, este grito de angústia é o resumo do drama e da vida.

Coisa surpreendente, todos estes contrastes se encontram nos próprios poetas, tomados como homens. À força de meditarem sobre a existência, de fazerem ressaltar sua pungente ironia, de lançarem abundantemente o sarcasmo e a zombaria sobre nossas enfermidades, estes homen que tanto fazem rir se tornaram Heráclitos, Beaumarchais era tristonho, Molière era sombrio, Shakespeare melancólico.

É, pois, o grotesco uma das supremas belezas do drama. Não é só uma conveniência sua; é frequentemente uma necessidade. Algumas vezes chega em massas homogêneas, em caracteres completos: Dandin, Prusias, Trissotin, Bridóison, a ama de Julieta; algumas vezes marcado pelo terror, como: Ricardo III, Bégears, Tartufo, Mefistófeles; algumas vezes mesmo, velado pela graça e elegância, como: Fígaro, Osrick, Mercutio, D. Juan. Infiltra-se por toda parte, pois da mesma forma que os mais vulgares têm várias vezes acessos de sublime, os mais elevados pagam frequentemente tributo ao trivial e ao ridículo. Portanto, frequentemente inapreensível, frequentemente impecptível, sempre está presente no palco, ainda quando se cala, ainda se oculta. Graças a ele não há impressões monótonas...

E tantas coisas mais retidas na memória, reencontramos sem nenhuma razão em momentos vãos...
Para se entender a arte literária, esta receita não basta. Mas ajuda.
K.R.

O primeiro GOL a gente nunca esquece

MA-RA-VI-LHO-SO!
O lateral-direito Maicon foi o autor do primeiro gol brasileiro no Mundial 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Unas Fotos en la Ciudad de Sylvia


“Ana, meu amor, eu vim ao Rio para te achar.” Quem passa pela Rodoviária Novo Rio, deve conhecer esta frase. Trata-se de uma pichação antiga, e por alguma razão ninguém apagou, está lá até hoje, em uma das pilastras da avenida ao lado e não tem como não deixar de ler.

Fico pensando nessa romântica história toda vez que passo por ali. Imagino Ana e concluo que é uma pessoa de sorte. Alguém deixar tudo para trás, em outra cidade, para vir procurá-la. Só pode ser um louco, muito apaixonado (coisa rara hoje em dia, parece história de novela mexicana) mesmo que seja um amor não correspondido, uma relação platônica que nunca será completa, mesmo que o rapaz nunca encontre a sua amada, é uma felicidade pessoal ter um sentimento idealizado dentro da gente independente, se haverá reciprocidade, se um terá o mesmo amor pelo outro, ou um completará o outro como a história da outra metade da laranja perdida por aí. Acredito ser um verdadeiro tesouro e relacionei com um filme que recentemente assisti, que me fez ligar os pontos entre ambas.

Não sei, nem imagino que fim levou essa história: Ana foi encontrada? Quem é o rapaz que fez essa viagem em busca do amor? Nunca terei essa resposta, torço para que o cupido esteja comprometido até a última peninha aí, e que o destino tenha armado uma cilada para que sua missão tenha um happy end.

E o filme que me fez associar ambas nos faz viajar ao túnel do tempo da descoberta dessa linguagem artística. No princípio era a fotografia e a fotografia se fez filme e do filme inventou-se o CINEMA. É um filme catalão que achei super instigante e original, dando um enfoque narrativo completamente diferente de tudo que conhecia do mundo cinematográfico e de que se tem conhecimento, no meu entender, claro! O título é UNAS FOTOS EM LA CIUDAD DE SYLVIA. É uma produção espanhola de aproximadamente 67 minutos, e pode-se associar o roteiro a uma obra de ficção ou a um documentário. Ou seria real e fantasia? Mesclam-se todas as categorias que se sabe de cinema. A proposta é totalmente inovadora e meio doida de se “fazer arte”. O dono da idéia é o espanhol José Luis Guerin, que estava presente no evento (uma mostra do cinema catalão que aconteceu no RJ) para falar e divulgar suas produções entre outros diretores inclusive participando como palestrante e que na sua concepção questiona a própria linguagem do cinema. Parece tratar-se de reinvenção, recriar e pensar como tudo começou, lá pelos idos Irmãos Lumière e Thomas Edison.

O filme é uma espécie de diário filmado. É a história de um homem que volta 22 anos depois a Estrasburgo, cidade onde conheceu uma mulher de nome Sylvia, que só viu uma única vez e por quem se apaixonou.

O título já deixa claro qual a proposta do diretor ao fazer esse filme UMA FOTOS NA CIDADE DE SYLVIA. Os 67 minutos são contados por fotos em preto e branco. Às vezes seqüenciada do mesmo assunto, possibilitando “visualizar” o movimento, como por exemplo, o ventilador de teto ligado, os passos de uma mulher, movimento labial etc.

As fotos em preto e branco, para dar idéia de um tempo passado, captados pela câmera fotográfica do próprio diretor registrado pequenos detalhes como se fosse abrir um diário de anotações de um turista, e começar a narrar tudo através de mapas, ruas hotéis, chaves, objetos pessoais, situações, expressões, desenhos, acompanhando, milimetricamente, todos os passos de todas as mulheres que ele, o protagonista, se é ele próprio ou o eu-poético? (Xavier Lafitte) trafegando pelas ruas da cidade de Estrasburgo em busca de um rosto. 22 anos depois ele volta a procurar essa mulher de nome Sylvia que viu uma única vez.

Acredite! É exclusivo, diferente de tudo. Esta obra certamente foi feita para despertar o público do sono profundo e da mesmice, num foco expressivo, estimulando o sentido visão, “o olhar para ver”.

O filme, repito, tem pretensão de documentário, porém, é pura imaginação, confundindo-se com o real. É um diário em formato de álbum de fotos, em que ele forma a história dela, da suposta Sylvia. Ela pode ser qualquer mulher; pode ser até mesmo uma personagem da literatura, como Beatriz, de Dante Alighieri, por exemplo.

A genialidade da história não para por aí. Não se contentando, o diretor fez um outro filme Chamado NA CIDADE DE SYLVIA. Este com atores, colorido, mas quase sem diálogo tão interessante quanto o primeiro.

Ele vaga por muito tempo pela cidade que agora se chama NA CIDADE DE SYLVIA a fim de encontrar um rosto de mulher que jamais esqueceu (ou será que se esqueceu, por isso vê Sylvia em todas as mulheres daquela cidade?) um rosto que viu uma única vez e foi amor à primeira vista para tentar encontrá-la. Enquanto percorre as ruas da cidade, contempla as mulheres que cruzam seu caminho, e imagina como seria hoje o rosto daquela que nunca esqueceu e que tanto ama? Rugas, envelhecida, outro corte de cabelo, outro andar, outro tipo físico, outro olhar... hoje aquela que quer tanto encontrar. A procura o leva para outras cidades e, em todas ele encontra novos rostos e novos signos a evocar a mulher ausente.

 Enquanto ele vaga pelas ruas, encontra Sylvia, sua mulher idealizada, nos passos de uma, olhar de outra, delicadeza das formas, no andar, no cabelo, no semblante, enfim, ela está presente em todas.

E vai registrando cada uma dessas mulheres que encontra pelo caminho.

O filme é literalmente uma viagem sem volta. Retrocede cento e poucos anos, no tempo, época dos irmãos Lumière e utiliza uma série de signos linguisticos novos nada convencional, uma nova forma de pensar e fazer cinema novo por meio das condições de realidade arriscando novas fronteiras.

Será que ele encontrou Sylvia? Ela existe ou é pura imaginação?

Talvez nenhuma delas seja real, mas sempre me causa uma reação positiva, uma alegria, um sentimento que agrada a minha alma.

Como faço curso aos sábados, não deu para ficar para a palestra pois estava meio cansada, mas deixei com um amigo a missão de perguntar ao diretor o seguinte:

- E então, o senhor encontrou a sua SYLVIA?

Estou até agora sem saber se meu amigo conseguiu fazer a pergunta. Quando souber, conto aqui.

Existe uma possibilidade de ser uma história real como a de ANA daqui do Rio de Janeiro e que está registrado até hoje para quem quiser ler.

Cotação: *****

Karenina Rostov

Não é a minha praia, mas...

Deu para tietar Pedro Mial, repórter e gato...na sexta-feira no meu trabalho.

Como ele dirigiu um filme do conto de Guimarães Rosa e como fez parte  do grupo CEP 20.000 criado por Chacal, não custa nada deixar registrado.

Pedro Bial apresenta conferência na UFRJ Dia 11 de junho, o Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (ICB) promove a conferência “TV e você: Um sistema caótico” proferida pelo jornalista e apresentador Pedro Bial. O evento faz parte do ciclo de Conferências Vesalius, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfológicas do ICB. A apresentação ocorre às 15 horas no auditório do bloco F no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ (CCS)
_______________________________

Outras Estórias é um filme brasileiro, do gênero drama, inspirado em contos de Guimarães Rosa, dirigido por ele, Pedro Bial.

Sinopse:
A ação se passa em uma cidadezinha do interior de Minas Gerais. A cidade só pensava no enterro do terrível marginal que morreu pelas mãos de uma rapaz agindo em legítima defesa. Todo mundo está esperando pela vingança dos três irmãos do falecido: a morte do assassino. Durante o velório, as pessoas lembram histórias da vida do bandido e o funeral termina em um inesperado anticlímax.

Se conselho fosse bom, não se dava de graça, mesmo assim, aconselho: MANTENHA À DISTANCIA deste filme! Ahahahaha....

E alguns de seus pensamentos e poemas:
***
O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física é a inteligência. Tanto que revista de homem nu só vende para gays.
***
A verdade é tão preciosa que precisa de tantas mentiras para não ser revelada
***
Reconhecer os próprios erros não é humildade, não. Reconhecer e aprender com os próprios erros é ambição.
***
Poesia não dá camisa.
Mas quando o poeta tem uma musa,
não precisa de blusa,
vive de brisa.
***
Quem não é humilde por natureza, tem que ser humilde por esperteza
***
Faça o que fizer, não se auto-congratule demais, nem seja severo demais com você.
As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo.
É assim pra todo mundo.
***
Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.
***
Dedique-se!

Pedro Bial - Repórter e gato.

Deu para dar um alô a ele,  um aperto de mão, beijos e flores.
K.R.

sábado, 12 de junho de 2010

Manuscrito


(Reconheceu a letra? Não?  Descubra, se for capaz,  quem é o autor do texto acima que já se preocupava com a natureza,  com questões ambientais e  ganhe uma Passagem para a Índia.)

O Brasil é tudo o que resta,
Cadê as matas, o verde, o vale
E os povos da floresta?
Apenas estrangeiro neste país
Não conhecendo Oiapoque
Muito menos Chui.

Onde mesmo fica a tal  Floresta
Citadas em canções e histórias 
Talvez em velhas memórias
Que  ontem e hoje
ainda se orquestram? 

Voltemos aos livros
A fábula de Pindorama
A terra das mil palmeiras
Lá a natureza está salva
Cá, o que nos resta salvar?
E.B.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Apenas poesia...

... e eu há anos namoro este poema, há tempos namoro este poeta, e o namoro deve durar a eternidade e um dia.



TER OU NÃO TER NAMORADO? EIS A QUESTÃO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrimas, nuvens, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, namorado mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira; basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim não tem nenhum amorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria e drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinicius de Moares ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; da ânsia enorme de viajar para a Escócia de avião ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não descobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show de Milton Nascimento, bosques, ruas de sonho ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu amado ser paquerado.

Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.

Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com as margaridas ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA!!!
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa 2010

Preparem os ouvidos
Vai começar a barulheira!
***
Notícias da Copa.
Vuvuzelas  estão proibidas na festa de abertura da Copa do Mundo
Com medo de atrapalhar os shows musicais, a organização da cerimônia desta quinta-feira vetou a entrada das barulhentas cornetas
 
A Vuvuzela é uma corneta de cerca de um metro de comprimento, usualmente usada por torcedores em jogos de futebol na África do Sul. A origem do nome é controversa. Pode provir da palavra Zulu para "fazer barulho", a partir da "vuvu" som que faz, ou de gírias locais relacionadas à palavra para "chuveiro."
Fonte: Wikipédia
 
Por mim, não tem problema!!! Tudo é festa.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Sétimo Selo de Bergman Revisitado...

... numa propaganda da Mercedes Benz. Achei a ideia inteligente, sofisticada e genial. Para se vender um produto hoje em dia, tem que caprichar! Uma máquina dessa até eu compraria, Ahahahah...




http://www.youtube.com/watch?v=XJM8DlbT9dk&NR=1

terça-feira, 8 de junho de 2010

Até quando?



Você já viu isso em algum lugar do passado, lembra? Uma cena que choca, que magoa e entristece. Sinto-me impotente e desanimada diante de tanta covardia. O que fazer? A quem recorrer? Esquecer não consigo.

A explosão da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México continua fazendo estragos imensos, e quem acaba pagando CARO, com a própria vida, são os inocentes que não podem se defender e nem tem nada com isso. Cadê os (ir)RESPONSÁVEIS?

Está cada vez mais difícil viver num mundo onde o egoismo prevalece.
Tragédia LAMENTAVELMENTE revisitada.
Como Obama disse, traseiro de quem devemos chutar?

domingo, 6 de junho de 2010

GAVETAS


- Salvador Dalí e Clarice Lispector, o que eles têm em comum?

- Simplesmente GAVETAS.

São dois artistas completamente diferentes, talvez nada em comum, exceto as gavetas que cada um carrega consigo. Salvador Dali fez parte de um movimento artístico bastante inquieto, várias correntes artísticas, interpretando e expressando a realidade, o mundo sob vários prismas, que propunha a valorização da fantasia, do sonho, da loucura, sem se preocupar com a lógica.

Salvador Dali realizou em 1936 uma releitura da escultura Vênus de Milu. Vênus. A mesma imagem, com esses acessórios mobiliários. Gavetas que cobria todo o corpo da deusa. Que mistérios ou segredos são lá guardados? As gavetas de Vênus, o que elas contêm que desconhecemos, além da beleza física? Algo Surrealista?!

O visitante pôde matar a curiosidade passando de observador para explorador da valiosa obra, que esteve em um museu do RJ, com os seus sentidos: visão e tato. (Como ficou o sexto sentido, será que aguçado?)

'...desengavetar o que está coberto pela exterioridade física desse corpo que nem permite nele se perceba tudo o que está guardado ou engavetado, de tão coberto que está. A abertura das gavetas na fronte, seios, abdômen, ventre e até uma inflexão do joelho, realiza as etapas dessa tarefa de dar visibilidade a uma vida interior à vida exterior que as gavetas semi-abertas deixam entrever que podem vir a ser inteiramente adentrada e conhecida.'


Numa exposição recente no Rio de Janeiro, revelando a obra da escritura brasileira Clarice Lispector que trouxe muitas inovações para a literatura, tanto no que diz respeito à temática, quanto no que se refere à estrutura da narrativa, e que morreu há mais de 30 anos, o que chamou a atenção foi a sala dos armários. Um imenso gaveteiro foi montado, cobrindo todas as paredes até o teto, totalizando 2000 (duas mil gavetas). Pelos cantos, algumas cadeiras e escadas. Os visitantes mais curiosos podiam escolher as que queriam abrir. Nem todas as gavetas tinham chaves, apenas 65 delas. Podia se sentar nos bancos ou estofados a fim de explorar à vontade e desvendar os tesouros e mistérios da escritora. Clarice deixou algumas chaves para o seu leitor, outras ela levou. As que abri, encontrei algumas cartas pessoais, sua identidade, seu passaporte, fragmentos de textos, rascunhos, perfume, maquiagem, os originais, tudo ali instigava a imaginação.... Muitas gavetas estavam trancadas. O que ela guardava que seria segredo? Mistério...


Uma vida guarda tantas gavetas, necessárias ou não.
Cheia de mistérios,
Muitos segredos...
Gavetas vazias, ainda sem uso,
Gavetas cheias de coisas não usadas
Gavetas com papéis inúteis
Gavetas desarrumadas
Gavetas sujas
Gavetas que necessitam de conserto
Gavetas pequenas para coisas que não cabem dentro
Gavetas enormes e sobram espaços
Gavetas antigas
Gavetas entreabertas
Gavetas fechadas.
Gavetas sem chaves...
Gavetas que só se abrem por dentro...

Gaveta foi a ponte que inventei para trazer à tona bons momentos e algumas lembranças desses dois artistas formidáveis, que escolhemos para fazer parte de nosso mundo, nos presentearam com suas artes e que guardamos em nossas gavetas.
E.B.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O ENLATADO Clássico

Ilsa: Toque uma vez, Sam. Pelos bons velhos tempos.
Sam: Eu não sei o que você quer dizer, Senhorita Ilsa.
Ilsa: Toque, Sam. Toque "As Time Goes By".

CASABLANCA é o meu Clássico de cabeceira.

Em tempos de remake, já que os roteiristas hollywoodianos  andam sem criatividade,  sonhei que este filme entrava na lista dos remanufaturados. Seria uma boa ideia? Tenho lá as minhas dúvidas. Como seria um novo "The End'? Uma releitura, quem sabe, transformando o amor impossível em final feliz. A viagem. "Esse é o início de uma bela amizade" A memorável frase veio desta película.

Clássico e famoso, dirigido por Michael Curtiz e lançado em 1942, com base na peça Eveybody Goes to Rick, de Murray Burnett e Joan Alison, a fama em torno deste cult não parou de crescer ao longo de décadas. A trama é uma mistura de amor frustrado por questões em torno de morais, sacrifício e honra e, para usar um termo da época adultério.

Há uma coletânea de frases cliches, como: "Com tanta espelunca no mundo ela tinha (colisão) que entrar na minha", "Prendam os habituais suspeitos", "Toque Sam, toque As Times Goes by". O filme, aliás, também ficou famoso por frases sui generis, como "Play it Again, Sam", título do roteiro de Woody Allen, que interpreta um devoto de Humphrey Bogart, em filme de 1972 dirigido por Herbert Ross (no Brasil, "Sonhos de um Sedutor").

 
 É um dos filmes que tratam de cartas de amor na telona: Casablanca, Nunca te Vi, Sempre te Amei, Ligações Perigosas, Beijos Proibidos, Rastros de Ódio, Lolita, A Essência da Paixão etc.

E o bilhete de amor mais famoso da história do cinema foi escrito por Isa para seu grande amor Richard. Diz assim:
"Richard, não posso te acompanhar ou te ver outra vez. Não pergunte porquê. Apenas acredite que eu te amo. Vá meu querido, e Deus te abençõe. Isa"

Um curiosidade sobre CASABLANCA: 

O filme foi colorizado em 1988 para ser exibido na televisão. Ficou show! Ahahahaha... Lembro que cheguei a gravar em VHS, só me desfiz dessa fita há pouco tempo com a faxina anual. Os cinéfilos deste museu, reclamaram muito, acharam um  absurdo, e somente em 1992, quando o filme completou 50 anos, fizeram a correção o que chamaram de erro, e foi exibido, na telinha, a tão aguardava versão original restaurada. Quem tem a cópia colorizada tem uma fortuna. Bem o mal, tem gente que fatura com autógrafos, o papel de bala do artista, a sobra do sabonete, e tantas coisas que se fica sabendo dos bastidores e fora dos holofotes que é impróprio comentar aqui neste horário.
K.R.  

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Exército da Salvação

Estamos na semana do Meio Ambiente e recebi tantas mensagens divulgando a data, então escolhi esta de miscelânea no mesmo vídeo como alerta a fim de que plantem essas ideias e tenhamos um Ambiente Inteiro os 365 dias do ano.


"A Humanidade está a repousar numa bomba relógio.


Se a grande maioria dos cientistas mundiais tiverem razão, temos apenas 10 anos para evitar uma grande catástrofe, a qual pode destruir o nosso planeta com condições meteorológicas agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor que ultrapassam tudo o que já passámos."

Uma Verdade Inconveniente - de Al Gore lança uma advertência para os problemas ambientais do Planeta.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Formiguinhas de Z a A



O universo do UNIVERSO. Complexo, não há como definir ou explicar a sua grandiosidade e generosidade.

O cosmo, o céu, o sol, as estrelas, a lua, os planetas, o ar, a água, a natureza, a Terra são elementos essenciais que fazem parte da nossa existência, do nosso mundo e não podemos viver sem.

Como grão de areia, poeira cósmica, partículas elementares seres e coisas com prazo de validade.... cada um com a sua função, um complementa o trabalho do outro, um precisa do outro para se realizar e para existir. O mundo é perfeito e completo. Tudo o que o ser humano quer ele tem, está à sua disposição. Ele apenas precisa conquistar esses elementos. Dizer com todas as palavras o que realmente quer. Pro dia nascer feliz o homem precisa fazer a sua parte.
K.R.